17 julho, 2024

PARA QUE O NEO-REALISMO CHEGUE À ALEMANHA, DEI UMA IDEIA À SENHORA HOFFBAUER

Numa das suas últimas publicações a nossa Teresa Hoffbauer punha na sua montra mais uma iniciativa do seu "Círculo Literário" onde mais uma vez não se referia a obra de autor português. Deixei-lhe um comentário. Este: 

"Quando me passeei no Tejo e, depois de almoço, visitei o Museu do Neo-realismo deparei aí com todos os escritores que fizeram de mim o que sou hoje... tudo isto para lhe perguntar se algum desses autores já foram lidos nesses vossos "Círculos" ? Que tal "Os Capitães da Areia"? Fica esta minha ideia!

Na sua resposta nem se referiu ao meu erro em ter associado "Os Capitães da Areia" a autor luso. Deixou implícito que os membros do "Circulo" não incluem autores portugueses nas suas preferências dando como exemplo que "Caim" de José Saramago, não fora do agrado geral... E digo eu que se o perfil dos membros coincide com o de gente da classe média e crente não se afigura que pudessem ter gostado de quem deixou escrito, nesse livro, qualquer coisa como isto:

“A história dos homens é a história dos seus desentendimentos com deus, nem ele nos entende a nós, nem nós o entendemos a ele”
Mas como me encanta que haja quem reuna em tertúlia literária regresso à ideia inicial, agora corrigindo o meu erro e dando o seu a seu dono.

  • Que o tema de um próximo Circulo Literário seja o Neo-realismo, de autores em língua portuguesa;
  • Que os autores sejam Soeiro Pereira Gomes e Jorge Amado (pois até os confundi trocando aquele por este);
  • Que as obras sejam "Os Esteiros" e "Capitães da Areia" (pois até as confundi referindo esta em vez daquela).
É complicado? Então pegue nesta obra onde já tudo isso está bem juntinho!

6 comentários:

  1. Teresa Palmira Hoffbauer17 de julho de 2024 às 22:55

    O conto de Toni Morrison "Recitativo" foi escolhido para o próximo encontro do Círculo Literário no dia 15 de Agosto de 2024, em Duisburg. Uma história intemporal, sobre o que nos liga e o que nos separa, sobre a questão racial e os estereótipos e preconceitos que moldam as relações humanas.

    Claro que reparei na tua gafe. A idade não perdoa.

    O neo-realismo chegou à Alemanha ainda tu não tinhas nascido.

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  2. Teresa Palmira Hoffbauer17 de julho de 2024 às 23:16

    "O poder radiante do neo-realismo"
    Imagens e grafias neorrealistas na literatura alemã do pós-guerra
    Do livro Realismo de acordo com as vanguardas europeias
    Lucia Perrone Capano

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  3. Teresa Palmira Hoffbauer17 de julho de 2024 às 23:41

    OS HOMENS QUE NUNCA FORAM MENINOS:
    o Neorrealismo e as personagens coletivas nas obras Capitães da Areia, de Jorge Amado, e Esteiros, de Soeiro Pereira Gomes

    Após a leitura, fiquei com vontade de ler novamente estes dois livros 📚
    Tenho-os em português.
    Não acredito que “Esteiros” esteja traduzido na língua alemã.

    Inflamaste-me com este tema, Rogério‼️

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  4. Teresa Palmira Hoffbauer18 de julho de 2024 às 14:40

    NÃO PODEMOS REDUZIR O NEO REALISMO A DOIS ROMANCES‼️

    “O romance como género literário surge na transição do século XVII para o século XVIII e traz uma perspectiva marcada pelas questões individuais.
    HEGEL 1835) em Estética, caracteriza o romance como a epopeia burguesa, uma vez que a escrita romanesca e a épica confluem em determinados pontos, apesar de apresentarem forma e conteúdo distintos. Enquanto os textos épicos narram a trajetória de um herói coletivo, rumo ao seu destino triunfal, o romance propõe um herói individual que tem sua jornada centrada em suas próprias problemáticas, questionamentos e decisões. A grande diferença, nesse sentido, se estabelece na relação entre o homem e o mundo: o herói épico traça sua jornada a partir de valores e escolhas coletivas previamente definidas, ao passo que o herói do romance é marcado pela instabilidade e pela autonomia em relação às suas decisões.”

    Tema entusiasma-me, especialmente o neo realismo italiano.

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  5. Ena!! Isto por aqui anda inflamado :)
    Não tenho "bagagem" suficiente para "meter a colher".👩🏻‍🍳
    Beijinhos aos dois.

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