A imagem reporta a turma em que Cavaco e a esposa se integram, recebendo uma lição de geografia económica e analisando o mapa e o ranking da dívida nas maiores economias,
Os sorrisos estampados em todos os rostos denotam aquela confiança e optimismo que Sócrates costuma ostentar. Isso a mim incomoda-me... É que:
- Se um economista não nobelizado incomoda muita gente, um grupo desses economistas incomoda muito mais;
- Se um grupo de economistas não nobilizados incomodam muita gente, um nobelizado incomoda muito mais;
- Se um economista nobilizado incomoda muita gente, dois nobelizados incomodam muito mais.
1- Disse um grupo de economistas não nobelizados, da Universidade de Londres, coordenados por Costas Lapavitsas, num estudo "Crise da Eurozona: Empobrece-te a ti próprio e ao teu vizinho" (ler o sumário executivo de 3 páginas aqui):
"A terceira alternativa para os países periféricos é a saída radical da zona euro. Tal alternativa resultaria, de imediato, na desvalorização das moedas nacionais, seguida da cessação de pagamentos e reestruturação da dívida. A banca teria de ser nacionalizada e o controlo público estendido aos sectores estratégicos da economia. Uma política industrial, promotora do aumento da produtividade, seria necessária. Esta opção requer uma alteração radical na correlação do poder que seja favorável aos trabalhadores. De forma a evitar estratégias de autarcia nacional, os países da periferia precisariam manter o acesso ao comércio internacional, à tecnologia e ao investimento. "
2- Disse o actual prémio Nobel de Economia, Joseph Stiglitz em entrevista à BBC-4 (em 04/05/2010)"Quando tivermos visto até que ponto fica difícil para a Europa adoptar uma postura comum para ajudar um de seus pequenos países, nos daremos conta de que se um país um pouco maior tiver dificuldades, é provável que a Europa tenha ainda mais dificuldades para chegar a um acordo".
"A longo prazo, enquanto os problemas institucionais fundamentais continuarem, os especuladores saberão que eles existem", acrescentou. Indagado se isso significa o fim do euro, Stiglitz respondeu: "Pode ser que seja o fim do euro"...
3 - Disse Paul Krugman, prémio Nobel da Economia em 2008, em entrevista à imprensa espanhola, citada pelo 'El País' (em 11/07/2010)
"professor" há só um - o Cavaco e mais nenhum...
ResponderEliminarenfim, a "arqueológica" parábola da panela de ferro e da panela de barro...
excelente texto.
abraços
hum... fiquei desconfiado com o casamento homo, agora esta tirada. Tenho a certeza que o nosso PR anda a fumar tabaco com mistura. Só pode...
ResponderEliminarEm relação às sentenças dos economistas, fico sempre de pé atrás. Normalmente acertam com mais rigor no passado do que no futuro. Mas fico com a pulga atrás da orelha quando ouço economistas que estão na política a negar as hipóteses avançadas por outros economistas que trabalham em Economia. Normalmente, quem erra mais é o que está na política.
ResponderEliminarSair do Euro, Rogério?
ResponderEliminarNão seria o desastre total?
Pergunto a sério, não sei mesmo:
Beijos
Caro heretico,
ResponderEliminarPor acaso, até não conheço a parábola que refere. Mas vou saber...
Obrigado pelo comentário
Abraço
polittikus,
ResponderEliminarNão, não é disso... o homem até tem as ideias muito bem arrumadinhas. Só que anda a tratar da vidinha dele e da sua turma!
(e de vez em quando lá irá um charro. Não me admira nada...)
Abraço
Carlos, tem toda a razão, "Normalmente, quem erra mais é o que está na política."
ResponderEliminarSó que eu não acredito em erros. Não será antes "serviço (aos seus) públicos"?
Eu julgo que esta gente sabe o que faz...
Abraço
Maiuka,
ResponderEliminarHá alternativas! Não leu?
Vá lá ler. Leia as três páginas do trabalho do grupo de economistas não nobelizados, da Universidade de Londres. Vá lá...
Beijos
De ficar encavacado.
ResponderEliminar:))