Numa das suas últimas publicações a nossa Teresa Hoffbauer punha na sua montra mais uma iniciativa do seu "Círculo Literário" onde mais uma vez não se referia a obra de autor português. Deixei-lhe um comentário. Este:
"Quando me passeei no Tejo e, depois de almoço, visitei o Museu do Neo-realismo deparei aí com todos os escritores que fizeram de mim o que sou hoje... tudo isto para lhe perguntar se algum desses autores já foram lidos nesses vossos "Círculos" ? Que tal "Os Capitães da Areia"? Fica esta minha ideia!
Na sua resposta nem se referiu ao meu erro em ter associado "Os Capitães da Areia" a autor luso. Deixou implícito que os membros do "Circulo" não incluem autores portugueses nas suas preferências dando como exemplo que "Caim" de José Saramago, não fora do agrado geral... E digo eu que se o perfil dos membros coincide com o de gente da classe média e crente não se afigura que pudessem ter gostado de quem deixou escrito, nesse livro, qualquer coisa como isto:
“A história dos homens é a história dos seus desentendimentos com deus, nem ele nos entende a nós, nem nós o entendemos a ele”Mas como me encanta que haja quem reuna em tertúlia literária regresso à ideia inicial, agora corrigindo o meu erro e dando o seu a seu dono.
- Que o tema de um próximo Circulo Literário seja o Neo-realismo, de autores em língua portuguesa;
- Que os autores sejam Soeiro Pereira Gomes e Jorge Amado (pois até os confundi trocando aquele por este);
- Que as obras sejam "Os Esteiros" e "Capitães da Areia" (pois até as confundi referindo esta em vez daquela).
É complicado? Então pegue nesta obra onde já tudo isso está bem juntinho!
O conto de Toni Morrison "Recitativo" foi escolhido para o próximo encontro do Círculo Literário no dia 15 de Agosto de 2024, em Duisburg. Uma história intemporal, sobre o que nos liga e o que nos separa, sobre a questão racial e os estereótipos e preconceitos que moldam as relações humanas.
ResponderEliminarClaro que reparei na tua gafe. A idade não perdoa.
O neo-realismo chegou à Alemanha ainda tu não tinhas nascido.
"O poder radiante do neo-realismo"
ResponderEliminarImagens e grafias neorrealistas na literatura alemã do pós-guerra
Do livro Realismo de acordo com as vanguardas europeias
Lucia Perrone Capano
OS HOMENS QUE NUNCA FORAM MENINOS:
ResponderEliminaro Neorrealismo e as personagens coletivas nas obras Capitães da Areia, de Jorge Amado, e Esteiros, de Soeiro Pereira Gomes
Após a leitura, fiquei com vontade de ler novamente estes dois livros 📚
Tenho-os em português.
Não acredito que “Esteiros” esteja traduzido na língua alemã.
Inflamaste-me com este tema, Rogério‼️
Bem lembrado.
ResponderEliminarNÃO PODEMOS REDUZIR O NEO REALISMO A DOIS ROMANCES‼️
ResponderEliminar“O romance como género literário surge na transição do século XVII para o século XVIII e traz uma perspectiva marcada pelas questões individuais.
HEGEL 1835) em Estética, caracteriza o romance como a epopeia burguesa, uma vez que a escrita romanesca e a épica confluem em determinados pontos, apesar de apresentarem forma e conteúdo distintos. Enquanto os textos épicos narram a trajetória de um herói coletivo, rumo ao seu destino triunfal, o romance propõe um herói individual que tem sua jornada centrada em suas próprias problemáticas, questionamentos e decisões. A grande diferença, nesse sentido, se estabelece na relação entre o homem e o mundo: o herói épico traça sua jornada a partir de valores e escolhas coletivas previamente definidas, ao passo que o herói do romance é marcado pela instabilidade e pela autonomia em relação às suas decisões.”
Tema entusiasma-me, especialmente o neo realismo italiano.
ResponderEliminarEna!! Isto por aqui anda inflamado :)
Não tenho "bagagem" suficiente para "meter a colher".👩🏻🍳
Beijinhos aos dois.