Há sempre um beco escuro e sem saídaSONETO SEM SAÍDA
(Em decassílabo heróico)
Na estrada em que esta vida se percorre,
Um espaço onde mais nada se descobre
E aonde, finalmente, é revivida
Essa que, então, foi sendo percorrida,
Mas que, em chegando ali, onde não sobre
Nem sombra desse mais que nos socorre
Antes de a descobrirmos tão traída
Que mais nenhum poema nos ocorre
Pois, diante de nós, tudo é tão pobre
E tão dura a parcela percorrida
Que sabemos, então; “Nada é mais nobre
Do que acabarmos já, sem que nos dobre
Ninguém, nem coisa alguma, a própria vida...”
Maria João Brito de Sousa – in "Pequenas Utopias"
20 fevereiro, 2015
Poesia (uma por dia) - 75
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Só conheço uma pessoa que gosta tanto de rimas como tu. O meu pai! Eu também gosto de rimar.
ResponderEliminar~
ResponderEliminar~ ~ Eu digo: há sempre uma solução mesmo num beco escuro que parece não sem saída.
~ ~ Recuar, por vezes, é a melhor estratégia e perder uma batalha, não significa perder uma guerra.
~ ~ ~
Não conhecia a autora. Mas gostei imenso do poema.
ResponderEliminarUm abraço e bom fim de semana
Um soneto muito bem estruturado do qual gostei bastante.
ResponderEliminarHá uma mensagem implícita no terceto final que, se bem a entendi, exorta a antes "quebrar do que torcer"!
Parabéns à autora e obrigada a ambos por este belo momento poético.
Um abraço.
Um beco escuro
ResponderEliminarpois claro
.
ResponderEliminar~ ~ Congratulo-me com os guerreiros que afirmam que ganharam a batalha
~ e que estão dispostos a vencer a guerra. ~ ~
~ ~ ~
ResponderEliminar"Pequenas utopias", grande escrita!
Bj.
Uma poesia que não é uma utopia.
ResponderEliminarParabéns à autora e a si por a partilhar.
beijinho
Fê