Em 2015, o Syriza ganhou as eleições com um programa eleitoral que viria a
não aplicar. E quando, em referendo, o povo grego disse maioritariamente «não»
ao terceiro resgate, o seu líder, Alexis Tsipras, acabou por assiná-lo.
Por isso, a PAME (Frente Militante de Todos os Trabalhadores) lançou fortes
críticas ao Syriza, que «faz melhor o trabalho de liquidador dos direitos d os
trabalhadores que a Nova Democracia [direita]».
Não só as questões do trabalho afastaram o Syrisa do seu discurso de
promessas. Um ano depois, em 2016, na remodelação do governo grego não é por
acaso que o responsável pela privatização de várias empresas públicas é nomeado
secretário de Estado da Economia. Para
ministro entra um economista que era presidente de um centro de estudos
económicos norte-americano, o Levy Economics Institute.
Hoje, a Grécia tem um governo e uma maioria absoluta de direita.
«Esta manhã não faltavam comentários sobre o regresso da «direita de sempre» ao governo na Grécia, a lembrar a «estrondosa derrota» de Alexis Tsipras ou as ilusões que a vitória do seu partido, em 2015, gerou – na Grécia e fora dela.
O engano, para alguns, durou pouco. Às vitórias de tal «esquerda» em Janeiro e Setembro de 2015, seguiram-se greves gerais sucessivas e manifestações com dezenas de milhares nas ruas de Atenas e Salónica. É que as infra-estruturas (portos, aeroportos) estavam a ser privatizadas e as reformas legislativas que afectaram, trabalhadores, pensionistas e a população grega em geral seguiam-se ao ritmo das exigências da troika do capital.»
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Como nota final, fica o apontamento de como partidos que se consideravam
irmãos e se envolveram em campanhas eleitorais cá e lá,
tinham (e mantém) linguagem igual…
De saída para uma consulta que deveria ser de rotina, mas se tornou urgente, dado o grave estado em que me encontro, partilho e espero voltar ainda hoje para ler esta publicação.
ResponderEliminarAbraço
Mais um país tomado pela direita!
ResponderEliminarO Syriza seria um mal menor!
Abraço
De politicas não percebo nada :))
ResponderEliminarBjos
Votos de uma óptima Terça-Feira.
Tem muita razão!
ResponderEliminarEstive na Grécia por essa altura e o que vi nas ruas de Atenas e nos bairros mais periféricos...diz tudo.
Beijo, amigo.