E AGORA... ABRIL Muitas vezes julguei não poder perdoar
os ultrajes sem fim causados às gentes que somos,
um país como casa abandonada e só,
um modo vil de pisar, doutrinar, perseguir, injustiçar.
Inteligência sem verso nem reverso
e poderes sem limites a governar.
E diz o inteligente que acabaram as canções.
Mas estas vieram e ficaram
e nos campos, nas praças e avenidas
floresceu, primeiro a esperança
e depois os cravos e, nos rostos, os sorrisos.
Nas asas de uma gaivota mil sonhos a voar.
Já não há canções p’ra calar.
Voltaram diferentes, embora iguais?!
Mas não no medo, na treva e no silêncio,
hoje, as gentes desiguais.
E, então - Abril Sempre.
Voltaram iguais, embora
evidentes de mais!
Lídia Borges, in Searas de Versos
16 abril, 2024
LIBERDADE TEM NOME DE MULHER!
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Tem nome de Mulher e não é por acaso.
ResponderEliminarForam elas, as Mulheres, os seres humanos mais penalizados.
Foram e são! Nas nações onde a Mulher é considerada ser inferior.
Nem o cabelo poder mostrar? Ó senhores, deixai de fazer guerra e fazei felizes as vossas mulheres.
E nós por cá? Que cantamos a Liberdade levantando ao alto os rubros cravos e pouco ou nada fazemos para impedir que dezenas de Mulheres sejam vítimas dos carrascos com quem dividem o tecto e a vida?
Isso é Liberdade?
Muito bonito o poema da Lídia Borges.
Infelizmente, após 50 anos de Liberdade ainda muitas mulheres vivem no medo, na treva e no silêncio.
Beijinhos para ambos.
Lembras-te daquele poema meu "O melhor de mim somos nós"?
EliminarEm minha casa sempre houve igualdade.
A Lídia vive a centenas de kms de mim
mas lhe farei chegar o beijo
Beijo igual ao que me deste
Rogério, uma das razões porque gosto tanto de ti, é porque sei que na tua casa houve sempre igualdade.
Eliminar“O melhor de mim somos nós” poema que sempre me comove, quando o leio, poema que ficou para sempre gravado no meu coração.
Abraço forte e solidário da amiga de sempre.
Teresa, minha amiga
Eliminarés tão querida...
Que belo poema da Lídia Borges!
ResponderEliminarMas atenção, mulheres e homens deste país, é preciso continuar a defender Abril, não nos basta celebrá-lo.
Um abraço para ti, Rogério, e outro para a Lídia!
É mesmo isso
Eliminare
como sabes
eu não paro
Abraço de punho erguido
E aí está Abril como tema infindável que inspira os poetas e... já lá vão cinquenta anos.
ResponderEliminar... e há tanta mulher resignada
Eliminar… e há tanta mulher lutadora.
EliminarPela sua causa‼️
Obrigada, Rogério! Resolvi ter, até 25, no Searas o perfume dos cravos, das canções e das palavras de dizer Liberdade.
ResponderEliminarBeijinho
Lídia
... e eu vou acompanhando!
EliminarPodia eu lá deixar de o fazer?
Bjinho
São as que partem de mais longe para chegar à Liberdade.
ResponderEliminarBelo poema!
Abraço
Nunca passo ao lado daquilo que me toca!
EliminarAbraço
Uma excelente escolha, meu amigo. Com um pouquinho de Fernando Tordo em eco...
ResponderEliminarUm beijo
Sim, enquanto lia saltou-me a canção, o grasnar doce da gaivota e o odor de tão bela flor...
EliminarBeijo