VERMELHAS GERBERAS (Arremedo de poema, com salva ao fundo)
Esvaziadas do momento as pedras, mantêm memória de um outro tempo alheando-se deste enquanto este se alheia delas das pedras
Nem a erosão dos salinos ventos apagam vestígios dos mares nunca dantes navegados e dos arrojados mareantes que deram como foi escrito, tantos mundos ao Mundo
Outros são os tempos onde, Portugal, que já foi o centro do Mundo hoje se assume como periferia orgulhosamente ao invés do que tanto podia ser nesta Europa de mal-lhe-querer
As pedras não exultam perante tratados e pactos nem reclamam se tais actos rompem a iconografia, o imaginário o sonho de um povo
Os claustros não choram perante fúnebres exéquias São pedras, (com povos dentro)
Entre um tempo e outro pelo caminho ficou o sonho da Jangada de Pedra
Que aconteceu aqui?
O olhe que não, olhe que não passou a um olhe que sim, olhe que sim A terra voltou a deixar de pertencer a quem a trabalha E a Democracia passou a ser essa, esta que dia a dia se suicida
Ai Portugal, Portugal Onde os cravos da nossa esperança?
Podem vermelhas gerberas por serem belas tomarem o lugar da flor de Abril?
Ainda não se criou substituição para os cravos.
ResponderEliminarA imagem desmente esse teu "ainda não"
EliminarO que falta é a total substituição
Mas por este andar...
não irá tardar