Um dia, da semana passada, foi-me pedida autorização para usar um poema meu. A razão dada relacionava-se com um aniversário. E fui avisado de que o meu poema- -prenda iria ter como título "Palato". Disse que sim. E depois percebi como me descobriu, e fui provar daquele vinho
Ficámos amigos, claro.
PALATO
as lágrimas sabem a sal
nem sempre sabem mal
os beijos a rebuçados
uns de mel outros frutados
e o amor
seja lá isso o que for
mantém o mesmo sabor
a ternura tem um travo
agridoce
suave suave suave
até que passe
ou volte a acontecer
o prazer
o sabor que tiver que ser
a discussão
quando acre é posta de parte
se tem sido perfeito o entendimento?
quase sempre
dependendo do momento e do estado
em que se encontra o palato
Rogério Pereira
Belo e gracioso o poema!
ResponderEliminarBem ao estilo inconfundível, Rogério G. Pereira.
Não atingi a intenção do parágrafo entre parêntesis, talvez pelo link me deixar a meio caminho de umas amoras negras...
( ausência - rara- facebookiana)
:)
Para o próximo aniversário, cá estaremos para convosco comemorar, mesmo à distancia. Quanto aos sabores caseiros, sempre muito especiais, como prato principal ou como surpresa agridoce adicional, sempre do vosso agrado, a dois com muito amor e calor.Felicidades sempre.
ResponderEliminarentão, valeu a pena.
ResponderEliminarNão estive presente na versão editada, pois em Agosto voo para o sul :)
ResponderEliminarNão admira terem-lhe pedido autorização para usarem o seu poema, pois ele tem o sabor doce da partilha, do afecto e do amor que vos une.
Um beijinho
Fê
Servido à temperatura certa.
ResponderEliminarBebe-se com muitíssimo agrado. Pleno de aromas a dois. Bebam pois sem restrições:, o balão fica-se a zero.
muito belo o poema...
ResponderEliminaro vinho não sei, mas se o Agostinho diz é bom, então deve ser...
bom fim de semana.
beijo
:)
ResponderEliminarE eu lembro-me bem deste poema e do dia em que o li (pois tenho um irmão que também faz anos de casado nesse mesmo dia).
Curioso que reparo agora que não deixei comentário naquele post... e estava convencida tê-lo feito e contado a coincidência que falei acima.
Concordo obviamente com a Janita... o poema é bem ao teu estilo.
Beijinhos atrasados
(^^)