13 março, 2015

Sexta-feira 13, em Agosto? Eu mostro!

A imagem é de uma Rogériografia antiga e representava um cérebro tenebroso. Hoje saiu igual e, tal como nesse dia, é sexta-feira 13. Mas não se pense que é por azar que esta "chapa" voltou a sair assim. Cérebros como este continuam a proliferar por aí e resultam da continuação de processos evolutivos educacionais complexos, desde há muito banalizados na sociedade em que determinados seres se continuam desenvolvendo. Como os links mesmo se funcionam não são usados, eu aqui lembro o escrito:
«É uma tristeza olhar para esta Rogériografia. Apresenta dois hemisférios praticamente iguais de um cinzento azulado próprio da grande maioria dos humanóides. Nada de zonas ocupadas pelos processos próprios de zonas verdes como são os lúdicos, das artes, da cultura, da observação, do amor, da amizade. Nada, zero, népia. Já por lá terão estado (todos os cérebros nascem iguais) mas foram definhando, definhando até à sua completa extinção. Por essa razão os processos de reflexão, de pensamento profundo e de acção consequente são dominantes, embora com tendência para se irem cobrindo e neutralizando abundantes processos de nível superior (como podem verificar na imagem, no hemisfério esquerdo). O ar circunspecto e o porte seguro dos portadores destes cérebros conferem-lhes uma presença credível e séria pelo que aparentam ser um cérebro normal embora não o sendo.
A inexistência de processos verdes retira a este cérebro qualquer capacidade de produzir alegria e felicidade ao seu redor. Todas as suas manifestações são de aparente bom humor dada a sua elevada capacidade de mistificar comportamentos, mesmo quando está confrontado com as situações mais adversas. Não perdendo tempo com ninharias sabem ocupá-lo trepando e tramando.

Na vida familiar tem um papel muito protector mas autoritário. Dá grande valor à educação mas, contraditoriamente desvaloriza leituras elevadas. Os filhos só frequentam colégios particulares e, quanto a artes, permite-as desde que não desenvolvam ideias. Assim, valoriza tudo o que é contemplativo ou sensitivo. Quanto aos pais, lembram-se deles e colocam-nos em razoáveis lares ou mesmo boas residências para seniores que visitam com equilibrada frequência…

Vida profissional? Estão na maior. Senhores de elevada capacidade verbal e até com dotes de oratória, ascendem facilmente na carreira chegando, na sua grande maioria a lugares do topo, chega qual for o ramo da actividade ou o sector. Frequentemente tratam os colegas como ferozes concorrentes e, à semelhança de outros cérebros anormais, usam as falsas verdades como patamares de trepadeira mas... arrepiam-se só de pensar que alguém possa comentar que começaram graças a uma valente e influente “cunha”. Gabam-se com frequência da sua brilhante carreira académica. Uns ostentam mestrados, outros até doutoramentos. Fazem-no mesmo quando não possuem mais do que o ensino básico (e conseguem ter crédito).
Actos cívicos? Sim, mas são imprevisíveis! Tanto acontece haver cérebros destes alinhados e militantes, como os podemos ouvir discorrer sobre o valor dos políticos, amesquinhando a sua actividade parlamentar ou autárquica. Votam sempre e o seu comportamento é, também neste domínio, muito parecido ao cérebro descrito no meu “relatório” anterior: votam sempre nos "aqueles" mas também votam noutros que se pareçam muito com "aqueles"...»

6 comentários:

  1. Podias datar de novo e pôr 2015 que ninguém estranharia! Tudo igualzinho...

    Beijinhos, Rogério. :)

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  2. Sou uma mulher que acredita na mudança...os cérebros dos humanoides não estão esquematizados para ficarem estacionados!
    O meu não é igual a esse representado nessa Rogériografia!

    Um abraço esperançado.

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  3. ~
    ~ Uma análise impecável, Rogério.

    ~ Só pelo texto, merece uma nota elevada.

    ~ ~ ~ Dias felizes. Beijo. ~ ~ ~
    ~~~~~~~~~~~~~~~~

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  4. Será azar ou é mesmo mal formação genética ;)
    O pior é que são este cérebros que nos (des)governam !

    Um beijinho com o desejo que passe um excelente fim de semana.

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  5. O pior é que me parece se o voltar a publicar em 2020 estará tão actual como hoje.
    Um abraço e bom domingo.

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