25 abril, 2024

"ERA UMA VEZ UM PAÍS" (ESSE NOSSO, A NÃO ESQUECER...)


 

10 comentários:

  1. Teresa Palmira Hoffbauer26 de abril de 2024 às 09:11

    Era uma vez um país
    onde entre o mar e a guerra
    vivia o mais infeliz
    dos povos à beira-terra.
    Onde entre vinhas sobredos
    vales socalcos searas
    serras atalhos veredas

    lezírias e praias claras
    um povo se debruçava
    como um vime de tristeza
    sobre um rio onde mirava
    a sua própria pobreza.

    Era uma vez um país
    onde o pão era contado
    onde quem tinha a raiz
    tinha o fruto arrecadado
    onde quem tinha o dinheiro
    tinha o operário algemado
    onde suava o ceifeiro
    que dormia com o gado
    onde tossia o mineiro
    em Aljustrel ajustado
    onde morria primeiro
    quem nascia desgraçado.
    ………

    Esta “”gritaria “ do Ary vale a pena ouvir.
    A publicação de hoje é absolutamente fabulosa.
    Aceitas um abraço da tuga e burguesa das margens do rio Reno?!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Se aceito um teu abraço?
      Aceito, claro!
      Até Ary to aceitaria

      Abraço retribuido

      Eliminar
  2. Este poema do Ary deixa-me sempre arrepiada dos pés à cabeça!

    Um forte abraço!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Até a mim, querida amiga
      me faz "pele de galinha"

      Abraço forte como o aço

      Eliminar
  3. Ary não deixa ninguém indiferente!
    E mantém-se vivo na sua poesia.

    Abraço

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Os nossos mortos não morrem!

      Abraço poético

      Eliminar
  4. Há pouco passei por aqui e ouvi cinco minutos deste belo poema dito com a mestria que só tem quem sente o que diz ou lê, agora vou ouvir o resto.

    Um abraço, não vermelho nem exaltado, mas sincero.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Não importa a cor do abraço
      O que importa
      é que nos abraçamos

      Abraço incolor

      Eliminar
  5. Descer a Avenida foi enchermo-nos de força para resistir. Muitos jovens presentes, talvez continuem a luta.

    ResponderEliminar
  6. Depende de nós. Depende de nossas famílias, das nossas escolas, das nossas paróquias, das nossas associações. Compete à sociedade fazer com que assim aconteça.

    ResponderEliminar