Tenho visto estes jogos... com os olhos dela. Bem gostaria eu de descreve-los como ela os descreve, salientando tão humanos momentos...
Se sou invejoso? Sim! Claro! Porque não? Ora leia:
"Há dias que me anda a pena a fugir para as Olimpíadas de Paris. Tenho assistido a uma parte considerável das transmissões televisivas, nas várias modalidades. Emociono-me tantas vezes! Toma-me uma alegria enorme quando vejo aqueles rostos jovens, no pódio, a receberem o bronze, a prata, o ouro e, com os olhos a brilhar, extasiados, veem as bandeiras dos países que representam subir acima do solo, acima das suas cabeças, acima da comoção que os queima por dentro, em momento de tão grande solenidade e reconhecimento. Mas, tenho de confessar, que a mim, enquanto espetadora, comove-me até às lágrimas, ver os atletas aplaudirem convictamente os seus adversários de competição quando esses protagonizam um bom exercício. Momentos assim, aconteceram muitas vezes, em Paris, felizmente. Por exemplo, na ginástica artística entre Biles e Rebeca, e não só; entre Albertina Kassoma e Tamires Frossard no jogo, Brasil / Angola, a contar para o torneio feminino de andebol em que a atleta brasileira Frossard transporta ao colo para fora das quatro linhas, a angolana que se havia lesionado, para ser assistida. Também o nosso Iúri Leitão, no ciclismo de pista, abdica de sprintar para o ouro, quando vê que o francês, seu adversário direto, caíra. Preferiu abrandar, verificar se estava bem. Ficou com a prata mais valiosa dos Jogos.Quando o sueco Armand Duplantis, do salto com vara, já campeão olímpico se preparava para tentar bater o (seu) record do mundo, a presença, as palavras de incentivo, os aplausos, as palmadas amigáveis dos adversários, já fora de competição, iam-me prendendo ao ecrã. Aos pouco fui ficando, por dentro molinha, molinha, até que, quando iniciou a sua corrida para o salto da consagração, deixei que a comoção viesse em cascata. Tive vontade de empurra-lo com as minhas mãos para as nuvens, mas ele prescindiu da minha ajuda e voou por cima dos 6,25m a que se encontrava a fasquia. É obra!Isto é para mim, o Desporto. A competição alegre e saudável, o interesse comum que homens e mulheres têm no lema - "mais rápido, mais alto, mais forte" - do Barão Pierre de Coubertain, o “pai” dos Jogos Olímpicos da Era Moderna. Mais importante do que este ou aquele êxito, esta ou aquela desilusão, está a capacidade do ser humano em se suplantar, de se ultrapassar, de crescer, fazendo sempre mais e melhor.A todos os 73 atletas da comitiva portuguesa, em Paris, 2024, estendo a passadeira vermelha, e entrego em mãos o meu agradecimento e toda a minha admiração.(De vez em quando, a minha memória perde os ponteiros do relógio e leva-me ao estádio 1.ª de Maio. Vejo-me a correr das aulas para a pista... de cinza, sapatos de pregos, dois tamanhos acima do meu pé, o equipamento vermelho e branco do Sporting Club de Braga, a alegria, o empenho, o desenvolvimento do sentido de equipa, o convívio nos treinos, o coração aos pulos nas partidas, quando havia provas: Aos seus lugares… Pronto… TAU!Era a ordem para correr, correr, correr até que a meta… ali. Medalhas de latão que guardo, ainda. Tão lindas!Lídia Borges, in "Seara de Versos"(Foto: CNN)
Eu vi a inauguração e o final das Olimpíadas na TV alemã.
ResponderEliminarCHAPEAU PARIS 🗼
CHAPEAU LA FRANCE 🇫🇷
Se viste apenas aquilo que era para encher o olho, a humanidade passou-te ao lado...
EliminarRogério, as tuas respostas aos meus comentários são sempre tão gentis, que me apetece não voltar AQUI‼️
EliminarRealmente, não vi as competições e sei apenas, que os Estados Unidos da America ganharam o maior número de medalhas.
Eu não quero salvar o mundo 🌎
Eu quero somente ter a LIBERDADE de ser como sou.
E tu, Rogério, também não engoliste a „colher da sabedoria“
Haverá paz na nossa relação
Eliminarquando comentares o que escrevo
ou te dou a ler
O que é que o teu comentário inicial tem a ver com o humaníssimo texto da Lídia Borges?
Li o texto da Lídia Borges e não me identifiquei com tanto humanismo‼️
EliminarO meu comentário diz que as OLIMPÍADAS foram vistas por mim de uma maneira diferente. Ou tu aceitas como eu sou ou eu digo simplesmente ADEUS 💤
Perfeita crónica.
ResponderEliminarIsso mesmo, perfeita
EliminarDa Seara tudo se olha de forma atenta
Kristina, enganou-se na porta
ResponderEliminarAqui é um Sr. que cá mora
Um texto ímpar de uma observadora capaz de nos emocionar diante
ResponderEliminarde fatos que deveriam ser corriqueiros no mundo dos esportes _ o cuidado
e a gentileza nas disputas _ são momentos que só os sensíveis captam e descrevem tão perfeitanente. Nunca estive tão diante da Tv como nessas Olímpiada de Paris. Ah, Paris_ essa cidade mágica que nem o RioSenna não estando nos seus melhores dias, tirou a magia desse acontecimento esportivo que a mim encantou. Obrigada Rogério por compartilhar a escritora e poeta Lídia Borges. Uma escritora maravilhosa, que admiro muito.
Abraços e boa semana
Ela, a Lídia,
Eliminarnão é por acaso
que é a "madrinha da minha escrita"
E não é por acaso
que fiz minha
a visão sua
Abraço amigo
Rogério, vais desculpar, mas não gosto nada de ver nem considero isso algo de bom tom, que enalteças tanto os méritos de alguém enquanto criticas a opinião de outra pessoa.
ResponderEliminarSempre ouvi dizer que ao gabar alguém em detrimento de outra se está a rebaixá-la. Não é bonito isso.
Não estou sequer a defender a posição da Teresa porque ela sabe bem defender aquilo que pensa.
Só que acho ser essa tua atitude é a de um anfitrião que recebe mal quem o visita.
Um beijinhos aos dois
Mereces medalha Olímpica
Eliminarquerida Pomba da Paz
Ms olha... a Teresa entra-me em casa
e nem para a Lídia olha
Beijinho
Rogério, é a última vez que entro na tua casa 🏡
ResponderEliminarOlhei para a Lídia Borges, porque li o seu texto.
Não sei, quem são os atletas de quem ela fala.
Não vi as competições, portanto, não sinto emoções.
Quis com o meu comentário dizer, que há muitas maneiras de ver as Olimpíadas. Tu à tua maneira. Eu à minha.
TOLERÂNCIA é algo que tu desconheces.
ADEUS 🪁