Então cá vai:
«Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E finalmente, para florão e remate de tanto privatizar, privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo... e, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos.»
José Saramago - Cadernos de Lanzarote - Diário III
Com coisas como estas escritas por este grande senhor, espanta-me que só se exaltem com algo que não devia arreliar nem uma mosca (digo, Caim).
ResponderEliminarTambém gostei de entrar no link. Acho que estamos perante dois senhores. Quero é ver o tal argumento.
ResponderEliminarSérgio Santos
Zuza, tens razão. Sabemos que as moscas, mesmo arreliadas, vão mudando, mas há qq coisa que é a mesma. Não tem que toda a vida ser assim...
ResponderEliminarSérgio, obrigado pelo elogio. Vamos ver se estarei à altura da história ou se o filme deixará de fazer sentido...