14 novembro, 2016

PCP, um partido com um discurso em (oitenta e) dois tempos, sendo o último uma página para apontamentos...

Tem o PCP um discurso dúplice? A direcção comunista aceita apoiar o Governo PS no Parlamento, mas demarca-se e critica os socialistas e a sua governação nas Teses ao Congresso. Jorge Cordeiro explica a razão de ser de um partido a duas vozes.
São José Almeida, no Público, hoje
Não me ocorreu, na altura, avivar à criatura a contradição entre "pragmático" e "programático". Não foi por nada, eu era então um novato e aquilo que à distância hoje me parece uma contradição, na altura nem dei por nada. Além do mais São José considerava que o PCP era diferente, numa fase em que se repetia que "os partidos são todos iguais". 

Hoje a coisa pia mais fino pois já não sou o novato que era então. Avivo a São José a contradição entre "dois tempos" e "duas vozes". E se a contradição é evidente, será menos evidente o erro, as teses integram tantos momentos quantas as suas páginas que são exactamente oitenta e duas, sendo o último momento uma página em branco para os delegados anotarem o que lhe determina a voz do colectivo que o elegerá.
Estas serão, à partida, muito mais que duas, asseguro. E espero, no fim, um uníssono! 

Só reconheço a São José uma verdade verdadeira, por si afirmada: 

"O PCP é um Partido diferente!"
___________________
NOTA: Os erros apontados certamente se devem, também, ao facto de São José andar de um para o outro lado, entre "comentarista" e "jornalista" não admirando por isso que confunda o que ouviu como que escreveu nem que sobreponha ao que registou a sua própria opinião. Jorge Cordeiro nunca terá dito o que o Público destaca em título.

4 comentários:

  1. Sim, é sem dúvida diferente...
    ...o que não implica que o seja para melhor...
    ...aliás, basta ver as câmaras que são geridas pelo PCP, para se perceber que é tudo mais do mesmo...
    ...mas diferente!

    :)

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  2. ... pois é verdade, Rogério! Eu é que era muito novata por esta altura... de alguma forma, continuo a sê-lo, mas... não tanto quanto o era em 2012, embora sempre tão vulnerável quanto, pela força das circunstâncias, claro...

    Abraço!


    Maria João

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  3. Não posso comentar aquilo que não conheço bem, mas a evidência do nosso mau jornalismo conheço-a sobejamente...

    Bjs

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  4. Sinceramente gostava de ter conhecimentos para poder comentar.
    Abraço

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