28 agosto, 2022

A GARGALHADA DO PAPA

(REEDITADO) 

O Papa

O Papa ri-se
Ri-se do quê?
De que se ri o Papa?

Ri-se de si?
Ri-se de mim?
Ri-se do Mundo?
Ou de quem tornou o Mundo assim?

"No chão do medo
Tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos
Na noite abafada
Jazem nos fossas
Vítimas dum credo
E não se esgota
O sangue da manada"

Já não há vampiros?

Ah!, talvez seja essa a razão
da tão espontânea gargalhada
do Papa!
Rogério Pereira

7 comentários:

  1. Brilhante o poema de hoje que contém uma homenagem ao Zeca.

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  2. Talvez o Papa se ria dos vampiros que são cada vez mais...
    Gostei da intertextualidade com o Zeca.
    Uma boa semana com muita saúde.
    Um beijo.

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  3. Ri-se porque tem o céu garantido!

    Abraço

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  4. Que bela homenagem ao Zeca!

    Quanto à gargalhada do Papa, talvez se deva ao facto de ter descoberto as novas roupagens dos vampiros que, de tão primorosas e sofisticadas, fazem com que muitos deles se consigam fazer passar por santos...

    Forte abraço!

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  5. Meu amigo, amei seu poema.
    Na minha opinião, o Papa ri de tudooo... kk
    Abraços e boa semana!

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  6. Meu caro Rogério
    O que faltam são vampiros.
    Trajam de forma diferente, usam roupagens diferentes, falas mansas.
    Amansam a manada para lhes sugar o sangue sem que deem por isso.
    belíssima homenagem ao grande Zeca.
    Abraço

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