(reeditado)
SONHO À VISTA
(a caminho da terra da Utopia)
(a caminho da terra da Utopia)
Os mostrengos são cada vez mais numerosos
E rodeiam a nau voando
Não três, mas mil vezes, e mais raivosos
Na ré, de pé,
O mesmo homem do leme
Que depois de ter tremido, já não treme
Gritando o grito que o poeta lhe colocou na voz
No mastro real,
Também igual,
Está o mesmo gajeiro
No ponto mais alto do navio, será o primeiro
A dar noticias, quando as houver que dar
Naquela travessia
Decidida
Que ousaram desafiar
Se empenhando com todo o seu ser e querer
As ondas são vagas de meter medo
Se houvesse medo de lhes ter
A fome roer-lhes-iam a entranhas
Se houvesse sentir entranhas a roer
A incerteza espalhar-se-iam com os ventos
Se houvesse que a sentir nesses momentos
Tudo o que de mau, escuro e duro
Lhes diziam ir acontecer, aconteceu
Mas nem um só esmoreceu
(embora muitos ficassem pelo caminho
por tão dorido e sofrido ele ser)
As sereias, desistentes,
Mergulharam em desafinado cantar
O céu, que fora de breu, clareou
O mar, que fora alteroso, se amainou
E por fim a noticia esperada
Do alto da nau gritada
Sonho à vista
Sonho à vista, foi o grito repetido,
Por quem sofrendo ali chegou
Rogério Pereira - Maio de 2012
(A imagem foi roubada a um belo pássaro azul)
Belo poema emoldurado por linda foto que fixei o olhar até cansar!
ResponderEliminar"No mastro real,
Também igual,
Está o mesmo gajeiro
No ponto mais alto do navio, será o primeiro
A dar noticias, quando as houver que dar "
Aplausos!
Um ótimo fim de semana, Rogério.
bjus
Este poema está no livro
Eliminarque não sei ainda se publico
Obrigado pelos aplausos
o gajeiro agradece
Um poema com mensagem. É para ler e reler.
ResponderEliminarEu próprio o releio...
EliminarVenho de fugida, exausta e dividida entre as minhas novas dores físicas e a imperiosa necessidade de construir mais um botezinho para a minha grande Barca de Sonetos...
ResponderEliminarDesta vez, confesso, não grita o meu gajeiro/musa "sonho à vista!"
Antes me grita o corpo, "dor em curso!"...
Belo poema! :)
Forte abraço!
Grita o meu "Musa à vista"
Eliminare avisa o teu corpo que não há dor que sempre dure...
Abraço esperançoso
Enfrentar os "mostrengos", em vez de esconder a cabeça na areia.
ResponderEliminarMuitos, a nível global, perderam empregos ou morreram em estranhas circunstâncias e, em vez de aproveitar esse sacrifício, e Saber esse Conhecimento, para fazer parar os "monstrengos", como por exemplo parar o CincoG que, por cá, ainda não está em pleno funcionamento, a grande maioria não quer sequer Saber, o que mostra o seu desamor pela Humanidade, incluindo os próprios filhos e netos.
Para substituir a Criação Natural, numa criação Artificial, onde muito poucos podem controlar ou se comparar a deuses, precisam de energia para essa criação artificial funcionar e é aqui que entra a nanotecnologia dentro dos corpos humanos.
Apesar dos disparates que muitos ignorantes comentam sobre os mensageiros, não se pode desistir daqueles que ainda têm olhos para ver, ouvidos para ouvir e... "dois dedos de testa".
"O ataque mais intrusivo contra a humanidade" (com legendas em português)
https://odysee.com/@laquintacolumnainternational:7/O-ataque-mais-intrusivo-contra-a-humanidade:b
Sempre que apareces, acrescentas valor à reflexão...
EliminarAparece mais vezes
(agora vou espreitar o link...)
O sonho comanda a vida, não há mostrengos que o derrotem!
ResponderEliminarParabéns pelo belo poema.
Abraço
Comungo da tua crença
EliminarAbraço
«Os mostrengos são cada vez mais numerosos» Poema excelente!
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