Há uns anos, em 1977, quando deitámos ombros à tarefa de quase comer ervas e pedras e, num terreno que era mais que mato, orgulhosamente a erguemos, dizia a tal imprensa: "os comunistas vão-se enterrar no Jamor, não vão fazer a Festa". Por inícios de Agosto, um jornal (já não me recordo qual) ostentava uma foto como prova do tal inconseguimento. Foto semelhante à que agora mostro, tirada em meados de Julho. Hoje pensarão o mesmo, mas já não arriscam a afirmá-lo. Limitam-se a esconder esse trabalho sem par, voluntário e num ambiente fraterno que, se fosse divulgado, arriscaria a trazer ao Partido mais e mais simpatia, mais e mais militantes, mais e mais crença que os comunistas são uma força indispensável para "afastar os fantasmas" e construir um país novo tendo por modelo a "cidade-de-todos-os-afectos".
E por falar em afastar fantasmas, ocorreu-me partilhar uma canção do Pedro (que em 2010, deu, na Festa, um concerto extraordinário) pela letra, pelo vídeo que a suporta e porque, arrasta uma outra interpretação que, nesta hora, tem lá a mesma importância que tem para nós, agora:
Aquele era o tempo
Em que as mãos se fechavam
E nas noites brilhantes as palavras voavam,
E eu via que o céu me nascia dos dedos
E a ursa maior eram ferros acesos.
Marinheiros perdidos em portos distantes,
Em bares escondidos,
Em sonhos gigantes.
E a cidade vazia,
Da cor do asfalto,
E alguém me pedia que cantasse mais alto.
Quem me leva os meus fantasmas?
Quem me salva desta espada?
Quem me diz onde é a estrada?
Sonhos gigantes, os quero sempre!
ResponderEliminarUm em especial, gostaria agora...
Um grande bj querido amigo
~
ResponderEliminar~ ~ Bons preparativos e que seja uma excelente confraternização. ~ ~
É que não há mesmo!
ResponderEliminarNunca lá fui. Nem a esta nem a outra. Se é festa que continue. Que cantem e se dêem abraços. Que as mãos se apertem e que os corações vivam a verdadeira amizade.
ResponderEliminarNão tenho partido e estou desiludido. Todos fazem guerras de palavras,esquecendo o bem comum.
Hoje e por cá os políticos vivem para eles e para o capital.....
Rogério não te zangues Este é o meu grito de revolta.
Gostei imensamente da música na voz do Pedro Abrunhosa_ conhecia apenas o poema.
ResponderEliminarBethânia também é boa intérprete,
Obrigada por compartilhar.
Estamos vivendo uma hora oportuna para afugentar os 'fantasmas'nos libertando de uma 'espada' ainda mais cortante.
Ó Rogério, 38 anos de Festa é caso para dizer sem fantasmas que embarguem a voz...Avante Camaradas, Avante!!
ResponderEliminarUnião e muita força nas gargantas é preciso! :)
Um abraço festivo.
ResponderEliminarAcredito que não haja mesmo!
Nunca estive presente em nenhuma... mas quem sabe um dia ainda possa testemunhá-lo.
Beijinhos presentes
(^^)