Notícia em 29-09-2016
O governo anunciou ontem a intenção de concessionar a privados trinta imóveis históricos, cujo uso se destina à actividade hoteleira e turística. Trata-se de entregar, por um período que pode ir até 50 anos, um conjunto de monumentos, património cultural decorrente da nossa história colectiva, a grupos privados para montarem o seu negócio, em detrimento da plena fruição pública. (ler tudo aqui)
Notícia em 09-05-2016
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MOÇÃO (texto integral)
PAÇO E QUINTA REAL DE CAXIAS
Tem vindo, ao longo do tempo, a população de Caxias a reclamar a
recuperação da Quinta Real de Caxias e a sua abertura ao público.
Já
neste mandado, a Assembleia de Freguesia, na sessão de 29 de Setembro,
no período de intervenção do público tomou conhecimento, quer das
preocupações suscitadas pelo estado daquele valioso património
histórico, quer da denúncia da vandalização de estátuas do escultor
Machado de Castro.
Em 4 de janeiro do corrente ano, o Grupo
Parlamentar do “Partido Ecologista “Os Verdes” apresentou na Assembleia
da República, duas perguntas relacionadas com a recuperação e destino a
ser dado ao Paço Real de Caxias.
O termos da resposta, em 3 de
Fevereiro, dada por Sua Excelência o Ministro da Defesa Nacional
deixa-nos as maiores preocupações quanto ao destino a dar a este valioso
património e importante memória histórica local.
Com efeito, perante
a pergunta: “Depois de recuperado, que utilização pondera o Ministério
que venha a ser dada a este edifício?”, a resposta não poderia ser mais
difusa e ambígua: “A futura utilização do Paço e Quinta de Caxias
dependerá do seu futuro proprietário” e embora refira que a autarquia
tenha intenção de utilizar aquele espaço não dá qualquer indicação
quanto a considerar tal ensejo como legitimo.
Assim, propomos que a Assembleia de Freguesia, reunida em sessão, dia 28 de Abril delibere
1. Recomendar ao Município de Oeiras que reclame a figura de interesse publico para assumir a posse e usufruto do Paço e da Quinta Real de Caxias.
2. Que a autarquia, após a reabilitação/recuperação integral daquele património histórico, o integre num projecto mais vasto e abrangente, ligando-o a outro edificado, designadamente ao Forte de S. Bruno, dando a Caxias condições de figurar no percurso dos estudiosos, dos turistas e da população em geral, como um lugar com história.
Pela CDURogério Vidal Pereira
Rui Capão Andrade