...será um libelo contra a sanha privatizadora, inscrita no PEC.
Estava meio deprimido. A semana não tinha corrido nada bem. Depois das minhas incursões pelas incapacidades educativas e de meia dúzia de proposta a que ninguém ligou, só fiz asneiras: Perdi-me no Chiado e escondi-me dos poetas que por lá estão; troquei as voltas àquela amiga que me oferece flores, cores, sorrisos e poemas (desejei-lhe feliz regresso quando ela ainda se preparava para partir); esqueci a quantas andava e perdi o dia de anos da minha mais recente seguidora; fui avinagrar amigos de infância, etc., etc., etc. Estava assim, zangado comigo mesmo e com o mundo, quando surge o toque salvador. Atendo:
Eu - Sim? (digo em voz mais seca do que me estava a alma)
Uma voz - Rogério? (ouvi, do outro lado, aquela voz bem conhecida que teve o condão de me animar a alma)
Eu - Olá, que bom ouvir-te (disse, quase a confessar-lhe o meu estado)
A tal voz - Rogério, lembras-te daquele meu filme onde eu desempenhava o papel de falso carteiro, perito em obras de Shakespeare, numa apocalíptica terra devastada e onde acabo por descobrir o poder de inspirar a esperança e fazer crer ao povo, perseguido pela tirania,que o Governo do meu país tinha sobrevivido à hecatombe?
Eu - Claro, é um dos meus épicos mais queridos! Aquele em que a juventude assume os correios, como símbolo do Estado e como bandeira da resistência e cidadania, mobiliza o povo contra os opressores. Belo filme, onde te vejo liderar uma heróica rebelião para repor a paz e a justiça
Voz – Esse mesmo. Quero que tu me escrevas umas notas, tipo sinopse, para uma nova versão. O título provisório é “The portuguese postman”, mas estou receptivo às tuas sugestões. Podes?
Eu – Yeessss! (exclamei, com uma alma nova em folha, sem os anteriores vestígios de ferrugem)
Eu - Sim? (digo em voz mais seca do que me estava a alma)
Uma voz - Rogério? (ouvi, do outro lado, aquela voz bem conhecida que teve o condão de me animar a alma)
Eu - Olá, que bom ouvir-te (disse, quase a confessar-lhe o meu estado)
A tal voz - Rogério, lembras-te daquele meu filme onde eu desempenhava o papel de falso carteiro, perito em obras de Shakespeare, numa apocalíptica terra devastada e onde acabo por descobrir o poder de inspirar a esperança e fazer crer ao povo, perseguido pela tirania,que o Governo do meu país tinha sobrevivido à hecatombe?
Eu - Claro, é um dos meus épicos mais queridos! Aquele em que a juventude assume os correios, como símbolo do Estado e como bandeira da resistência e cidadania, mobiliza o povo contra os opressores. Belo filme, onde te vejo liderar uma heróica rebelião para repor a paz e a justiça
Voz – Esse mesmo. Quero que tu me escrevas umas notas, tipo sinopse, para uma nova versão. O título provisório é “The portuguese postman”, mas estou receptivo às tuas sugestões. Podes?
Eu – Yeessss! (exclamei, com uma alma nova em folha, sem os anteriores vestígios de ferrugem)
… e lá combinamos data e local para o bate-papo em torno do meu argumento.
NOTA: Kevin Costner está mais atento à nossa realidade que a maior parte dos blogues que estou a seguir. Mas com o filme isso irá mudar...
Que não te faltem as palavras. :)
ResponderEliminarE a raiva, minha amiga, e a raiva... Porque história, tenho eu garantida!
ResponderEliminarEu espero este e outros argumentos. Força Rogério
ResponderEliminarOps. Calma aí! Sei que o momento que estamos a viver, dá para muitos filmes. Mas julgo que a tarefa fundamental é fazer reunir condições para que todos entrem em cenas felizes...Esses os guiôes que ainda espero poder escrever.
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