05 maio, 2024

Ó MINHA MÃE, MINHA MÃE...

 
Estou sozinho no mar largo
Sem medo à noite cerrada
O minha mãe minha mãe
O minha mãe minha amada


José Afonso

Por vezes, da alma me sai
Falando a quem quero bem
Sou mais que teu pai
Sou quase tua mãe

Rogério Pereira

«Quem estava não tinha procurado a praia e fazia o que sempre ali se fazia, conversava. Conversava, de tudo e de nada até que, pela frequência com que passavam flores, o velho engenheiro, comentou o dia e o negócio que proporciona, dissertando pelo consumismo. Depois falámos de mães e de mulheres, de mulheres e de mães, a seguir de nossas filhas e das mães delas. Não falámos de nós a não ser por falarmos delas e percebemos quanto as admirávamos sem lhes endereçar um só adjectivo e ficando os elogios perdidos no que cada um ao outro contava. Antes de irmos, cada um à sua vida, deixámos quase sentenças:

- "Somos a mãe que tivemos", sentenciou ele.
- "Não é boa mãe quem quer, mas quem soube e o pode ser", disse, antes de me despedir.»
reeditado com pequenos acertos, de conversas antigas


____

2 comentários:

  1. Uma belíssima homenagem às mães portuguesas.
    Adorei ouvir o vídeo.
    O primeiro domingo de Maio está quase a terminar.
    No próximo domingo é a vez das mães alemãs 🌹
    Agora vou ler pequenos acertos, de conversas antigas.

    ResponderEliminar
  2. As coisas relacionadas as mães sempre me tocam, profundamente.
    Uma razão é a perda ainda bem bebêzinha e não a conheci.Muitas
    outras mães surgiram na minha vida ,mas a falta dela estava lá,, bem
    acentuada pela via afora. Digo eu também Rogério,
    Oh,minha mãe minha mãe ...
    beijo

    ResponderEliminar