Tirado a quem deixei o recado de ter tirado
Ó Meus Irmãos Contrários…
Ó meus irmãos contrários que guardais nas vossas pupilas
A noite infusa e o seu horror
Onde vos deixei eu
Com vossas pesadas mãos no azeite preguiçoso
Dos vossos actos antigos
Com tão pouca esperança que’a morte tem razão
Ó meus irmãos perdidos
Eu vou para a vida tenho aparência de homem
Para provar que o mundo é feito à minha medida
E não estou só
Mil imagens de mim multiplicam a luz
Mil olhares semelhantes igualam a carne
É a ave é a criança é a rocha é a planície
Que se misturam a nós
O ouro desata a rir ao ver-se fora do abismo
A água o fogo despem-se por uma única estação
Já não há eclipse na fronte do universo.
Paul Eluard
A poesia é de fato um interregno para coisas belas.
ResponderEliminarUm grande bj no teu coração
O ouro ri, e nunca estamos sós...a não ser os novos terroristas de momento - os professores, esses malvados que se preparam para fazer mal aos alunos e estragar as férias dos pais e do senhor Crato!!!
ResponderEliminarIrritado.
Abraço
Paul Eluard, uma excelente escolha.
ResponderEliminarNão o sabia tão "hoje".
Um beijo
ResponderEliminarTudo é preferível a esta "loucura"!
Elouard: Um génio da poesia sempre presente e actual.
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