Não posso encerrar esta etapa, onde procuro reflectir porque o Chega cresce à brava, sem falar do Alentejo pondo em evidência que as condições de desespero de quem trabalha no campo estará na base desse voto desesperado e de protesto. Oram pensem:
"A população ativa no setor primário no Alentejo sofreu uma diminuição evidente de década para década, nos anos 80 ainda 36,6% da população trabalhava no setor, passadas mais de 30 anos, o dados relativos aoprimeiro semestre de 2016 contabilizam no Alentejo apenas 7,7% de população ativa. O trabalho agrícola aparece nas estatísticas como predominantemente familiar e a tempo parcial, no entanto, o crescimento das empresas no setor e o aumento da sua produtividade, conduzem-nos a acreditar que o os números reais relativamente aos trabalhadores se encontram por descortinar. Principalmente no que se refere aos trabalho sazonal protagonizados por população imigrante, estima-se que o Alentejo recebe milhares de imigrantes em épocas sazonais, mas as estatísticas disponíveis são insuficientes para aprofundar esta questão."
in "Cidades e Campos [AT] Alentejo e Trabalho Agrícola ..."
"Sendo o Alentejo uma Região em processo rápido de desertificação, nomeadamente, desertificação humana, há que tentar travar esse processo, através de estratégias de fixação das suas populações. Para tal, e porque se trata de uma região essencialmente rural, é preciso, não só, desenvolver a sua agricultura, mas também, criar condições de vida ás populações agrícolas, para que uma parte significativa do seu rendimento possa ter origem em outras actividades ligadas, directa ou indirectamente, à agricultura e/ou em actividades fora do sector, desde que praticadas em meio rural. Mais concretamente, há que, se necessário, recorrer à pluriactividade."
in Famílias agrícolas e desenvolvimento
“Eu acho isto muito natural porque, em 50 anos de democracia, há muita coisa com as quais as pessoas não estão contentes, com os governos, e querem mudar. Aconteceu que agora foi o Chega e as pessoas se calhar foram mais [votar] por uma demonstração de revolta. Depois também há muita gente nova, já não está associada a uma aldeia que é comunista. As coisas evoluem, umas vezes para bem, outras vezes para menos bem. Isto foi a vontade dos votantes e nós temos de respeitar, não há que ver de outra maneira”
Citando a filha de Catarina Eufémia
Gostei da análise desassombrada que a filha da Catarina Eufémia fez acerca da viragem ocorrida nas eleições de 10 de Março, no Alentejo em geral e em Baleizão em especial.
ResponderEliminarAté os alentejanos se cansaram desse vira-do-Minho. Ora agora governa o PS, ora governa o PSD. Mudança, é o que o Povo quer...pior do que está é difícil ficar.
Beijinhos, Rogério.
👍
EliminarJanista, gostaste?
EliminarPois a filha da Catarina Eufémia não gostou nada...
e sobre os resultados, talvez ela nem isto saiba:
Em Beja o Chega ganhou 9663 votos e a CDU perdeu 872 , assim houve 8791 votos que vieram de algum lado para o Chega e não foram do PCP."
Beijinhos sem perda de ânimo
Caro anónimo
Eliminar👍
E o elefante?
ResponderEliminarElefante? Troca-me isso por miúdos...
EliminarO „elefante“ é um milhão de votos que vai aumentar consideravelmente com os votos dos emigrantes.
EliminarO elefante no meio da sala.
EliminarCDU, “o povo” e “os trabalhadores”: o caso clássico de um amor não correspondido.
ResponderEliminarDecididamente não entendes nada
Eliminarnem o que eu disse, nem do que se passa
Vê o filme "Roger and me" pois a Alemanha
está perto de lhe acontecer o mesmo
segundo o DN de hoje
https://www.dn.pt/1344316980/milhares-voltam-as-ruas-de-berlim-contra-extrema-direita/
Vi esse filme 🎥 antiquado nas salas escuras do cinema.
EliminarOs tempos são outros e tu continuas a enterrar a cabeça na terra como um avestruz.
Teorizam, teorizam mas... temos de levar com eles sem os escolhermos.
ResponderEliminarOntem tive massagem ao ego...
EliminarA sala estava apinhada de uma multidão onde na maioria tinham idade para serem nossos netos! Boa?