Pediram-me que fosse árvore,
com olhos de implorar...
Não uma árvore qualquer,
mas com ramos de abraçar,
tronco forte
bem enraizado,
suavemente inclinado.
Aceitei e gostei.
Gostei que o vento me sussurrasse.
Uma ave em mim pousasse
escolhendo-me para seu ninho.
Gostei de me sentir enorme, gigante
dando conforto e sombra à caminhante
Gostei de me desnudar, perder folhagem
atapetando a paisagem
Gostei de sentir a seiva quente
percorrer-me como quando era gente...
Aí, senti saudade de voltar
e voltei, em festa...
Quem antes via apenas a árvore,
pode agora ver, através de mim, a floresta
Um belo texto, acompanhado de uma não menos belo foto.. adorei, ambos.
ResponderEliminarUm texto muito inspirado e maravilhosamente ilustrado...
ResponderEliminarAbraço
Amigo Rogério,
ResponderEliminarQue beleza!
Poema e ilustração fabulosas.
Nunca pensei que fosse tão bom ser uma árvore...
estar presa, agarrada ao chão, não poder correr e saltar...
Gostei muito.
Bejinhos
Ná
Rogério
ResponderEliminarAjude-nos a ver a floresta!
Será que em todas as árvores existe alguèm pronto para regressar?
Se sim, que voltem depressa!
Fazem falta muitos como o Rogério!
Gostei muito
Beijo
Mas pelo que vejo... essa de ter sido árvore, foi mesmo uma festa, não esteve nada mal acompanhado ;)
ResponderEliminarMas ainda bem que voltou, para podermos ver a floresta...e
a piquena ;)
Bjos
Bonito post!
ResponderEliminarGostei do texto e da foto que o acompanha.
Meus Caros
ResponderEliminarpolittikus, lolipop e luisa,
è bom saber que gostaram. Não sei quem se inspirou em quem: se eu no belo poster, se o autor do poster nas minhas palavras...
Abraço e beijos
Querida Fernanda,
ResponderEliminarUm poema, tal como uma anedota, não deve ser explicado. Mas eu que sou mau contador de anedotas e não melhor poeta, devo acrescentar que quiz passar a mensagem, depois de ter passado pela experiência de ter sido árvore, que tudo o que de belo disse dela é prazer individualista e de um egoísmo comum a muita gente. Se as árvores tivessem veias e nelas corresse sangue humano. Ou dizendo de outra forma, se determinadas pessoas deixassem de ter seiva a percorrer-lhes as veias, todos nós veriamos melhor a verdade do mundo que fica por detraz de cada um de nós, a floresta...
Quis deixar de ser árvore e não foi estar preso, agarrado ao chão, não poder correr e saltar... Foi por estar impedido de ajudar a ver a floresta...
E esta?
Beijo paternalista
Maiuka,
ResponderEliminarO que falta... faltam mesmo, é muitos mais amigos como estes que já tenho!
Beijos
Isa
ResponderEliminarPor me ter dado este doce
retribuo com travessura:
Sabe que enquanto árvore, andava-me um sacana de um coelho a roer-me as raizes?
Agora que posso correr, acho que o veu tramar. Ajuda-me?
Beijo
Querido amigo Rogério, eterna alma de poeta e sonhador: que palavras dizer perante o que é tão belo?
ResponderEliminarUm beijo em silêncio eloquente e emocionado.
Guida
Muito inspirado, sim senhor. Valeu!
ResponderEliminar:))))