18 julho, 2010

Eu gosto é do Verão. Nada como esta estação. O mundo pára. Tudo é esquecido (salvo o que tem de ser lembrado)...

Um querido amigo, Carlos Barbosa de Oliveira (crónicas do rochedo), promove uma ideia de Verão. Diz ele:
"Há quanto tempo é que os meus queridos leitores não enviam um postal aos vossos amigos, quando vão de férias? Não me refiro aos postais electrónicos, mas sim àqueles verdadeiros, com selo e carimbo dos correios, que às vezes chegavam ao destinatário depois do nosso regresso, mas enchiam os destinatários de alegria. Pois o que vos proponho é que recuperem , este Verão, esse bom e velho hábito e enviem um postal do vosso local de férias, com um pequeno texto, aqui para o Rochedo. Mesmo sem carimbo de correios, mas OBRIGATORIAMENTE um postal Fotos não são admitidas." Mesmo quebrando as suas apertadas regras, resolvi tentar que ele aceite a excepção. Refiro-me ao "postal" que recebi há dias da minha "filha-mais-velha". É um postal do local onde vou passar uns dias... É na quintinha do meu genro, no Casal Ventoso e cerca de 1 km de Alvega e de 17 de Abrantes, sede de concelho. Claro que este postal não responde ao requisitos do Carlos. É pura invenção e o próprio selo está em (ainda) limitada circulação.
A parte verdadeira é o seu conteúdo escrito. Não posso provar que a cadela dos meus netos (que por acaso é Mula) possa estar contente por já andar solta, sem corrente... Não posso provar que a Dª. Maria faz girar a economia... Mas posso provar que a escola de 100 alunos vai fechar. Que a farmácia já fechou e o Presidente da Junta contestou e, ainda, que se quero lá ir tenho de me apressar, pois as portagens da A23 vão aumentar...
(tudo o que rima, é verdade)

16 comentários:

  1. Para cantar com os netos:

    Eu Gosto É do Verão

    Dos "A Fúria do Açúcar"


    Na Primavera o amor anda no ar.
    Na Primavera os bichos andam no ar.
    Na Primavera o pólen anda no ar
    E eu não consigo parar de espilrar.

    No Verão os dias ficam maiores.
    No Verão as roupas ficam menores.
    No Verão o calor bate recordes
    E os corpos libertam seus suores.

    Eu gosto é do Verão
    De passearmos de prancha na mão.
    Saltarmos e rirmos na praia
    De nadar e apanhar um escaldão.
    E ao fim do dia, bem abraçados
    A ver o pôr-do-Sol
    Patrocinado por uma bebida qualquer.

    No Outono a escola ameaça abrir.
    No Outono passo a noite a tossir.
    No Outono há folhas sempre a cair
    E a chuva faz os prédios ruir.

    No Inverno o Natal é baril.
    No Inverno ando engripado e febril.
    No Inverno é Verão no Brasil
    E na Suécia suicidam-se aos mil

    E ao fim do dia, bem abraçados
    A ver o pôr-do-Sol
    Patrocinado por uma bebida qualquer.
    Patrocinado por uma bebida qualquer.
    Qualquer.

    :))

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  2. Ah! Mas eu também adoro receber postais á moda antiga...e desde já deixo aqui uma promessa. quando for de férias (falta pouco!), vou enviar-lhe, meu amigo, um postalinho, desde que me deixe o seu endereço no meu mail:
    margarida.margui@gmail.com

    Só não prometo é que o selo seja tão bonito, e o endereço tão poético...
    Abraços

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  3. MdSol

    Com que então dá-me "A Fúria do Açúcar"

    Tiram-lhes a escola, roubam-lhes a farmácia, fazem-lhes pagar mais portagens... e cantam-me:

    No Outono a escola ameaça abrir.
    No Outono passo a noite a tossir.
    No Outono há folhas sempre a cair
    E a chuva faz os prédios ruir.

    Será que a MdSol me odeia?

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  4. Caro Avó Rogério,

    Adoro ler-te e ver até que ponto vai a tua criatividade.
    Espero que vivas longos anos para passares tudo isso para os teus queridos netos.
    Penso, no entanto, que a distância não ajuda pois é precisamente o que se passa comigo.
    Tanto para ensinar e a distância a limitar-nos.

    Um grande abraço

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  5. Se o conteúdo do postal é verdade, os meus parabéns por mais um netinho... seu avô babado.

    Quanto ao resto... do que que fecha e do que aumenta, ao Domingo nem quero pensar nisso a ver se entro numa boa onda para 2ªFeira ;)

    Bjos

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  6. Amigo Rogério!

    Fantástico!

    A imaginação aqui não tem limites...
    Adoro a sua forma de ser e estar na vida!
    Sempre atento e oportuno nas suas intervenções.
    Que bom ter um amigo assim!

    Em jeito de postal com uma vista linda de Vila Nova de Cerveira, minha terra adoptada, terra amada e terra do meu pai, digo-lhe que por aqui, o meu cão, o Groo, já era, fugiu e não mais voltou.
    Como era um raro Serra da Estrela de pelo raso, deve ter sido apanhado e acorrentado, senão teria voltado.
    O vizinho, o Sr.Lamas, mais conhecido por GuardaLamas, por ser um GNR reformado, continua a dar-me de tudo que cultiva na horta, e até dois coelhinhos vieram a semana passada.
    Veja lá! Lá em casa eles não gostam!!!

    A Escola aqui da freguesia também fechou, agora vai ser para a Junta.
    Os alunos vão contudo ficar dentro da mesma freguesia, num edifício bem mais feio e construído à pressa que pouco anos há-de durar.

    Eu que sou do Porto, lá deixarei de voltar, porque portagem também serei obrigada a pagar.

    Beijinhos desta sua amiga que conhece bem Oeiras, por no Inatel ter ficado, alguns dias, já há anos.

    Rogério! Penso que dantes te tratava por tu! Porque "Mudasti" ??????

    Abração,

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  7. Fiquei deliciado com a sua criatividade, caro Rogério!
    Vou já escrever aos CTT para porem este selo em circulação e claro que vou aceitar a sua participação, porque não deixa de se tratar de postal e, ainda por cima, tem um cunho notável de criatividade. Muito obrigado pelo precioso contributo para o meu modesto passatempo.
    Abraço

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  8. Cara lolipop

    Cá fico à espera desse postalito...
    Espero que não mande notícias más como aquelas que divulgo neste meu post.

    É verdade que a boa noticia (ser avô pela 4ª vez) atenua o efeito das más. Mas só atenua...

    Beijo

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  9. Tite
    Acredite
    Ver o meu genro a lidar com os meus netos dá-me confiança. Julgo que a própria decisão que eles (genro e filhota) tiveram de ir viver para uma quintinha no interior, em meio rural, também ponderou a educação das crianças. O meio urbano determina relações mais complicadas...
    Contudo, acho que hoje eles eram capazes de não ir. Aqueles meios estão a perder qualidade de vida, como aliás denuncio neste meu post. Fui lá este fim de semana e eles encaram o futuro com esperança...
    Valha-nos isso!

    (não tive coragem para contar à minha neta a sua história da Mafalda. Fica para a próxima...)

    Beijo

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  10. Isa,

    A gravidez está a correr bem...
    O resto nem tanto!

    Beijos sem gracejos

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  11. Fernanda,
    Por falar em coelho, que o Guarda Lamas te dá (ia a escrever lhe). Vê (ia a escrever veja) a coincidência. Fiz coelho à caçadora (faço benzito) metemo-nos no carro rumo a Alvega/Casal Ventoso. Afago a Mula, dou beijo aos netos e à filha, faço-lhe uma festa na barriguita (onde ainda está a minha netita) e abraço o genro que, de mangas arregaçadas, estava a arranjar... coelho para o nosso jantar (feijoada de coelho que ele faz, benzito)...

    Com tanto coelho acho que vou saír daqui a miar...

    Quanto a outras coincidencias entre Alvega e Cerveira, tais só provam que o país está a fechar...

    Beijos e gracejos

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  12. Carlos,
    Eu,
    Os netos, filhota e genro
    A Dª Maria
    O presidente da Junta de Freguesia de Alvega
    E, seguramente, toda aquela população,
    Todos. Todos mesmo, lhe vão agradecer o contributo na divulgação do que está acontecer por alí...

    Bem Haja

    Um abraço

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  13. E agora, Rogério?

    Assim, eles vão ficar por lá?

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  14. Claro que li o postal e gostei sobretudo da originalidade, embora algumas notícias não fossem assim tão felizes.Eu admiro as formas criativas de comunicação, porque só assim há salvação em qualquer situação :o)
    Acho que sou otimista demais e dificilmente me dou por vencida nas adversidades. Tudo vai se acertar!
    E obrigada pela visita.

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  15. Parabéns , está muito bom e toca-me ajusta homenagem ao Carlos-

    Abraço grande

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  16. Em boa hora foste resgatar esta memória, Rogério.
    Eu sempre digo que é assim que mantemos as pessoas de quem gostamos vivas e presentes. É falando nelas.

    Um beijinho também presente

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