Olhei a pedra
Fria, Estúpida, Parada
Calada
De tanto a olhar, julguei-a bela
transformei-me nela
Frio, Estúpido, Parado
Calado
Sem destino sequer
de pedrada no charco
Sujeito à degradação do relento
e à erosão do vento
em breve serei pó
Não olhes para mim, assim
Mexe-te, ao menos
A pouco e pouco se mexeram
e num repente
o Mundo assistiu
ao despertar das pedras
_________________Rogério Pereira
NOTA DO AUTOR: A parte escrita a verde, é uma acréscimo posterior à edição original. Segundo os primeiros comentários, não se espera de mim mensagens negativas nem derrotistas. Eu concordei e como um poema não se emenda...
" de tanto a olhar, julguei-a bela"
ResponderEliminarGostei.
:))
Gostei do poema, mas não vejo o Rogério a ficar parado, calado, ...
ResponderEliminarSerena noite
Mexeu, sim ...
ResponderEliminarolhar as pedras, elas não nos incomodam, não é...
e de tanto olhar pensei que era uma companheira,e assim será um dia, se virar pó, se o tempo agir sobre ela .
Ai, fiquei a ver navios...em vez das pedras.Me confundi toda.
Um beijo do Brasil, Mery
O que acabo de ler está em perfeita sintonia com o seu acto de cidadania.
ResponderEliminarParabéns!
Até entendo o que escreve.
ResponderEliminarNão concordo, de maneira nenhuma com o "Frio, Estúpido, Parado Calado".
Arranje uns antónimos...
Vá, Rogério,
"Não olhes para mim, assim
Mexe-te, ao menos",
arranje-os que o caracterizam muito melhor !
Beijo
Isso era
ResponderEliminarna era
em que fui pedra
Depois
Houve o despertar
Acredite quem acreditar
Haverá (vai chegar)o tempo
do despertar das pedras
Mexo-me sim
ResponderEliminarDanço em volta tua
Pedra fria, estúpida, parada e calada
Voo sobre essa aura estática que ostentas
E com o meu vento.
Antecipo a tua erosão
Afastando todo o pó que se acumulou em ti
Durante os anos ao relento.
Esculpo-te com cuidado
Cuido dos menores detalhes
Faço-te novamente imagem humana
Satisfeita com o resultado, sorrio
Enquanto te aqueço com meu corpo e envolvo-te em meus beijos
Até devolver-te inteiramente a vida tua
Que havia guardado, sorrateiramente, em mim.
Quem disse que as pedras tb sentem?
ResponderEliminarSenti alívio com os versos em verde! Mas os anteriores já anunciavam que o pó não se faria! Ainda que demore, as pedras despertarão. Tenho confiança nisso. Belo poema e mensagem linda e necessária!
ResponderEliminarGirassóis nos seus dias!
beijos
Admiro a sua persistência na eterna luta pelo despertar das pedras...e o próprio poema está muito giro e é a cara do Rogério que é porta-vos de um farol das suas maiores convicções... beijinho
ResponderEliminarPedras
ResponderEliminardespertai
... e que não sejam poucas
Nem as pedras aguentam tanto adormecimento!
ResponderEliminarGostei muito do despertar das pedras.
ResponderEliminarE deixa-me agradever-te o comentário no Escrito a Quente, que tão bem me soube. Obrigada.
:-)
Beijos.
Olá Rogério,
ResponderEliminar"...Com a experiência,
Passa a ser lapidada.
O tempo dirá o valor,
Da pedra rara encontrada."
Já me senti pedra, e ás vezes ainda esfrio ou solidifico como tal...mas passa.
Obrigada pelas palavras, adorei!
Beijo meu
Rogério.
ResponderEliminarSegundo a sua nota, um poema não se emenda. (concordo)
Como o meu amigo mudou o seu parecer, porque derrotista não
quis ser, de verde coloriu o despertar das pedras.
"Mexe-te, ao menos"
Perante tal exortação como poderia eu ficar fria, parada, estúpida e calada...?
Eis o meu despertar:
A tinta verde cria jardins
onde nascem ilusões
Desperta pedras
onde brilham letras
Palavras feitas
de constelações.
Pó seremos, mas imortais
só vós... poetas!
Um abraço ao poeta.
Janita
( Peço-lhe a benevolência de entender que as pedras não têm todas o mesmo despertar...))
Gostei do poema, Rogério.
ResponderEliminarVai perdoar-me, mas gosto mais dele sem a parte escrita a verde.
Abraço
Esperemos então pela metamorfose aconteça.
ResponderEliminarAna Sofia
AC
ResponderEliminareu também
Acho a parte verde outro poema
Rogério, gostei muito do poema. Mas as pedras que são pedras jamais sentirão.
ResponderEliminarUm abraço
oa.s
Pergunta-me qualquer coisa sobre essa pedra
ResponderEliminarEssa pedra «Fria, Estúpida, Parada»
Talvez charco rijo, ilegível
Sem água sequer!
Pergunta-me qualquer coisa sobre essa pedra
Para que eu saiba calada
O antedizer lunar da falésia
À erosão do vento pedra!
Pergunta-me qualquer coisa sobre essa pedra
Possivelmente sabes o que quero que me perguntes…
E provavelmente sabes o que te quero perguntar…
lendo o que ainda nao tinha lido.
ResponderEliminargostei!
um beij
Uma luta eterna, penso que quase tudo se traduz nisso mesmo. Gostei muito, a "alteração" vem trazer esperança e dar essa mesma dinâmica de não ficar "parado" ou "calado".
ResponderEliminarAbraço