15 julho, 2015

O Presidente e a metáfora

"Quando os problemas são muito difíceis, eu recordo-me no meu tempo, que era fechar os primeiros-ministros e chefes de Governo numa sala e não deixá-los sair e às vezes não dando sequer sandes para eles comerem, até conseguirem chegar a um acordo" disse este, mas podia ter sido outro qualquer presidente europeu. 


Na metáfora de Magritte, os povos são pássaros, engaiolados, calmos, sem ira. Obrigados à conciliação das asas cortadas, perante a ameaça de mingua, perante a negação de comida... A ameaça da fome é a base das decisões consensuais.  Disse ele, num dia dedicado à Fileira da Pesca, onde a realidade é coerente com a ideia: há menos 15 000 barcos na faina...

5 comentários:


  1. E assim, barco após barco, fábrica após fábrica, campo após campo, se concretiza a destruição do tecido produtivo do "Outro", o "inimigo", arrasando-lhe a capacidade de autonomia, a soberania e por fim a própria identidade.

    Há, porém, quem acredite na "boa-fé", (uns de má-fé outros de muita-fé) destas medidas de estrangulamento social e económico.


    Lídia

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  2. Cortam-lhes as asas, primeiro, e logo a seguir, as mãos...

    Beijos, Rogério.

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  3. Na recente Cimeira que durou mais de 17 horas, o acordo para a resolução do problema(?) grego, não chegou! Mesmo com almoços e jantares, só agora se vislumbra uma réstia de luz que não será a ideal tendo em conta a dívida dos outros países.

    Pássaros engaiolados e de asas cortadas, é no que se estão a transformar os povos. É o salve-se quem puder!

    Beijo

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  4. Na recente Cimeira que durou mais de 17 horas, o acordo para a resolução do problema(?) grego, não chegou! Mesmo com almoços e jantares, só agora se vislumbra uma réstia de luz que não será a ideal tendo em conta a dívida dos outros países.

    Pássaros engaiolados e de asas cortadas, é no que se estão a transformar os povos. É o salve-se quem puder!

    Beijo

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  5. Excelente, Rogério

    João Pedro

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