Estávamos num conflito de areias
desterrados no deserto
quando choveu
nas nossas bocas
uma certa água
e os cravos povoaram
as ruas
mas foi por uma fresta
escancarada
que te descobri
silvestre e breve
a resistir
no chão onde se despem as pétalas
que voam
sem limites
ainda hoje chove nas nossas bocas
uma certa efusão de cores
perfumes tresmalhados
e areias
mas és tu ABRIL
no mais íntimo dos silêncios
a minha festa de belos vendavais
Eufrázio Filipe / Mar Arável
Muito, muito bonito!!! (Até me dava vontade de "roubar"...)
ResponderEliminarMuito bonito.
ResponderEliminarUm abraço
Um poema tão belo, um poema de Abril.
ResponderEliminarParabéns ao poeta !
Beijinho
Fê
São lindas estas palavras que nos transportam para o Abril de outrora e de agora. Abraço
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ResponderEliminarAbril, a água que chove no deserto...
O "Senhor Metáfora" no seu melhor!
Bj.
Abraço amigo
ResponderEliminarEstá um vento do caraças aqui no sofá ó companheiro! Chove que se farta lá fora, ó companheiro! Ainda bem que chove assim, não me parece que esteja de dar cabo dos frutos em rebento!
ResponderEliminarQuase toda a poesia que se faz de abril, me parece carpideira. Será que abril morreu? Que morra! Porra! Que venha um novo março e uma coluna das Caldas para estes gajos! Porra! Eles estão a pedi-las! Porra!
Nunca, como este ano, tive o desejo que a seguir a abril, viesse março!
Desculpa Vinagre o desabafo! Estou cá com uns vinagres!Abraço!
Volto aqui neste dia magnifico e sinto-me tão reconfortada, sinto-me entre Homens de Abril e o poema lindíssimo do Eufrázio levo-o na alma, porque o senti hoje assim, na rua e porque o Eufrázio sabe-o dizer como ninguém.
ResponderEliminarAbraço aos dois.
Branca
abraço fraterno.
ResponderEliminarenvolvendo os dois...
Sensibilidade de ambos: quem escreveu e quem escolheu.
ResponderEliminarMuitos bjs
ah, o Abril que tem servido para tudo...
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