08 julho, 2019

O Syriza, que chegou a ser cunhado como «esquerda radical» e andou anos a servir o capital como melhor pôde, deixa o governo.

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Em 2015, o Syriza ganhou as eleições com um programa eleitoral que viria a não aplicar. E quando, em referendo, o povo grego disse maioritariamente «não» ao terceiro resgate, o seu líder, Alexis Tsipras, acabou por assiná-lo.

Por isso, a PAME (Frente Militante de Todos os Trabalhadores) lançou fortes críticas ao Syriza, que «faz melhor o trabalho de liquidador dos direitos d os trabalhadores que a Nova Democracia [direita]».

Não só as questões do trabalho afastaram o Syrisa do seu discurso de promessas. Um ano depois, em 2016, na remodelação do governo grego não é por acaso que o responsável pela privatização de várias empresas públicas é nomeado  secretário de Estado da Economia. Para ministro entra um economista que era presidente de um centro de estudos económicos norte-americano, o Levy Economics Institute.

Hoje, a Grécia tem um governo e uma maioria absoluta de direita.

«Esta manhã não faltavam comentários sobre o regresso da «direita de sempre» ao governo na Grécia, a lembrar a «estrondosa derrota» de Alexis Tsipras ou as ilusões que a vitória do seu partido, em 2015, gerou – na Grécia e fora dela.
O engano, para alguns, durou pouco. Às vitórias de tal «esquerda» em Janeiro e Setembro de 2015, seguiram-se greves gerais sucessivas e manifestações com dezenas de milhares nas ruas de Atenas e Salónica. É que as infra-estruturas (portos, aeroportos) estavam a ser privatizadas e as reformas legislativas que afectaram, trabalhadores, pensionistas e a população grega em geral seguiam-se ao ritmo das exigências da troika do capital.»
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Como nota final, fica o apontamento de como partidos que se consideravam irmãos e se envolveram em campanhas eleitorais e , tinham (e mantém) linguagem igual…

4 comentários:

  1. De saída para uma consulta que deveria ser de rotina, mas se tornou urgente, dado o grave estado em que me encontro, partilho e espero voltar ainda hoje para ler esta publicação.

    Abraço

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  2. Mais um país tomado pela direita!
    O Syriza seria um mal menor!

    Abraço

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  3. De politicas não percebo nada :))

    Bjos
    Votos de uma óptima Terça-Feira.

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  4. Tem muita razão!
    Estive na Grécia por essa altura e o que vi nas ruas de Atenas e nos bairros mais periféricos...diz tudo.

    Beijo, amigo.

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