14 janeiro, 2022

DEMOCRACIA? NA RUA, CADA VEZ OIÇO MAIS A PALAVRA "PALHAÇADA"!

 

Ei-los sorridentes, seguros de si, com a legenda apropriada ao momento. O momento fixa e quase oficializa que a Constituição já passou à história e que, na realidade, o acto eleitoral é para eleger um deles. Num passado, não muito distante, Rio foi o mais votado mas foi Costa quem veio a ser primeiro ministro... Pelo rumo que a barca leva, tal dificilmente voltará a acontecer...

Num passado já distante havia a preocupação dar a todas as forças participantes iguais (equilibradas) condições de disputa eleitoral. Foi chão que deu uvas. Hoje, se todos os debates duraram 25 minutos, este mereceu tratamento especial e se prolongou por 1 hora, 18 minutos e 31 segundos!  E esse tempo, é menino se comparado com o tempo dado a comentadores, não sendo nada desprezível o tempo tomado pelas citações e mais comentários ao que os comentadores iam comentando. 

Foi assim, porque o sistema determina que não pode ser de outra maneira. Foi assim, porque o sistema não permite que haja alternativa ao "centrão." Foi assim, porque a manutenção deste sistema bi-partidário depende deste "status quo". Foi assim, porque as televisões podem e são um suporte do sistema.

Não irá admirar a elevada abstenção... Na rua, cada vez oiço mais a palavra "palhaçada"!


17 comentários:

  1. “Em primeiro lugar haverá que decidir quem irá sair da cidade e quem nela ficará.”

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    1. Leem-se bons livros, com uma de três motivações:
      - para mudar o mundo,
      - para matar o tempo
      - por nada disso e apenas ostentar imagem culta

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    2. Pois eu, meu querido amigo, apraz-me dizer-lhe que gosto da leitura de bons livros e não é por nenhum desses três motivos.

      Um abraço!

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    3. (Pronto, a uma aborreço e a outra... também não conto com ela)

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    4. Quem leu o livro 📕 compreende que a intenção do José Saramago NÃO é VOTO em BRANCO — ele descreve com extrema precisão a nossa „CEGUEIRA BRANCA“.

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  2. “…detesto ouvir os cães a uivar.”

    NÃO quero mudar o mundo 🌎 Os homens que querem mudar o mundo ABORRECEM-ME.

    Tenho muito pouco tempo e só leio à noite.

    AQUI NÃO me interessa mostrar que sou culta. Só mostro os meus diplomas para ganhar dinheiro.

    APETECE-ME ler novamente “Ensaio sobre a Lucidez” embora nem seja o melhor livro do José Saramago, mas porque está conforme com a época das eleições legislativas.

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    1. NÃO, NÃO registes o meu VOTO 🗳 em branco.
      A democracia portuguesa precisa do meu VOTO 🗳 ÚTIL.

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  3. António Costa, segundo as sondagens, até é considerado o mais honesto. Gosto dele.

    Palhaçadas há-as em qualquer parte do mundo. Umas mais animadas que outras.

    Quanto a livros... Ao ler ontem que o maximalismo está de volta (em termos de decoração interior), decorei a minha mesa da sala com montes de livros. Escolhi os que possam indicar a “intelectualidade” das minhas leituras: ))

    Temos que ironizar que a coisa está séria....

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    1. Quando refiro palhaçada, refiro à manipulação da imprensa, refiro a tonelada de comentadores convidados e que centram o comentário de forma tendenciosa, refiro as desiguais condições para, na imprensa, se fazer passar a mensagem... o jogo democrático está viciado...

      Dizia-me, há dias, um oficial da Armada: «Rogério, a censura que por aí anda é mais eficaz que a que existia no "tempo da outra senhora"»

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    2. Sim, o mesmo acontece nos Estados Unidos. Nao tanto no Canada.

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  4. Como já disse em anterior comentário em outra publicação aqui, vivemos num esquema político "democrático" com um partido bicefalo, como aliás em muitos países do mundo. Esta é uma democracia burguesa, porque esta é a definição, mas nem esses princípios dessa duvidosa democracia, são respeitados.

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  5. O "Sistema" é uma coisa sem nome nem cabeça. É parecido com o "Processo" do romance de Kafka. Serve para explicar tudo, mas nós, os (e)leitores percebemos quase nada e ficamos "às aranhas" se não soubermos "ver/ler". A Comunicação Social que não leu Kafka, também entra na marcha dos sucessivos teatros do absurdo e em força, força resultados. Depois... O povo fica em casa.

    Lídia Borges

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    1. Tenho tentado dizer isso mesmo. Contudo não consegui fazer meu feito tão claro como o teu dito!
      Tenho que reler o "O Processo".

      Temo que o povo fique massivamente... em casa.

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  6. Esperemos que o povo saia à rua e vote de acordo com os seus anseios!

    Abraço

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