No labirinto
Quando tudo começou
Os caminhos eram dados por largos e floridos
Pareciam floridos os caminhos
Teriam veredas
E rotundas belas
Os espaços desenhavam-se abertos
Não se davam por incertos
E iam-se abrindo as saídas
Sem se perceber que davam
Para um mesmo lado
Apenas invertendo
O sentido
Uns iam indo
Outros vindo
Um velho cruzava-se com outro velho
E um ao outro dizia
Não tem saída
Um jovem cruzava-se com outro jovem
E um ao outro dizia
Não tem saída
Um homem cruzava-se com outro homem
E um ao outro dizia
Não tem saída
Um homem cruzava-se com uma mulher
Enamoraram-se e seguiam por um caminho
Que parecia alternativo
Mas que também não tinha destino
Tiveram filhos que, distraídos
Lhes seguiram os trilhos
No labirinto, hoje, fervilha vida
Que não encontra saída
Poema reeditado, profundamente retocadoNem ouvem, surdos
Quão vulneráveis são os muros
E continuam
Indo e vindo
No labirintoRogério Pereira
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Parecem ser os caminhos de hoje
ResponderEliminarAs pessoas encontram-se mas seguem
Destinos diferentes, rumos incertos
Estradas largas e floridas não se vêem
Apenas rotundas criadas pelos espertos
Que a todos mostram e com astúcia oferecem
Continuam de tão confiantes
ResponderEliminarno engano da fábula da formiga
escrita na lei da ordem antiga
escravos como em Roma dantes
Parece que andamos todos por labirintos que não nos levam a lado nenhum.
ResponderEliminarComo o Sexta não está a fazer actualização de postagens, deixo o link
http://6feira.blogspot.pt/
Um abraço e bom fim de semana
Gostei imenso do seu poema, tão profundo que não consigo dizer mais nada...
ResponderEliminarPelos caminhos caminhando
ResponderEliminarnas palavras que bem desenhaste no teu poema
contra todos os destinos
Abraço
Belo retrato da vida...
ResponderEliminarQuanto à quadra de Saramago... bem ... «passos certos»? Ele não conheceu o Passos...
Beijinho
Que te posso dizer além de que a Vida é realmente assim?
ResponderEliminarBom domingo!