Um querido amigo, Carlos Barbosa de Oliveira (crónicas do rochedo), promove uma ideia de Verão. Diz ele:
"Há quanto tempo é que os meus queridos leitores não enviam um postal aos vossos amigos, quando vão de férias? Não me refiro aos postais electrónicos, mas sim àqueles verdadeiros, com selo e carimbo dos correios, que às vezes chegavam ao destinatário depois do nosso regresso, mas enchiam os destinatários de alegria. Pois o que vos proponho é que recuperem , este Verão, esse bom e velho hábito e enviem um postal do vosso local de férias, com um pequeno texto, aqui para o Rochedo. Mesmo sem carimbo de correios, mas OBRIGATORIAMENTE um postal Fotos não são admitidas." Mesmo quebrando as suas apertadas regras, resolvi tentar que ele aceite a excepção. Refiro-me ao "postal" que recebi há dias da minha "filha-mais-velha". É um postal do local onde vou passar uns dias... É na quintinha do meu genro, no Casal Ventoso e cerca de 1 km de Alvega e de 17 de Abrantes, sede de concelho. Claro que este postal não responde ao requisitos do Carlos. É pura invenção e o próprio selo está em (ainda) limitada circulação.
A parte verdadeira é o seu conteúdo escrito. Não posso provar que a cadela dos meus netos (que por acaso é Mula) possa estar contente por já andar solta, sem corrente... Não posso provar que a Dª. Maria faz girar a economia... Mas posso provar que a escola de 100 alunos vai fechar. Que a farmácia já fechou e o Presidente da Junta contestou e, ainda, que se quero lá ir tenho de me apressar, pois as portagens da A23 vão aumentar...
(tudo o que rima, é verdade)
A parte verdadeira é o seu conteúdo escrito. Não posso provar que a cadela dos meus netos (que por acaso é Mula) possa estar contente por já andar solta, sem corrente... Não posso provar que a Dª. Maria faz girar a economia... Mas posso provar que a escola de 100 alunos vai fechar. Que a farmácia já fechou e o Presidente da Junta contestou e, ainda, que se quero lá ir tenho de me apressar, pois as portagens da A23 vão aumentar...
(tudo o que rima, é verdade)
Para cantar com os netos:
ResponderEliminarEu Gosto É do Verão
Dos "A Fúria do Açúcar"
Na Primavera o amor anda no ar.
Na Primavera os bichos andam no ar.
Na Primavera o pólen anda no ar
E eu não consigo parar de espilrar.
No Verão os dias ficam maiores.
No Verão as roupas ficam menores.
No Verão o calor bate recordes
E os corpos libertam seus suores.
Eu gosto é do Verão
De passearmos de prancha na mão.
Saltarmos e rirmos na praia
De nadar e apanhar um escaldão.
E ao fim do dia, bem abraçados
A ver o pôr-do-Sol
Patrocinado por uma bebida qualquer.
No Outono a escola ameaça abrir.
No Outono passo a noite a tossir.
No Outono há folhas sempre a cair
E a chuva faz os prédios ruir.
No Inverno o Natal é baril.
No Inverno ando engripado e febril.
No Inverno é Verão no Brasil
E na Suécia suicidam-se aos mil
E ao fim do dia, bem abraçados
A ver o pôr-do-Sol
Patrocinado por uma bebida qualquer.
Patrocinado por uma bebida qualquer.
Qualquer.
:))
Ah! Mas eu também adoro receber postais á moda antiga...e desde já deixo aqui uma promessa. quando for de férias (falta pouco!), vou enviar-lhe, meu amigo, um postalinho, desde que me deixe o seu endereço no meu mail:
ResponderEliminarmargarida.margui@gmail.com
Só não prometo é que o selo seja tão bonito, e o endereço tão poético...
Abraços
MdSol
ResponderEliminarCom que então dá-me "A Fúria do Açúcar"
Tiram-lhes a escola, roubam-lhes a farmácia, fazem-lhes pagar mais portagens... e cantam-me:
No Outono a escola ameaça abrir.
No Outono passo a noite a tossir.
No Outono há folhas sempre a cair
E a chuva faz os prédios ruir.
Será que a MdSol me odeia?
Caro Avó Rogério,
ResponderEliminarAdoro ler-te e ver até que ponto vai a tua criatividade.
Espero que vivas longos anos para passares tudo isso para os teus queridos netos.
Penso, no entanto, que a distância não ajuda pois é precisamente o que se passa comigo.
Tanto para ensinar e a distância a limitar-nos.
Um grande abraço
Se o conteúdo do postal é verdade, os meus parabéns por mais um netinho... seu avô babado.
ResponderEliminarQuanto ao resto... do que que fecha e do que aumenta, ao Domingo nem quero pensar nisso a ver se entro numa boa onda para 2ªFeira ;)
Bjos
Amigo Rogério!
ResponderEliminarFantástico!
A imaginação aqui não tem limites...
Adoro a sua forma de ser e estar na vida!
Sempre atento e oportuno nas suas intervenções.
Que bom ter um amigo assim!
Em jeito de postal com uma vista linda de Vila Nova de Cerveira, minha terra adoptada, terra amada e terra do meu pai, digo-lhe que por aqui, o meu cão, o Groo, já era, fugiu e não mais voltou.
Como era um raro Serra da Estrela de pelo raso, deve ter sido apanhado e acorrentado, senão teria voltado.
O vizinho, o Sr.Lamas, mais conhecido por GuardaLamas, por ser um GNR reformado, continua a dar-me de tudo que cultiva na horta, e até dois coelhinhos vieram a semana passada.
Veja lá! Lá em casa eles não gostam!!!
A Escola aqui da freguesia também fechou, agora vai ser para a Junta.
Os alunos vão contudo ficar dentro da mesma freguesia, num edifício bem mais feio e construído à pressa que pouco anos há-de durar.
Eu que sou do Porto, lá deixarei de voltar, porque portagem também serei obrigada a pagar.
Beijinhos desta sua amiga que conhece bem Oeiras, por no Inatel ter ficado, alguns dias, já há anos.
Rogério! Penso que dantes te tratava por tu! Porque "Mudasti" ??????
Abração,
Ná
Fiquei deliciado com a sua criatividade, caro Rogério!
ResponderEliminarVou já escrever aos CTT para porem este selo em circulação e claro que vou aceitar a sua participação, porque não deixa de se tratar de postal e, ainda por cima, tem um cunho notável de criatividade. Muito obrigado pelo precioso contributo para o meu modesto passatempo.
Abraço
Cara lolipop
ResponderEliminarCá fico à espera desse postalito...
Espero que não mande notícias más como aquelas que divulgo neste meu post.
É verdade que a boa noticia (ser avô pela 4ª vez) atenua o efeito das más. Mas só atenua...
Beijo
Tite
ResponderEliminarAcredite
Ver o meu genro a lidar com os meus netos dá-me confiança. Julgo que a própria decisão que eles (genro e filhota) tiveram de ir viver para uma quintinha no interior, em meio rural, também ponderou a educação das crianças. O meio urbano determina relações mais complicadas...
Contudo, acho que hoje eles eram capazes de não ir. Aqueles meios estão a perder qualidade de vida, como aliás denuncio neste meu post. Fui lá este fim de semana e eles encaram o futuro com esperança...
Valha-nos isso!
(não tive coragem para contar à minha neta a sua história da Mafalda. Fica para a próxima...)
Beijo
Isa,
ResponderEliminarA gravidez está a correr bem...
O resto nem tanto!
Beijos sem gracejos
Fernanda,
ResponderEliminarPor falar em coelho, que o Guarda Lamas te dá (ia a escrever lhe). Vê (ia a escrever veja) a coincidência. Fiz coelho à caçadora (faço benzito) metemo-nos no carro rumo a Alvega/Casal Ventoso. Afago a Mula, dou beijo aos netos e à filha, faço-lhe uma festa na barriguita (onde ainda está a minha netita) e abraço o genro que, de mangas arregaçadas, estava a arranjar... coelho para o nosso jantar (feijoada de coelho que ele faz, benzito)...
Com tanto coelho acho que vou saír daqui a miar...
Quanto a outras coincidencias entre Alvega e Cerveira, tais só provam que o país está a fechar...
Beijos e gracejos
Carlos,
ResponderEliminarEu,
Os netos, filhota e genro
A Dª Maria
O presidente da Junta de Freguesia de Alvega
E, seguramente, toda aquela população,
Todos. Todos mesmo, lhe vão agradecer o contributo na divulgação do que está acontecer por alí...
Bem Haja
Um abraço
E agora, Rogério?
ResponderEliminarAssim, eles vão ficar por lá?
Claro que li o postal e gostei sobretudo da originalidade, embora algumas notícias não fossem assim tão felizes.Eu admiro as formas criativas de comunicação, porque só assim há salvação em qualquer situação :o)
ResponderEliminarAcho que sou otimista demais e dificilmente me dou por vencida nas adversidades. Tudo vai se acertar!
E obrigada pela visita.
Parabéns , está muito bom e toca-me ajusta homenagem ao Carlos-
ResponderEliminarAbraço grande
ResponderEliminarEm boa hora foste resgatar esta memória, Rogério.
Eu sempre digo que é assim que mantemos as pessoas de quem gostamos vivas e presentes. É falando nelas.
Um beijinho também presente