«Às vezes tu tens mais frio
Às vezes eu fico imóvel
Pairando no vazio
No perfeito vazio
Às vezes lá faz mais frio
No teu peito vazio»
"Perfeito Vazio"
«Às vezes tu tens mais frio
Às vezes eu fico imóvel
Pairando no vazio
No perfeito vazio
Às vezes lá faz mais frio
No teu peito vazio»
"Perfeito Vazio"
E belmiro subiu ao céu numa pilha de jornais |
«Jornalista - Na guerra entre Cavaco e Sócrates, o pano de fundo foi o seu jornal. O então director do Público tinha uma agenda escondida?
Belmiro (silêncio) – Não sei… Para nós, ter um jornal é serviço cívico. Não para influenciar, que fique claro. (…) Deveria haver directores mais fortes para que, de facto, se passasse uma imagem de independência.»
“Não há milagres, no mundo global só ganham os melhores, não há lugar para coitadinhos (…) têm que procurar emprego fora do pais, mas não deve ver isso como um mal, é enriquecedor, sair de Portugal não é vergonha nenhuma, não é uma imposição, mas não podemos ficar fora do mercado concorrencial”.
“Diz-se que não se devem ter economias baseadas em mão-de-obra barata. Não sei por que não. Porque se não for a mão-de-obra barata, não há emprego para ninguém”.
“Já me retirei substancialmente. Fiz a transição e não há transição nos negócios sem deixar espaço para ser ocupado. Fiz isso paulatinamente e vou terminá-lo dentro de alguns meses mas demorou tempo, para ser bem feito (…)ficarei com um ‘olho vivo’,”
Quando, em 1974, iniciei um projecto em S. Pedro de Fins (arranque da Siderurgia da Maia) fiquei a viver no Porto. Ficava em pensões, hotéis e quartos alugados... até que fui acolhido (1977) por um dos Ly.SOS... onde fiquei a viver uns meses na "Real República" (com deslocações aos fins-de-semana a casa). Por volta do inicio dos anos 80, outros projetos pelos arredores do Porto...
"(...) O golpe militar de 25 de Novembro foi a conclusão de um agudo e tempestuoso período de choques, divisões e conflitos não só entre os partidos participantes no governo, nomeadamente PCP e PS, mas também no MFA: entre os chamados «moderados» (nomeadamente o «Grupo dos Nove» que se aliavam cada vez mais à direita reaccionária), e a esquerda militar (cada vez mais ligada e sofrendo pressões do esquerdismo pseudo-revolucionário lançado em irresponsáveis acontecimentos desestabilizadores).(...)
(...) O 25 de Novembro não liquidou o processo, ainda então em curso, de configuração do regime democrático a instaurar e a institucionalizar. Criou entretanto uma nova correlação de forças que abriu caminho mais fácil à formação de governos com uma política contra-revolucionária.(...)"
Álvaro Cunhal - in "A Revolução de Abril 20 Anos Depois" - Fevereiro de 1994
"O 25 de Novembro foi um golpe militar inserido no processo contra-revolucionário. A sua preparação começou muito antes das insubordinações e sublevações militares do verão quente e de Outubro e Novembro de 1975 . Talvez que as mais esclarecedoras informações dessa preparação em curso muitos meses antes de Novembro sejam as que dá o comandante José Gomes Mota no seu livro, esquecido ou guardado nas estantes, A Resistência. O Verão Quente de 1975 , Edições jornal Expresso , 2ª ed., Junho de 1976. (...)
Álvaro Cunhal, in Capítulo 8 do livro "A verdade e a mentira na Revolução de Abril: A contra-revolução confessa-se", Edições Avante!, Lisboa, Setembro de 1999* texto reeditado de um post de 2012
Se não quiser ver o vídeo, não veja.
A imagem acima resume-o bem!
Marcelo sabe-a toda e para manter a credibilidade vai falando daquilo que o povo gosta de ouvir mas mantendo a coisa pela rama, não vá o diabo tece-las.
Enigmático isto? Eu explico.
Por exemplo, Marcelo poderia ter sido direto quando se referiu à imprensa. Podia ocorrer-lhe os meus avisos antigos e, à semelhança de outros malefícios, sugerir os rótulos adequados... se não o fez foi para que não lhe fosse dito que não se cospe no prato onde se andou tantos anos a comer...
«...o gigantesco consumo de recursos provocado por uma sociedade que usa e deita fora, que valoriza o ter em detrimento do ser e que dá primazia a uma economia sem ética, obsoleta, que depende do consumo e do crescimento...»
Vizinha do 4º andar - Ó dona Esmeralda!, estou chocada!Dona Esmeralda - Mas... que se passa?Vizinha do 4º andar - Os sindicatos... essa gente não pára! Querem dinheiro à tripa-forra... ainda vamos parar outra vez à bancarrota!Dona Esmeralda - Ora... estão é a pressionar para se repor um direito! O que não falta para ai é dinheiro!... Está é no lado errado!Vizinha do 4º andar - ...e ele está...
Dona Esmeralda - ...está nos rendimentos de capital, como dividendos ou mais-valias com a venda de acções e prediais, que fogem assim às taxas normais do IRS: tanto faz que sejam 5 mil ou 50 milhões de euros, a taxa é a mesma. Parece-lhe justo? E já nem falando daquela coisa do englobamento...Vizinha do 4º andar - 5 mil e 50 milhões?
Dona Esmeralda - Ah, pois então!
Rogérito (interrompendo naquele momento)- Viram? Que grande manifestação!
CITANDO, DE UMA HOMILIA MINHA
"(...)A Comunidade é o Conselho de Administração de uma grande empresa chamada Europa, que tem produtores que são consumidores, consumidores que são produtores, e tudo isso planificado. A distribuição das tarefas, incumbências e obrigações é determinada por esse Conselho. A Comunidade decidiu, por exemplo, que 75% da superfície florestal de meu país será destinada à plantação de eucaliptos. Nós não decidimos. Decidiu uma potência supernacional. E decidiu sobre algo que até agora teria a ver com o que chamamos de soberania nacional. O mais interessante, porém, é o seguinte: o que antes parecia ligar-se apenas à economia, está se transformando em solução política para a Europa. Isto é, uma vez que a aplicação da política económica não pode ser decidida pelos governos nacionais, então é indiferente que os governos sejam conservadores, nacionalistas, capitalistas, socialistas, social-democratas ou liberais. Apagam-se as fronteiras do que chamávamos ideologias, porque isso não tem mais importância.O mais importante – e eu diria, o mais trágico – é que se tira dos povos o direito de decidirem sobre o seu destino. Claro que nada no mundo é definitivo, e os povos sempre encontram as soluções melhores para os seus problemas. Mas o problema da hegemonia, que parecia resolvido com a Comunidade, não está. O que está ocorrendo agora é o surgimento da potência europeia do futuro, que será outra vez a Alemanha. A Europa será o que Alemanha decidir."
«“Quem quer casar com a Carochinha que é tão formosa e bonitinha?” Muitos foram os pretendentes que se sentiram atraídos pelo convite da formosa Carochinha, que a todos rejeitou. João Ratão, o aparente felizardo por ela escolhido, como sabemos, acabou no caldeirão.
“Quem quer ser professor, uma profissão tão digna e de inegável valor?” Sabemos a resposta a esta pergunta, bem como conhecemos a opinião dos estudantes portugueses acerca dos seus professores. Podemos adivinhar (sem grandes probabilidades de erro) os seus motivos.
Comecemos pela resposta à pergunta. Segundo um estudo realizado para o Conselho Nacional de Educação (CNE) a partir do relatório dos testes PISA de 2015, somente 1,5% dos estudantes portugueses que fizeram esses testes consideram a possibilidade de virem a ser professores. Avancemos para as opiniões que os alunos têm dos seus professores.
É também uma publicação do CNE que dá a conhecer que, segundo os dados dos testes PISA, em 2012 os alunos portugueses estavam entre os que, percentualmente, mais respostas afirmativas davam no que se refere a sentirem-se felizes na escola e a terem um bom relacionamento com os professores; a percentagem dos que se sentiam postos de parte por eles era mínima. A quantidade de estudantes portugueses que afirmavam relacionar-se bem com os professores (86%) contrastava, nomeadamente, com a dos finlandeses (43%).
Porquê, então, um tão baixo desejo dos jovens em optarem pela profissão de professor? Não será difícil encontrar resposta(s) para esta última questão. Difícil é abordar todos os motivos possíveis no espaço deste artigo.
A figura do professor sofreu uma desvalorização social enorme. Todos se lembrarão da imagem do professor preguiçoso, que trabalha pouco e falta muito, divulgada por uma ministra que, a reboque de tal imagem, retirou direitos aos docentes, aumentou-lhes o horário de trabalho e a carga burocrática.
Todos ouvem anualmente, nas notícias, o drama que vivem muitos professores, que chegam aos 50 anos de idade sem garantia de trabalho e sem estabilidade familiar, com a casa às costas de ano para ano ou de mês para mês. Atrás vem o drama dos filhos: a escola que vão frequentar, com quem ficam. Vem o drama da economia familiar: o baixo ordenado derretido nas viagens e, eventualmente, no aluguer de um alojamento.
E as diversas e indefinidas componentes do horário, cuja definição os professores têm vindo a exigir sem que a tutela lhes dê ouvidos? Falarei só da componente letiva e da não letiva. Esperar-se-ia que da não letiva estivessem excluídas as atividades com alunos, como, por exemplo, apoios individualizados, aulas de apoio ao estudo ou coadjuvação em sala de aula, mas tal não acontece. E assim, de forma mascarada, aumenta-se o horário de trabalho dos docentes e o seu consequente desgaste e diminui-se artificialmente a “necessidade” de contratação de novos professores.
Impensável é também o que se perspetiva no Orçamento de Estado em discussão: a função pública terá as suas carreiras descongeladas no próximo mês de janeiro, após mais de nove anos de congelamento, sendo o tempo de congelamento contado para progressão com mecanismos de faseamento. Deste processo estão excluídos os docentes, a quem está destinado o apagamento de nove anos da sua vida profissional, com a perda salarial que tal implica. Dizem os responsáveis governamentais que tal sucede por a sua progressão se fazer apenas por tempo de serviço. Contudo, os professores só podem mudar de escalão se, cumulativamente, obtiverem Bom, no mínimo, na avaliação a que são sujeitos obrigatoriamente, e se tiverem frequentado, com sucesso, um mínimo de 50 horas de formação.
Já vai longa a lista de “contras” na hora de tomar a decisão de ser professor. Perante este caldeirão fumegante, os pretendentes afastam-se assustados. De resto, já não conseguindo a profissão docente mostrar-se tão sedutora como a Carochinha da nossa história, revela-se, no entanto, igualmente inatingível, rejeitando aqueles que a ela querem aceder. O último relatório Perfil do Docente, do Ministério da Educação, mostrava que, num universo de 104 386 docentes da escola pública, em 2015/2016, apenas 383 tinham menos de 30 anos. No 2.º ciclo de escolaridade, por exemplo, 48% dos docentes tinham 50 anos de idade ou mais e 34,6% estavam na casa dos quarenta. Quantas histórias de emprego precário e mal pago e de vida pessoal e familiar instável se encontram nos docentes que vivem os seus “quarenta”!(...)»
Não é história (já acontece),
amanhã não será moderna
e quanto a ser de terror... é sim senhor!
Há uma geração que se está nas tintas sobre o poder da tecnologia, sobre se está ou não a ser vigiada. O seu terror é outro.
Caros Senhores Cientistas,
Escrevo esta carta sem a expetativa de esta vir a ser por vós lida. Assim, é para mim quase uma descarga de peso de consciência, pois, verdade se diga, eu próprio não estou fazendo nada para inverter a situação.
Mas vocês também não.
Isto é, estão fazendo pouco. Este vosso alerta é tardio e curto. É tardio, pois esperar 25 anos para o renovar pode acontecer vir demasiado tarde. É curto, pois não entra em detalhes nem a promover comportamentos exemplares.
Como comportamentos exemplares cito o povo cubano e o que pode o poder da comunidade em contrariar tudo aquilo que agora, meus caros cientistas, estão a alertar quanto à disponibilidade de água potável, quanto à desflorestação, quanto à diminuição do número de mamíferos e quanto às emissões de gases com efeito de estufa provenientes da queima de combustíveis fósseis.
Dizem, meus caros, que aquelas questões estão todas “no vermelho”, sendo que as medidas para as mitigar tomadas desde 1992 são dececionantes, com exceção das destinadas a estabilizar a camada do ozono e dizem ainda que “A humanidade não está a fazer o que deve ser feito urgentemente para salvaguardar a biosfera ameaçada”
Meus caros Cientistas,
Que tal fazer de Cuba um "case study"? Eu sei, eu sei. Virão dizer que o pico petrolífero (ainda) não se confirma e que vai continuar a haver petróleo a rodos... que Cuba é isto e mais aquilo... Pois!
Se me lerem, atuem.
Rogério Pereira
Este texto foi inspirado num post antigo da Manuela Araújo em "Sustentabilidade é Acção"
À porta do Panteão
Cheira a bacalhau assado
Ó cérebros cá deste mundo
passem para cá um bocado
Pequeno extrato de um texto belo, que um dia, no meio daquela esplanada, li em voz alta e de um só fôlego."Não se trata de olhar para trás
e perguntar com angústia:
«que fiz? que fiz?»
Trata-se de olhar em frente
e perguntar com confiança e serenidade:
«que poderei ainda fazer?»"
Álvaro Cunhal,
Que cidades teremos em 2030? A crescente urbanização tornou as cidades em ecossistemas sociais complexos onde é imperativo assegurar o desenvolvimento sustentável. Por essa razão, convidamos os investigadores Miguel de Castro Neto e Luís Vicente Baptista para uma reflexão sobre as principais ideias para o futuro a caminho dos ODS “Cidades e Comunidades Sustentáveis” e “Educação de Qualidade”.Assisti e não dei por ter perdido o meu tempo. Primeiro, porque tudo aquilo que no meu conto (reeditado) julgava se ir passar em 2090, Miguel de Castro Neto, na sua douta intervenção, diz que é já para 2030. Sem as competências de um ex-Secretário de Estado do Governo de Passos, tenho, no mínimo, direito a ter errado no meu prognóstico, o prazo.
«E aos "sonhadores da morte", àqueles "profetas do declínio", o líder do PCP deixou a simples mensagem: "aqui estamos e estaremos ligados ao pulsar da vida".
Ali estava aquele Coliseu para não o deixar mentir. Mesmo com mais cabelos brancos do que uma Festa do Avante!, mostrava-se como um organismo vivo e não como uma última floresta de árvores a morrer de pé, um organismo vivo capaz de declamar em coro, acompanhando o poeta já há muito falecido, embora presente em imagens de arquivo, esse final de "A Bandeira Comunista": "Por isso quando os burgueses/ nos quiserem destruir/ encontram os portugueses/que souberam resistir. /E a cada novo assalto/ cada escalada fascista/ subirá sempre mais alto/ a bandeira comunista."»
Tudo se passa em 2090. As personagens, Bruna e Miguel, são um jovem casal. Ela gere um micro-oficio que administra dois deprimidos: Miguel entrega-se à mesma actividade mas a sua dimensão é já de maior responsabilidade pois emprega 26 deprimidos com diferentes escalões. Cumprem um horário generoso de 20 horas semanais o que lhes permite usufruir todos os benefícios de uma sociedade avançada, onde avanços tecnológicos inimagináveis reduziram ao mínimo o esforço humano e também a necessidade de trabalho. Este é assegurado por uma imensa prol de deprimidos, agrupados por diversos níveis de depressão. O primeiro nível é de elevada aptidão e competência, o nível 5 corresponde ao deprimido inútil que é segregado dada a falta de préstimo. O conto inicia-se com os primeiros sintomas de Bruna e o anúncio de uma quase certa gravidez.
Ele - Vô!?Eu - Diz, pá!Ele - O que acontece se eu escolher ser jogador?Eu - Amador ou profissional?Ele - O que é ser jogador profissional?Eu - Ser profissional é viver intensamente aquilo que se faz e viver exclusivamente disso e... para isso!Ele - Então não posso ir ser mais nada?Eu - Podes, depois, só depois... mas há coisas que jamais poderás ser...Ele - Diz lá coisas que depois não posso vir a ser
Esta imagem é uma fotomontagem minha, a original anda por ai... |
«O problema da floresta não era de falta de legislação, de fixação de regras e procedimentos. O que faltou foram os recursos financeiros para a concretização e acompanhamento; da execução das faixas de protecção a infraestruturas, habitações e aglomerados urbanos; da falta de rentabilidade para promover uma adequada gestão; da falta de dinheiros públicos para a concretização das redes primária e secundárias de faixas de gestão de combustíveis; da falta de recursos humanos nos serviços públicos para planeamento, acompanhamento e aconselhamento dos produtores florestais e das comunidades rurais. Um serviço de extensão florestal fundamental para melhorar a resistência, resiliência e rentabilidade da floresta portuguesa. Mas esse reforço humano é também necessário para que as matas públicas possam ser correctamente geridas. Por isso, Sr. Primeiro-ministro, quando estamos a discutir o Orçamento de Estado para o próximo ano é preciso saber se haverá cobertura orçamental para tudo o que é necessário fazer.»
João Ramos, debate na generalidade do OE 20218
"Trabalham em sistema de bolas incandescentes de mediatização e são pouco analíticos. (...)
Essas bolas incandescentes mediáticas são manipuladas?
Não! Tabloidizam é de tal forma a realidade que impedem as pessoas de as compreender, e passa a existir dois processos diferentes: o mediático e o verdadeiro!
Não sei ainda se este desmentido (ver aqui) veio a ser notícia...