Ando há muito com um conto metido na cabeça e é desta vez que me decido. Começa amanhã e termina (espero que termine) no domingo.
Sinopse:
Tudo se passa em 2090. As personagens, Bruna e Miguel, são um jovem casal. Ela gere um micro-oficio que administra dois deprimidos: Miguel entrega-se à mesma actividade mas a sua dimensão é já de maior responsabilidade pois emprega 26 deprimidos com diferentes escalões. Cumprem um horário generoso de 20 horas semanais o que lhes permite usufruir todos os benefícios de uma sociedade avançada, onde avanços tecnológicos inimagináveis reduziram ao mínimo o esforço humano e também a necessidade de trabalho. Este é assegurado por uma imensa prol de deprimidos, agrupados por diversos níveis de depressão. O primeiro nível é de elevada aptidão e competência, o nível 5 corresponde ao deprimido inútil que é segregado dada a falta de préstimo. O conto inicia-se com os primeiros sintomas de Bruna e o anúncio de uma quase certa gravidez.
Imagem publicada aqui
O que me "assusta", Rogério, é pensar que pode ser muito premonitório, o teu conto, embora este termo "premonitório" não seja lá muito do meu agrado... e não me sossega nada, mesmo nada, pensar que faltam muitos anos para 2090.
ResponderEliminarSe eu não vivesse/escrevesse/existisse em função do futuro dos que se me seguirão, não seria eu... e também estaria, muito provavelmente, deprimida.
Abraço!
Maria João
Não quero deixar o medo, mas o aviso.
EliminarE, minha amiga,
estás excluída
da depressão que se adivinha
Os candidatos são hoje jovens e é entre a juventude que essa nova depressão (não a que conhecemos) se irá espalhar.
Serão os efeitos, espero que não inevitáveis, da actual precariedade...
Eu sei, eu sei... em relação a esse ponto, estou atentíssima, há muito tempo, mas não sou uma boa contista, como tu... fico-me pelos poemas nos quais os versos "me fogem", quase sempre, em direcção à esperança... é como se qualquer coisa cá por dentro quisesse contrapor uma alternativa ao previsível...
EliminarOutro abraço!
Não há como fugir ao progresso. Se, no futuro, as máquinas se substituírem totalmente aos homens, estes terão de se reinventar. Penso que a depressão não se cura com trabalho nem se contrai pela falta dele. É outra coisa...
ResponderEliminarMas, fico à espera desse conto.
Lídia
Os "meus" deprimidos nada tem a ver com o que me diz.
EliminarA questão nem é a marcha inevitável do progresso mas sim o acesso às vantagens que traz à humanidade. Desde a minha adolescência que me apaixona o tema progresso técnico vs progresso moral.
Recomendo que leia a minha resposta à Maria João
Recomendo também que saia do seu paradigma. O meu conto é de ficção cientifica...
Conto ou previsão de um futuro certo? Ainda bem que não chego a assistir...
ResponderEliminarPor muitos serem
Eliminara assim fazerem
é que os vindouros
assim padecerão
(gostava de não ter razão)
HORIZONTE XXI
ResponderEliminarSe me permite a ousadia, que tal acrescentar ao conto um outro estrato social a que poderia chamar algo como "radicais livres", um grupo da população excluído mas que de alguma maneira encontrou uma forma de viver feliz, a construção deste estrato social deixo ao seu talento.
O futuro sempre me apaixonou e ainda, penso que nasci demasiado cedo.
Mais uma vez, a ousadia.
Abraço livre.
Não me leve a mal
Eliminarmas não lhe antecipo o final
____________
Sou do meu tempo
não nasci nem tarde nem cedo
Cheguei
ResponderEliminarVou ler o conto.
Amigo Rogério, sou fã de filmes e livros de ficção científica, portanto já estou um pouco "preparada" para o seu conto, vou ler com bastante interesse .
ResponderEliminarUm beijinho
Passo a passo, construamos o futuro. Nós temos muito a dizer!
ResponderEliminarBeijinhos, Rogério :)
É como descobrir um novo Rogério, uma nova conversa, desta nada avinagrada... Belo ponto de partida...
ResponderEliminarAbraço