27 fevereiro, 2015

A bomba de "eurões", a guerra, a Grécia e o perdão da dívida.



Diz-se que o perdão da (parte) da dívida à Grécia não se aplica pois os gregos não emergiram de uma guerra. À Alemanha sim, por isso mesmo e porque sim.
Quanto à Grécia não ter emergido de uma guerra, não tenho essa mesma certeza. Por lá terá detonado uma bomba de "eurões". Isso!, "eurões", que é uma evolução requintada e muito mais sabida que a dita bomba antecessora, de "neutrões". Enquanto, a de "neutrões" mata a vida, a aniquila, e mantém disponível para o uso e abuso todo o património edificado, a outra, injectando euros sobre a forma de subsídios, produz um mix mais difícil de avaliar sobre os impactos da vida humana, a futura e a quotidiana. A dificuldade está indexada à selectividade: a uns mata, a outros farta. Aos que mata, não nos são patentes, imediatamente, os corpos. Aos que farta, não é imediatamente mensurável a fartura, pelos emaranhados dos procedimentos contabilísticos e pela solidez do nevoeiro que escondem as contas enfartadas em "offshores"...
Independentemente, do tipo de guerra, a outra ou esta, é válida a conclusão tirada:
a história confirmará que não há milagre económico sem perdão da dívida

10 comentários:

  1. Tantas coisas que não entendo... Bem mas isso deve-se à minha falta de conhecimentos...Eurões...Neutrões...

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  2. Longe de ser um arauto da economia, e muito menos papaguear lavercas revestidas de ignorância, porque a viola quer-se na mão do verdadeiro tocador, de outra forma, já tínhamos a nossa divida paga, se exportássemos comentadores e os tais ditos arautos do conhecimento.
    Só quero dizer isto:
    Se nós estamos a pagar a nossa divida, bem como fez a Irlanda, porque os gregos não o tem de fazer?
    Tadinhos, querem tratamento excecional?
    Quando comprei a minha casa, recorrendo a empréstimo bancário, determinaram-me prazos para liquidar, e eu tenho que cumprir com eles, de outra forma sou penalizado, assim como se não pagar a prestação sou colocado na rua.
    Isto é elementar!
    Talvez se emendássemos de vez a nossa postura jacobina, de vivermos de fachada e ostentar o que não podemos ter e fazer disso uma deplorável herança, transmissível aos filhos e netos, aí sim, podíamos ficar substancialmente melhor.
    Temos de deixar de vez, a mania de sermos chicos espertos, que depois circunscrevem ao eu não sabia, a sua manhosice, porque dá jeito.
    Urge a necessidade de uma verdadeira revolução, de mentalidade.
    Chega de lirismo e de romantismo, temos de ser mais pragmáticos e objetivos.

    http://diogo-mar.blogspot.com/

    http://rasgarosilencio.blogspot.pt/

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  3. ~
    ~ A verdade é que já houve um «Milagre Grego», num tempo
    em que os gaviões germanos eram bárbaros. ~
    ~ ~ ~

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  4. "A História prova", mas para uma ala de "historiadores" a memória "adapta-se" de modo a
    desmemoriar, e sem memória de que servirá a História?

    Um beijo

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  5. a Germânia tem outros privilégios...

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  6. isto não vai lá com acordos e conversas, isto só vai lá com processos revolucionários! e, mesmo assim, é preciso muita cautela!...
    a Grécia esfrega os olhos, Portugal dorme... e ninguém acorda?! acordos???
    um abraço desperto

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  7. DIOGO MAR

    Se o seu caso não foi aldrabado (sobrevalorização da avaliação, para obter melhores condições no emprétimo) a sua dívida é legítima, e, claro, deve pagá-la. Não creio que o mesmo se passe com a (i)legitimidade das dívidas soberanas.

    Portugal vai ter que pagar, até 2020, SESSENTA MIL MILHÕES...
    Não há mesmo milagre económico pagando a parte ilegítima dessa dívida...

    E, pode ficar descansado
    que irei visitá-lo

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  8. Prestimoso Rogério G. V. Pereira:
    Desde já o felicito pelo seu blog, que acompanho já há algum tempo.
    Eu circunscrevo os meus conhecimentos de economia, a uma gestão correta e equilibrada da minha estrutura familiar.
    Fazemos sacrifícios?
    Sim claro, mas isso sempre fez parte das raízes educacionais do individuo, é esse testemunho, que faço questão de passar aos meus filhos, que crescem a saber dar o real valor, para alcançar os objetivos que almejam.
    Ponto de honra, andar de cabeça erguida sabendo abdicar de algumas coisas, em detrimento de outras prioritárias.
    Mas atenção, eu não percebo nada disto!
    Pensei, que governar um País, em diferente escala naturalmente, que era assim.
    Ter a arte e o engenho, de fazer uma boa gestão financeira do bolo.
    Isto de exibir, fato de marca com cueca rota, é um triste fadário do Portuga.
    Depois, bem depois como seu bom apanágio, sacode a água do capote e a culpa morre solteira.
    Que raios, nunca ninguém a quer, irá ela ficar para tia?
    Mas como referi no post anterior, não sou profundo conhecedor desta teia, que de tantas pontas, transformadas em verdadeiros jogos de interesses, se tornou perigosamente obscura, num repto à promiscuidade político-financeira.
    Mas não me levem a mal:
    Eu não percebo nada disto!
    A fartura, até mesmo sendo de fachada, sempre adulterou a verdadeira essência, do individuo empurrando-o para terrenos pantanosos, da irresponsabilidade.
    O não, tem tanto ou mais valor que o sim, mas há muita boa gente, que lhe custa de mais, prenunciar o não a si próprio, bem como aos seus filhos, num verdadeiro hino ao facilitismo exacerbado.
    Fraseando o povo na sua sapiência popular, (Quem semeia ventos, colhe tempestades).
    Mas humildemente, digo:
    Não percebo nada disto.

    Seja bem-vindo a um dos meus dois blogs, mas não tinha urgência em fazê-lo, nem eu estava dependente da sua simpática passagem, pelas minhas bandas.
    O número de visitas, ou seguidores, embora gratificante, não são para mim o suprassumo da minha existência na blogosfera.

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