13 julho, 2015

Um pedido surpresa, que não neguei (não nego um pedido a ninguém)

 

Um dia, da semana passada, foi-me pedida autorização para usar um poema meu. A razão dada relacionava-se com um aniversário. E fui avisado de que o meu poema- -prenda iria ter como título "Palato". Disse que sim. E depois percebi como me descobriu, e fui provar daquele vinho
Ficámos amigos, claro.
PALATO
as lágrimas sabem a sal
nem sempre sabem mal
os beijos a rebuçados
uns de mel outros frutados
e o amor
seja lá isso o que for
mantém o mesmo sabor

a ternura tem um travo
agridoce
suave  suave  suave
até que passe
ou volte a acontecer

o prazer
o sabor que tiver que ser

a discussão
quando acre é posta de parte

se tem sido perfeito o entendimento?
quase sempre
dependendo do momento e do estado
em que se encontra o palato
Rogério Pereira

7 comentários:

  1. Belo e gracioso o poema!
    Bem ao estilo inconfundível, Rogério G. Pereira.

    Não atingi a intenção do parágrafo entre parêntesis, talvez pelo link me deixar a meio caminho de umas amoras negras...

    ( ausência - rara- facebookiana)

    :)

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  2. Para o próximo aniversário, cá estaremos para convosco comemorar, mesmo à distancia. Quanto aos sabores caseiros, sempre muito especiais, como prato principal ou como surpresa agridoce adicional, sempre do vosso agrado, a dois com muito amor e calor.Felicidades sempre.

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  3. Não estive presente na versão editada, pois em Agosto voo para o sul :)

    Não admira terem-lhe pedido autorização para usarem o seu poema, pois ele tem o sabor doce da partilha, do afecto e do amor que vos une.

    Um beijinho

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  4. Servido à temperatura certa.
    Bebe-se com muitíssimo agrado. Pleno de aromas a dois. Bebam pois sem restrições:, o balão fica-se a zero.

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  5. muito belo o poema...
    o vinho não sei, mas se o Agostinho diz é bom, então deve ser...
    bom fim de semana.
    beijo
    :)

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  6. E eu lembro-me bem deste poema e do dia em que o li (pois tenho um irmão que também faz anos de casado nesse mesmo dia).
    Curioso que reparo agora que não deixei comentário naquele post... e estava convencida tê-lo feito e contado a coincidência que falei acima.

    Concordo obviamente com a Janita... o poema é bem ao teu estilo.

    Beijinhos atrasados
    (^^)

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