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PSD, CDS e PS seguiram as regras do tipo de combates, em que tudo parece que vai acontecer "só para inglês ver" |
No meio
do wrestling, entre um e outro golpe fictício, onde se acrescenta ruído ao ruído, emerge uma acusação histérica e pífia: "A CDU fez do PS o bombo da festa". A histeria faz sentido, e faz sentido que o PS se sinta atingido, e até ferido. Nesta luta, combinada, o PS quer passar por ser um lutador de esquerda enquanto o PSD/CDS dá a cara, reclamando-se como direita "moderada", que de moderada não tem nada... Mas, indo a contas, PS/PSD/CDS estiveram sempre, e sempre, do mesmo lado... :
Apoiaram e apoiam o Tratado Orçamental – peça chave na estratégia de dominação económica e política da UE – rectificado-o na AR.
Aprovaram a perda de um deputado ao Parlamento Europeu por Portugal
nestas eleições e perdas futuras (possivelmente maiores) face a novos
alargamentos da UE.
Aprovaram as liberalizações e privatizações de serviços públicos e o
aprofundamento do mercado único, com o desmantelamento de mais
instrumentos de regulação soberana das economias.
Aprovaram a reforma da Política Comum de Pescas, com a sua crescente
liberalização do acesso às águas nacionais, do abate indiscriminado da
frota pesqueira, da destruição de postos de trabalho e dos segmentos da
pequena pesca.
Aprovaram os sucessivos Orçamentos da UE e o Quadro Financeiro
Plurianual 2014-2020, com as suas significativas reduções, denunciando a
hipocrisia do seu papel na promoção da coesão económica e social.
Aprovaram o processo da união bancária, retirando o que resta de
controlo soberano sobre os bancos, promovendo a centralização e
concentração da banca de acordo com os interesses do grande capital
financeiro.
Aprovaram a subordinação dos Fundos estruturais à estratégia Europa
2020 e à sua agenda neoliberal, com a promoção do investimento em
infira-estruturas privadas ou a privatizar, ou ainda o de promover as
(bem nossas conhecidas) parcerias público-privado.
Aprovaram todas as orientações decorrentes da implementação da
estratégia UE 2020 de desregulamentação das relações laborais e fomento
da precariedade, de cortes nos salários e nas reformas e pensões e de
aumento da idade da reforma.
Aprovaram o aprofundamento do processo de militarização da UE e a sua
subordinação à NATO, o relançamento da corrida aos armamentos e a
ingerência externa, com a criação de novos instrumentos de
desestabilização e violação das soberanias e do direito internacional.
Aprovaram o reforço da União Económica e Monetária, com a instituição
antidemocrática da "governação económica", transferindo para
instituições supranacionais decisões sobre matérias de política
orçamental para aprofundar as políticas de cortes no investimento
público, nos serviços públicos, os cortes nos salários e mais
privatizações.
Aprovaram a liberalização do transporte ferroviário e a abertura dos
mercados nacionais aos operadores privados, agravando ainda mais a
situação de perda de passageiros e de quota de transporte, o
encerramento de linhas ferroviárias, a destruição de postos de trabalho e
a degradação dos serviços prestados às populações e o aumento dos
preços.
Aprovaram o aprofundamento da liberalização do comércio mundial no
quadro da OMC e os acordos bilaterais, nomeadamente com Marrocos,
Colômbia, Peru, República da Coreia, América Central e o início de
negociações com os EUA, cujas consequências estão já à vista, com a
destruição da capacidade produtiva e de postos de trabalho, o aumento da
dependência externa.
Aprovaram a reforma da Política Agrícola Comum (PAC) que aprofundou o
rumo de liberalização dos mercados agrícolas e manteve desmantelamento
de mecanismos de intervenção no mercado como as quotas leiteiras,
persistindo nas escandalosas desigualdades na distribuição das ajudas, o
que levará ao desaparecimento de um ainda maior número de pequenos e
médios agricultores e da agricultura familiar.
Aprovaram o "Céu Único Europeu", fragmentando os serviços e as
empresas de serviços de tráfego aéreo, promovendo a degradação dos
serviços e a destruição de postos de trabalho, subalternizando a
soberania dos Estados na gestão do seu espaço aéreo, sem que tal
signifique qualquer aumento da segurança e da qualidade do serviço.
Aprovaram a liberalização dos serviços de assistência em escala nos
aeroportos, tendo em vista o aumento da concorrência, o que levará à
perda de direitos, degradação dos salários e a precarização das
condições de trabalho, com a consequente degradação das condições de
segurança dos passageiros.
Sei que o período de reflexão já começou, mas... partilho e deixo o meu abraço!
ResponderEliminarE domingo vai haver KO?
ResponderEliminarAinda anda por aí muita gente que não sabe o que fazer e muita gente que não sabe o que faz.
Por acaso fez, Rogerito!! A CDU e o PSD/CDS... devemos meter mesmo muito respeito para sermos atacados à esquerda e à direita...
ResponderEliminarPaciência!!