A música portuguesa tem vindo a dar sintomas de... brisa. Uma aragem nova entra por todas janelas, desde que estejam abertas. A aragem é sentida por quem espera sons novos e novas palavras. Palavras que desassossegam e, por isso, palavras necessárias. Não serão só Os Deolinda que me fazem sentir eu aqui, mas foram eles que me fizeram entrar num "aceso" debate. Deles não há apenas uma canção a valer. Enquanto não tenho noticias do Fórum Social (Senegal) edito este post com parte de uma letra... e que letra...E também imagens...e que imagens. E sons... tão bons. Isto prova que temos obra:
Muda de nível,
sai do estado invisível,
põe o modo compatível,
com a minha condição,
que a tua vida,
é real e repetida,
dá-te mais que o impossível,
se me deres a tua mão.
Sai de casa e vem comigo para a rua,
vem, q'essa vida que tens,
por mais vidas que tu ganhes,
é a tua que,
mais perde se não vens.
Anda, mostra o que vales,
tu nesse jogo,
vales tão pouco,
troca de vício,
por outro novo,
que o desafio,
é corpo a corpo.
Escolhe a arma,
a estratégia que não falhe,
o lado forte da batalha,
põe no máximo o poder.
Dou-te a vantagem, tu com tudo, eu sem nada,
que mesmo assim, desarmada, vou-te ensinar a perder.
Letra "Um Contra o Outro" - Parte
Também aguardo notícias do Forum Social. Como a nossa comunicação social não mas traz, vou ter de as pescar na imprensa internacional, ou nos sites das ONG.
ResponderEliminarQuanto à música dos Deolinda, também já me envolvi num debate acalorado, mas creio que não vale a pena nsistir muito na minha posição, que é tão aceitável ou criticável como outras. Só não me venham dizer que aquilo é música de intervenção e fazer comparações com o Zeca. Aí passo-me!
Carlos,
ResponderEliminaratentos então às mesmas fontes.
Quanto aos Deolinda têm, para já, o mérito de pôr alguns miúdos (e graúdos)a pensar...
Caro Rogério
ResponderEliminarQuanto aos Deolinda à muito que a letra nos faz pensar,mas pensar não basta. Será preciso muito mais.
Beijo
Abram-se as janelas e que se respire fundo: ou há pulmões ou não há, como dizia o grande Torga.
ResponderEliminarUm abraço.
Podem não ser "Zeca Afonso", não serão, por certo, mas que uma lufada de ar fresco chegou com esta banda, não tenhamos a menor dúvida.
ResponderEliminarUm beijo
'Bora pra rua!!
ResponderEliminarOntem já era tarde!
Os Deolinda estão na berra e, não haja duvida vieram remexer o marasmo da música nacional.
ResponderEliminarAgora comparar a José Afonso, não estou de acordo.
Rogério
ResponderEliminarTalvez porque foi a ouvir cantar que comecei a perceber coisas que de outra forma não era possível, que me mantenho atento a estes novos grupos que usam a canção para mandar mensagens.
Claro que admiro algumas das recreações do Zeca e alguns estilos que o fazem lembrar. Mas claro, comparações, são apenas isso.
Agora que os "Deolinda" surpreendem não há qualquer duvida. Apenas me atrevo a dizer que há mais parvos do que a canção em "voga" faz crer.
Abraço
Caros, um bocadinho mais de reflexão:
ResponderEliminar- Os Deolinda não são um movimento isolado(*) e se perguntarem a um jovem de 30 anos quem foi José Afonso, a resposta será difusa. Cada geração tem as suas bandeiras
- José Afonso, 36 anos de carreira
LP's 17
EP's 5
78 RPM 2
Singles 2
Maxi-Singles I
LP's Duplos I
- Deolinda, 6 anos de estrada, 2 CD
(*) nova expressão
Não podia concordar mais. Um decalque dos tempos que correm... Voltamos á música e posioa de intervenção!? Não sei. Talvez...
ResponderEliminarNossa, extremamente profunda e reveladora esta sua poesia, me fez pensar refetir, e acredito ser este o intuito da palavra proferida.
ResponderEliminarBelíssimos versos.
Abraços.
Oi Rogério...
ResponderEliminarFiquei com a frase:
"Dou-te a vantagem, tu com tudo, eu sem nada,
que mesmo assim, desarmada, vou-te ensinar a perder."
Já a peguei para mim.
(Essa música é d'Os Deolindas? - desculpe a ignorância)
Beijos
Carla
Olá Carla,
ResponderEliminara resposta esta no post.
Tem lá o video. Espero que goste...
Mas sei que irá gostar a valer
na que está link do meu comentário de cima...
Vá lá ver...
"Sai de casa e vem comigo para a rua,
ResponderEliminarvem, q'essa vida que tens,
por mais vidas que tu ganhes,
é a tua que,
mais perde se não vens."
Como tenho dois filhos, jovens adultos, sei que alguns pecam por se isolarem, a música deve ser e penso que é, um factor de união, já o foi na nossa geração.
Congratulo-me com isso.
Beijinhos
Olá Rogério.
ResponderEliminarQue bem defendeu a sua posição no "Delito de Opinião". Gostei!!
Eu, por exemplo, já comecei, no Verão passado, a transformar em horta o espaço verde que está, não em frente à minha porta, mas nas traseiras da minha casa. Dentro do meu terreno, obviamente.
Quanto aos "Deolinda", gosto da música, das letras e, na minha opinião, foram uma pedrada no charco do semi-marasmo da música portuguesa.
Agora, cantores de intervenção...não são não!
Beijinhos
Janita
Fê,
ResponderEliminarA minha-filha-filha-mai-nova, é adulta.
Andou por aqui, leu e não deu luta.
A onda dela ainda é... não sei bem!
Janita,
Foi lá espreitar ao "Delito..." que bonito...
Quanto a serem ou não música de intervenção... Se por música de interveñção se entende criarem corrente de opinião, fazerem juizo social, falarem de comportamentos e costumes e fazerem disso canção...então são. (sem comparações ao passado...)
Estou de acordo que é uma brisa, nunca será um tufão, não há unhas nem talento para tanto.
ResponderEliminarRogério, obrigada por me apresentar este grupo musical. Que letra! Que sonoridade.
ResponderEliminarVou correndo buscar mais no youtube sobre eles.
Sobre o Fórum Social, também aguardo notícias.
Um abraço,
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEstamos num ciclo Deolinda
ResponderEliminarVenham mais cinco
Venham...
ResponderEliminarNão vivo no deserto – e mesmo aí os seus “habitantes” têm laptops e telemóveis – mas nunca tinha ouvido falar nos Deolinda! Vou ouvir essa descoberta musical.
ResponderEliminarObrigada pela visita!
ResponderEliminarBeijocas