No blogue "O Cheiro da Ilha", a Maria colocou um post: Mia Couto falando "sobre o medo". Resolvi edita-lo aqui. Outros amigos, (alguns recentes) tinham postado também sobre obra sua dedicando-lhe a merecida atenção. Atenção que agora reclamo para as suas palavras (a ouvir até ao fim)
:"O cidadão que o escritor é não pode ocultar-se por trás da obra. Ela, mesmo importante, não pode servir de esconderijo para dar ao autor uma espécie de boa consciência graças à qual ele poderia dizer que está ocupado e não tem tempo para intervir na vida do país."Palavras do meu mestre, que Mia Couto segue à risca. Que outros lhe sigam o exemplo. Mais do que nunca o mundo disso está carente.
Obrigada!
ResponderEliminarBeijo
Quem nunca leu Mia Couto, no mínimo já ouviu falar da sua dimensão humana.
ResponderEliminarQuem ouvir esta intervenção ficará com a certeza disso.
E depois de o ouvir até ao fim neste vídeo, fico de bem comigo mesmo, por não ter perdido a oportunidade de ouvir em palavras que todos entendem, um montão de verdades que alguns preferem não acolher, porque assim lhes convir.
Forte e sincero kandando... inté amigo Rogério.
abraço, meu caro!
ResponderEliminarlegendas vivas. que nunca a voz lhes doa...
adoro mia couto, ja tive o prazer que o conhecer, ele e um ecologista activo e deu aulas na faculdade de medicina.
ResponderEliminarEscreve tambem varias vezes cronicas em forma de cartas para jornais locais interessantissimas
Bjinhos
Paula
Foi através de um blog amigo que “conheci” Mia Couto e fiquei absolutamente encantada com a forma como escreve e os temas dos seus escritos. Encontrei os seus livros (em português) na biblioteca pública aqui em Toronto e já os li todos. Como gostei de ver/ouvir este vídeo! Obrigada, Rogério.
ResponderEliminarRogério,
ResponderEliminarPara mim este foi um momento mágico, conhecer o homem cidadão universal Mia Couto. Como foi mágico o momento em que conheci Galeano. E, com certeza, será mágico o momento em que conhecer Saramago (seu Mestre).
Meu encanto por Mia Couto é agora profunda admiração. Gente assim nos faz acreditar que um dia haverá um mundo com responsabilidade, respeito e ética, entendidas como "palavras com chumbo", como ensina Saramago. (troquei de propósito "democracia" por respeito).
Agradeço de coração ter me avisado deste post. Não sei o que se passou. Fiz o link com seu blog, mas desapareceu e eu não percebi.
Se me autorizar, gostaria de apresentar no Colheita de Girassóis este vídeo. Sei que está no YouTube, mas tomei conhecimento dele aqui, por isso peço sua autorização.
Se gostei do post? Amei!
Obrigada mais uma vez.
Girassóis nos seus dias!
Beijos
Nem para o céu nem para o inferno... escritores, quando morrem, vão para a eternidade.
ResponderEliminarGosto da ideia
ResponderEliminarUm bj
Obrigada Rogério,
ResponderEliminarEste é um momento mágico de um Homem que tenho vindo a conhecer e que me apaixona como ser Humano.
Embora passe frequentemente pelo "Cheiro da Ilha", este post e os mais recentes tinham-me escapado e ainda bem que cheguei aqui para o encontrar.
Já o fui comentar na Maria e volto a fazê-lo de novo neste seu espaço.
Tenho vindo a admirar os seus comentários e foi através deles que aqui cheguei.
Tudo o que Mia diz é o que tantos de nós sentimos e não o sabemos nem podemos dizer assim. Mais terrível é que depois da grande coragem, lucidez e humanismo deste Homem os meios de comunicação não passem momentos como este e se preocupem mais com os jogos de poder. Muitas mais vozes como esta se deviam erguer em coro até que o seu som se subrepusesse a esta indiferença actroz de quem tem o dever de informar.
Mia, Pepetela e outros escritores africanos de língua portuguesa têm sido para mim uma lição maravilhosa nos últimos anos.
Obrigada pela partilha, este é um documento para guardar e divulgar e é o que vou fazer com ele.
Beijos
Branca
Bom dia, amigo! Gostei desta palavra, avinagrada e ótima pra se ler. Já sou seguidora e voltarei, com certeza. Grande abraço
ResponderEliminarRogério,
ResponderEliminaradorei ouvir Mia Couto, ele está passando a ser meu autor favorito nessa estação! É muito bom conhecer o autor atrás das palavras.
Obrigado!
bjs e bom fim de semana
Jussara
Já conhecia, vou comentar com as palavras do próprio:
ResponderEliminar" Preciso ser um outro
para ser eu mesmo
Sou grão de rocha
Sou o vento que a desgasta
Sou pólen sem insecto
Sou areia sustentando
o sexo das árvores
Existo onde me desconheço
aguardando pelo meu passado
ansiando a esperança do futuro
No mundo que combato morro
no mundo por que luto nasço "
Identidade - Mia Couto
beijinhos e bom fim de semana
Rogério,
ResponderEliminarO seu Mestre Saramago não dispensou o caminho e a caminhada, em lugar de se ter mantido, comodamente, à sombra do Nobel grangeado pela sua obra.
Mia Couto é um exemplo de grande humanismo, simplicidade, talento e cidadania. Ao ouvi-lo neste vídeo, que não conhecia, vieram-me à mente umas palavras do Rogério, escritas num comentário no meu blog a propósito de um poema do escritor e poeta moçambicano, que publiquei em Julho deste ano.
Só não as reproduzo agora porque, ditas por mim, poderiam parecer-lhe provocatórias e talvez de alguma irreverência da minha parte.
Como nesse aspecto, o Rogério tem tido uma paciência infinita comigo, não quero abusar da minha sorte...
Um abraço e bom fim de semana.
Janita
Os comentários
ResponderEliminarAh os comentários
Me fazem sentir útil e isso me comove...
Contudo, este post (e outros)
limitam-se a copiar o que a cidadania faz mover... (será mesmo que se move?)
Janita (com toda a sinceridade) não me poupe nem seja condescendente... "Conheci" Mia Couto há pouco mais de um ano. Fui conhecendo: primeiro a sua capacidade de lidar com as palavras e com o contexto (o africano) que lhe favorece a escrita. Eu limitava-me a considera-la bonita... Até que "acontecimentos recentes" me dão, do Homem, outra dimensão... Como é dito no comentário da BrancaMar, os média escondem o que podem esconder e um homem não pode adivinhar só e apenas com os livros que lhe dão para olhar...
ResponderEliminarRogério,
ResponderEliminarvinha "tirar" o seu ponto de interrogação sobre o movimento da cidadania que é lento, mas existe e vejo este outro em que me pede para não ser condescendente consigo.
Peço-lhe desculpa pela recorrência, mas de novo me lembrei de um seu pedido idêntico aos meus comentários sobre o seu Navegar.
Não Rogério, eu não o poupo nem sou condescendente. Sei que é exigente consigo próprio e compreendo-o porque eu também o sou. Uma das exigências que me imponho é ser honesta comigo mesma.
Talvez por esse motivo, na minha franqueza, fira susceptibilidades. Isso incomoda-me depois, e tento ser um pouco mais branda, mas jamais "condescendo" com intenção de agradar.
O Rogério merece-me o maior respeito e admiração, por ser um cidadão convicto da justiça dos seus ideais e pelo seu valor como ser humano preocupado com as injustiças sociais, explícito em tudo o que escreve, ainda que em alguns pontos não esteja de acordo consigo. Mas são raros.
Não se preocupe porque aquilo que falou sobre Mia Couto, não revelava desconhecimento daquilo que ele é enquanto ser humano e que supostamente os media possam ocultar. Foi apenas um trocadilho com o seu nome.
Obrigada Rogério.
Janita
Caro Rogério
ResponderEliminarExcelente!!! Obrigado por estes 7,45m.
Beijo bom fim de semana
Gostei de ouvir. Já gostava da escrita de Mia Couto e foi bom sentir as palavras que pronunciou nas conferências do Estoril.
ResponderEliminarRetenho, em particular, que os que têm trabalho têm medo de o perder, e os que não têm, têm medo de não o encontrar. Talvez por estar pela 2ª vez desempregada.
Mas é fundamental retermos que há quem tenha medo que o medo desapareça.
Bom fim de semana.
Muito bem...
ResponderEliminarAbraço.