Da dialética, guardo a imagem de como o homem se tornou gigante e um poema. A mão desenvolveu-lhe o cérebro e este permite-lhe compreender o universo e lutar contra tudo o que à Humanidade é adverso. Parece que relembrando isto não estaria a falar do jornal Público e da escolha, no seu aniversário, destinar mais de 100 páginas para falar do Espaço e do Tempo. Do Espaço e do Tempo, mas escrevendo a redacção que a edição tinha tudo. E não tinha. No tempo, foram colocados os marcos (espaços) ao longo de tantas páginas que ignoram o percurso da marcha humana, da dialética da natureza. Ler mais de 100 páginas é imensa obra para quem o tempo não sobra.
Contudo, leitura mais atenta permite-me concluir que se era essa a ideia, ela viria a ser traída. Traída por aquilo que qualifico como sendo uma prenda. Refiro-me à entrevista a Vitor Cardoso, cuja leitura recomendo (não desista e vá lendo):
"...Não nascemos escravos de um Universo que já cá estava. Pelo contrário, evoluímos com ele.(...) De qualquer forma, daqui a cerca de 4000 milhões de anos a nossa galáxia, a Via Láctea, vai colidir com outra, a de Andrómeda [e o nosso Sol estará a morrer daqui a 5000 milhões de anos]..."
Vitor Cardoso, in “Houve um dia em que não houve ontem”/Público
“o mundo forma uma unidade por si mesmo e não foi criado por Deus nem por nenhum homem, mas foi, é e será eternamente um fogo que se acende e se apaga de acordo com as leis [da dialética]”Não admira que Baltasar Sete Sóis ajude Vitor Cardoso a construir sonhos...
Lenine, in Cadernos Filosóficos
Não nascemos escravos mas fizeram-nos escravos. Saibamos libertar-nos!
ResponderEliminarBeijinhos, Rogério. :)
Caro Rogério
ResponderEliminarConfesso que apesar de me ter (desamigado)lá na outra "banda" quase diariamente por aqui passo (na surdina) para saber noticias, que como o meu caro ao longo dos tempos tão bem tem denunciado (aliás principio da sua criação)não aparecem na comunicação social. Claro que sobre o aniversário do PCP, quase nada, sobre a mobilização de massas de hoje, nápia. Ficou a referência.
Cumprimentos
Rodrigo
Do fogo viemos e ao fogo tornaremos?
ResponderEliminarUm bj querido amigo
. e o Homem se tornou gigante
ResponderEliminarDesenvolveu
corpo
lentamente
até se parecer gente
A mão
construiu a razão
à medida que ia manipulando
A voz fez a linguagem
à medida que ia falando
até chegar ao canto
Só depois surgiu a alma
para harmonizar o todo
se encantar com o belo
e torna-lo eterno
A sua natureza?
Ser capaz de tudo
Rogério Pereira
Este poema é que é uma prenda !
beijinho
Fê
«De cravos a escravos foi um salto de coelho»...
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