22 agosto, 2014

Ir à Festa, aquela que não há outra como esta! (1)


Há uns anos, em 1977, quando deitámos ombros à tarefa de quase comer ervas e pedras e, num terreno que era mais que mato, orgulhosamente a erguemos, dizia a tal imprensa: "os comunistas vão-se enterrar no Jamor, não vão fazer a Festa". Por inícios de Agosto, um jornal (já não me recordo qual) ostentava uma foto como prova do tal inconseguimento. Foto semelhante à que agora mostro, tirada em meados de Julho. Hoje pensarão o mesmo, mas já não arriscam a afirmá-lo. Limitam-se a esconder esse trabalho sem par, voluntário e num ambiente fraterno que, se fosse divulgado, arriscaria a trazer ao Partido mais e mais simpatia, mais e mais militantes, mais e mais crença que os comunistas são uma força indispensável para "afastar os fantasmas" e construir um país novo tendo por modelo a "cidade-de-todos-os-afectos". 
E por falar em afastar fantasmas, ocorreu-me partilhar uma canção do Pedro (que em 2010, deu, na Festa, um concerto extraordinário) pela letra, pelo vídeo que a suporta e porque, arrasta uma outra interpretação que, nesta hora, tem lá a mesma importância que tem para nós, agora:
Aquele era o tempo
Em que as mãos se fechavam
E nas noites brilhantes as palavras voavam,
E eu via que o céu me nascia dos dedos
E a ursa maior eram ferros acesos.
Marinheiros perdidos em portos distantes,
Em bares escondidos,
Em sonhos gigantes.
E a cidade vazia,
Da cor do asfalto,
E alguém me pedia que cantasse mais alto.
Quem me leva os meus fantasmas?
Quem me salva desta espada?
Quem me diz onde é a estrada?

7 comentários:

  1. Sonhos gigantes, os quero sempre!
    Um em especial, gostaria agora...
    Um grande bj querido amigo

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  2. ~
    ~ ~ Bons preparativos e que seja uma excelente confraternização. ~ ~

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  3. Nunca lá fui. Nem a esta nem a outra. Se é festa que continue. Que cantem e se dêem abraços. Que as mãos se apertem e que os corações vivam a verdadeira amizade.
    Não tenho partido e estou desiludido. Todos fazem guerras de palavras,esquecendo o bem comum.
    Hoje e por cá os políticos vivem para eles e para o capital.....
    Rogério não te zangues Este é o meu grito de revolta.

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  4. Gostei imensamente da música na voz do Pedro Abrunhosa_ conhecia apenas o poema.
    Bethânia também é boa intérprete,
    Obrigada por compartilhar.
    Estamos vivendo uma hora oportuna para afugentar os 'fantasmas'nos libertando de uma 'espada' ainda mais cortante.

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  5. Ó Rogério, 38 anos de Festa é caso para dizer sem fantasmas que embarguem a voz...Avante Camaradas, Avante!!

    União e muita força nas gargantas é preciso! :)

    Um abraço festivo.

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  6. Acredito que não haja mesmo!
    Nunca estive presente em nenhuma... mas quem sabe um dia ainda possa testemunhá-lo.

    Beijinhos presentes
    (^^)

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