Acordemos!
Acordai
mulheres
que dormis
embaladas
por almas
desalmadas
desenhadas
nas passarelas da vaidade
nas capas das revistas
na ausência da cidade
na omissão dos dias
na mingua dos afectos
no silêncio da fome
que nos consome
Acordai
almas de vestes finas
de fino recorte
de lânguida aparência
na transparência
dos gestos ausentes
dos gestos dormentes
dos gestos mansos e quietos
das mulheres que dormem
em teu regaço
Acordai
Filhas, esposas,
mães
avós
Acordai
acordemos, todos nós
Rogério Pereira
Um poema fortíssimo, Rogério!!!
ResponderEliminarAbraço tão forte quanto ele!
Há tanta necessidade de acordar e de se recomporem...
ResponderEliminarUm tempo carregado de mentira e promessas. Vestidos de ilusão.
Excelente!
ResponderEliminarESperemos que se saia - finalmente ! _ desta letargia, que já não é sem tempo!!
Bom final de semana
Acordemos todos nós que embalamos a dor...ou mesmo o amor!
ResponderEliminarPara lá de todos os azuis
ResponderEliminarAbraço amigo
Abraço, meu caro Rogério
ResponderEliminarforte!
com apelo e razão dos sias claros.
Olá Rogério!
ResponderEliminarPrimeiro que tudo, gostei muito do poema!
Só há uma coisa que me apetece dizer: eu propunha, não um acordar, mas um renascer...
Abraço e bom fim de semana...:)
Quando as mulheres acordarem embaladas, os homens irão enfim despertar.
ResponderEliminarBelo poema, Rogério, para "acordar a flor que dorme na raiz".
ResponderEliminarA palavra como gérmen de mudança. Gosto.
ResponderEliminarPorque será que é tão difícil enxergarmos para lá das nuvens?
Beijo.