27 fevereiro, 2011

Homilias dominicais (citando Saramago) - 29

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A nacionalização do petróleo da Líbia permitiu
o desenvolvimento da sua economia e às condições de vida do povo
distanciar-se, significativamente, dos restantes países da região

HOMILIA DOMINICAL

"Nem a história chegou ao fim, nem acabaram as revoluções. O meu optimismo contenta-se com estas certezas. O resto são dúvidas. Como? Quando? Onde? Isso não o sei, mas sucederá."

José Saramago, in Outros Cadernos de Saramago

Os acontecimentos recentes no norte de África mostram a certeza de Saramago e, tudo leva a crer, respondem a algumas das dúvidas que colocou. No caso da Líbia, a situação é complexa mas as pessoas progressistas terão certamente simpatia com o que entendem ser um movimento popular. Podemos estar solidários com tal movimento, principalmente pelo apoio às suas exigências justas mas rejeitando uma intervenção externa que conduza à situação anterior a 1969. É o povo da Líbia que deve decidir o seu futuro. Entretanto, há quem admita vários cenários (ver aqui)
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8 comentários:

  1. Continuam as duvidas que as contradições alimentam.
    Esperemos que o povo saiba o que quer e não outros por ele.

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  2. O povo sofrerá as influências de outrém... como todos os povos... Há sempre interesses de outras potências que quererão preservar o seu direito (se de direito se pode chamar) a eles.

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  3. Parece-me que o risco de "somalização" é real, muito por culpa do louco que tudo secou à sua volta.

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  4. Caro Rogério
    Creio que a "velha" teoria da exportação das revoluções, já mostrou que não resulta. Che pagou-o com a vida.
    Cada País tem a sua própria história e nada do que se passa dum lado vai ser repetido no outro.
    Dói ver seres humanos ser dizimados aos milhares quer a ordem para disparar venha dum qualquer ditador do Médio Oriente ou dum "democrata" do Ocidente. A morte é sempre morte seja na Libia às ordens do Kadafi ou na iraque às ordens do Buch. (convem não esquecer.
    Abraço

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  5. Tanta confuzão, tanto disque disque, ninguém sabe nada de nada, eu apenas sei que as malditas guerras não têm fim, que morrem milhares de inocentes. É um mundo de interesses de potênciais e o povo obdece não há maneira de pôr fim e dizer NÃO. De dizer BASTA.
    Abraço

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  6. Olá Rogério
    Saramago, tinha razão. Ainda bem que as revoluções não acabaram.
    Abração

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  7. O caminho faz-se caminhando

    mesmo que se saiba tão só

    o que se não quer
    Uma vez mais
    não basta ter razão

    Abraço

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  8. O pior que poderia acontecer era, sem dúvidas, uma ajuda militar externa, de qualquer procedência. Temo que o Magrebe seja demasiado "apetitiso" para os deixarem resolver internamente os seus problemas. Mas, há sempre esperança.

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