«As crianças merecem ter tempo para serem crianças, para brincarem, conviverem, descobrirem, merecem aprender a pensar pelas suas cabeças e serem críticos com o que lhe estão a ensinar, merecem aprender a respeitar os outros e a si próprios, e sobretudo, merecem ser felizes!»As palavras citadas foram escritas num espaço recomendado - "Sustentabilidade é Acção" - e são oportunas agora, a uma semana do inicio da escola.
Na foto: o Duarte, a Maria e o Diogo. Eles jogam um jogo e o Duarte explica, provavelmente, as regras de um cessar fogo, pois os exércitos estão apartados e os tanques virados para outros lados. É impossível evitar que joguem jogos de guerra, pois a violência está generalizada, na realidade e em tudo a que acessam.
Perdi há muito a ligação com os conteúdos do ensino, mas julgo que fotografei uma lição que devia ser repetida em sala de aula. Como se negoceia a paz, é um bom tema. Se não se fala disso é pena. Como começa a guerra, é outro bom tema. Pode-se até pegar numa zaragata para se fazer entender que uma guerra pode se iniciar num pequeno nada, dentro de um enquadramento mais complexo que, mais tarde, noutro programa mais avançado, poderá (poderia) ser explicado.
Partir das regras de um jogo para o ensino poderia (poderá) ser o caminho. Pegar na sala de aula e despejá-la no recreio podia ser o mesmo caminho, em sentido inverso. Pôr a brincadeira no centro seria (será) de bom-senso.
É o que parece acontecer num um ensino centrado na criança, num país avançado...
Olá Rogério, muito obrigada pela citação e pelo link.
ResponderEliminarÉ de facto, uma necessidade urgente, repensar e mudar o sistema de ensino neste país. As crianças, como diz, precisam de mais tempo livre e aprender mais pelos próprios meios, sendo os adultos guias que os ajudam a pensar e explorar, em vez de os sobrecarregarem com "matéria". Em breve voltarei ao tema. Muito obrigada!
Quando voltar ao tema
Eliminarnão esqueça de nos falar do adulto
(é ele que estraga tudo)
Como tu, também eu perdi há muito a ligação com os conteúdos programáticos do ensino básico e, por isso mesmo, hesito em formular a minha opinião...
ResponderEliminarSublinho e subscrevo, no entanto, esta parte do comentário da Manuela Araújo; "...precisam de mais tempo livre e aprender mais pelos próprios meios, sendo os adultos guias que os ajudam a pensar e explorar, em vez de os sobrecarregarem com "matéria"."
Abraço!
Maria João
Também concordo, tens razão
Eliminarcontudo
temos um problema: o adulto
(são quase sempre guias para a inibição)
Gostei do vídeo, Rogério.
ResponderEliminarEstamos a anos-luz deste sistema de ensino, pelo contrário, regredimos.
bastante nos últimos anos.
Nem crianças e adolescentes, nem profissionais felizes...
É uma enorme frustração para todos...
Bj ~~~~~~~~~~~~~~
Majo
EliminarA Finlândia só inverteu o rumo na década de sessenta e não havia nenhum modelo a copiar...
Se agora o temos, esperamos o quê?
Boa partilha
ResponderEliminarAbraço
Aprender com a observação dos netos
Eliminardá sempre bom resultado.
Poderia ficar aqui a expor a minha opinião por uma boa dúzia de parágrafos, porque este assunto me interessa particularmente. Porém, de um modo simplista, julgo poder resumir tudo em duas ou três afirmações:
ResponderEliminarA Escola não existe fora da sociedade ou independentemente dela. Muito pelo contrário - a Escola é o retrato da sociedade que a sustenta.
Podemos até pintar as paredes, consertar o chão... Mas se as telhas continuam partidas, não há como embelezar a casa.
Os professores foram sendo, pouco a pouco, transformados em outra coisa, em outras coisas. Já não há tempo para sonhar nem para fazer sonhar. Ignora-se que o ato de aprender e de ensinar exige alegria, vontade, DISPONIBILIDADE absoluta... para a construção do sonho de cada um e de todos!
Lídia
Por coincidência o Público pegou no tema... remeto-a para a sua leitura e em particular para o testemunho da Helena Amaral. Enquanto houver uma professora assim haverá sempre esperança numa mudança...
EliminarQuanto que diz sobre os professores ela é clara:
"A imagem do professor? Mudou muito. Mas foi intencional, da parte da classe dirigente."
Também não estou a par do que passa agora no ensino básico, mas sou amiga de professoras que se sentem frustradas com a qualidade e o programa de ensino e nada podem fazer.
ResponderEliminarComo pode haver futuro com este cenário ?
Um beijinho
Não digo o contrário
EliminarMudemos então o cenário
começando por reforçar o poder da escola
recuperar o prestigio do professor
e comprometer os pais,
mais e mais e mais
Obrigada Rogério. Fui ler. "Sou" do 1.º ciclo, como sabe, pelo que, nada do que li me surpreendeu. Tudo me é muito, muito próximo.
ResponderEliminarBj.
Eu sei, eu sei
EliminarMas insista no tema
Uma verdade muitas vezes repetida é como a água batendo em pedra dura
um dia... fura!
Meu querido, temos de deixar passar muito tempo até chegarmos a ter esse tipo de abordagem ao processo de ensino-aprendizagem no nosso país. Países como a Finlândia tinham zero por cento de analfabetos há cem anos - isto dá-lhe uma ideia do nosso atraso?! Nóa, por aqui, ainda acreditamos que os exames é que são o motor do sucesso...
ResponderEliminarE poderia continuar por aí fora a falar sobre isto, mas seria uma enorme seca!!!
Beijinhos professorais...
Enorme seca é expressão do meu neto, quando tem de pegar nas fichas de tpc que a prof. lhe passa às resmas... depois 6!! horas diárias de aulas...
EliminarQuanto ao tempo para chegar o a Finlândia chegou... não sei se é bem assim como nos contou... voltarei ao tema (e sem dar seca, vale a pena)
Pobre criança! Que disparate! A minha neta, que vai para o 4º ano, sofre do mesmo: carradas de trabalhos de casa. Ainda gostava de saber para quê... Enfim!!
EliminarVamos mandar a Lurée para a Finlândia...
ResponderEliminarMande-a para Oeiras
Eliminaro Diogo gosta de brincar
e isto aqui está a mudar