Imagem cedida pela Catarina |
Com o intuito de poder avaliar a surpresa do meu regresso fiz questão de chegar cedo. Fui buscar a "bica" e sentei-me na mesa onde era costume sentar-me. Àquela hora a esplanada estava como eu esperava, vazia. Desfrutei a paisagem e a brisa.
O melro, pareceu-me o mesmo, aproximou-se depenicando aqui e ali, até que surgiu o habitual pombo a disputar-lhe a migalha. Testei-lhes o arrojo e esbracejei. Voaram ambos, para de seguida regressarem.
Estava eu nisto quando me apareceu o primeiro sorriso, depois o segundo e de seguida o terceiro. Com pouco intervalo, chegou o engenheiro e o seu cão rafeiro. Foi uma festa pegada saudando o meu regresso à esplanada. Foram manifestações efusivas e de prolongada dura. Depois as professoras mergulhavam na tertúlia costumada e eu e o meu parceiro iniciávamos uma conversa como há muito não tínhamos. O cão rafeiro voltou ao que sempre fizera, pousando o seu focinho no meu joelho e com o seu olhar seguia ora um ora outro com uma concentração quase humana.
A páginas tantas, e depois de termos saltado de assunto para assunto, surgiu a pergunta que o engenheiro trazia engatilhada:
"Nas próximas autárquicas vai ser candidato?"
Ia a responder, quando a Gaby veio interromper: "Desculpe interromper, mas sei de tudo o que se passou e queria dar-lhe os meus mais sentidos..." Não a deixei acabar, levantei a mão num gesto enérgico e perguntei-lhe se lhe podia dar-lhe um beijo. Dei-lho, na ruborizada face e entendendo a situação a Gaby regressou ao convívio que tinha interrompido... de lá, esboçou um sorriso tímido com um olhar dorido,onde se adivinhava a lágrima.
Eu e o engenheiro ficámos por largos minutos em silêncio, para de pronto lhe responder à pergunta que me tinha colocado: "Sim, sou candidato!"
Estamos na tarefa.
ResponderEliminarÉs o próximo convidado para uma bica na esplanada. O engenheiro é um gajo porreiro, não é do Partido mas é amigo e o cão... nem te digo.
EliminarTambém eu sou uma gaja porreira, não sou do Partido e o meu cão ainda é mais lindo.
ResponderEliminarLentamente estamos a regressar à normalidade e o verão vai ser em liberdade.
"Gaba-te cesto" :)
EliminarREGRESSAS TU À ESPLANADA E TENTO, EU, REGRESSAR ÁS LEITURAS DO "CONVERSA"...
ResponderEliminarNÃO SOU ENGENHEIRA SENÃO DE POESIA METRIFICADA - OU NÃO - E JÁ NÃO TENHO CÃO, MAS AINDA TENHO COMIGO A MISTRAL.
DESCULPA-ME AS AUSÊNCIAS, MAS A BLEFARITE VOLTOU A "ASSANHAR-SE", AS CATARATAS CONTINUAM A CRESCER E O POUCO DE ACUIDADE VISUAL QUE ME RESTAVA FICOU AINDA MAIS REDUZIDO...
FORTE ABRAÇO!
Amanhã ligo-te para saber detalhes...
EliminarAbraço!
Ainda bem que retomou a sua rubrica de «conversas na esplanada», Rogério, mas...essa maravilha com vista para o mar, não será que já a vi num outro lugar?
ResponderEliminar( Que dessa esplanada nasçam proveitosas conversas.)
Quando vi esta foto
Eliminarde pronto
pedi a quem a tinha
que a pudesse usar aqui
Serão conversas vivas, prometo!
Já tinha saudades desta esplanada.
ResponderEliminarAdoro esplanar!
Abraço
Para mim uma esplanada
Eliminaré um open space
(todas as manhãs é onde trabalho!)
Abraço
Que saudades destas suas conversas na esplanada.
ResponderEliminarVejo com satisfação que todos os protagonistas estão de boa saúde.
A Gaby, ficou a meio da frase, será que o beijinho não lhe mudou a opinião ? :)
Um beijinho
Eu também tinha saudades de regressar a elas... gosto de escrever diálogos, tanto, como de os ter...
EliminarO sentimento que a Gaby me vinha comunicar acho que ainda o sente... o beijo foi para evitar conversa sobre o tema, para mim tão doloroso...
Bjinho
Rogério, só agora percebi o sentido da sua frase no texto, peço-lhe desculpa pela minha errada interpretação.
EliminarUm beijinho