13 outubro, 2016

Nobel a Bob Dylan?, pela memória justificativa até Quim Barreiros o merecia

 
«Bob Dylan, Prémio Nobel da Literatura 2016...?!
Bem, eu aprecio bastante o moçoilo, mormente por quanto nos legou nas suas canções dos idos de 60 e de 70. 
O argumento justificativo da Academia, aliás, vai muito nesse sentido: for having created new poetic expressions within the great American song tradition, que é como quem diz por ter criado novas expressões poéticas na grande tradição da canção americana...
É de mim ou isto parece-me assim a modos que poucochinho?
De repente, ocorrem-me para cima de 475.322 nomes que, ao nível mundial, se notabilizam ou notabilizaram, na poesia, pela criação de «new poetic expressions», que é como quem diz novas expressões poéticas o que, por sinal, é coisa que distingue, geralmente, os poetas e não raros prosadores nos mais desvairados âmbitos e não apenas na «great American song tradition» que, como se sabe, é como quem diz a grande tradição da canção americana... 
Por esta senda, já algo confusa na atribuição dos nobelizados da Paz, não percamos a esperança de virmos a ter o Quim Barreiros, com as devidas proporções mas inevitáveis equivalências, também nobelizável, pelo seu contributo na criação de new poetic expressions within the great Portuguese song tradition, que é como quem diz novas expressões poéticas na grande tradição da canção portuguesa!»

12 comentários:

  1. Surpreendida, mas não escandalizada. Se Bob Dylan em vez de cantar alguns dos seus poemas se limita-se a publicá-los em livro,( não sei quantos publicou, sei que existe pelo menos um, )talvez ninguém ficasse surpreendido.
    Um abraço

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  2. ... confesso que me parece que o argumento justificativo encontrado pela Academia Sueca não foi lá muito feliz... e por aqui me fico, uma vez que até fiquei contente por ver o Nobel nas mãos de um bom poeta...

    Abraço!

    Maria João

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    1. O Bob chegou a ser bandeira que não empunhei
      (embora o ouvisse com gosto, e acho que até já o citei)
      Nessa altura, eram minhas outras canções
      e perduram, muitos anos depois

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    2. Foi exactamente pelo conteúdo poético das suas canções que eu fiquei contente por ver o Nobel atribuído a um bom poeta, mas não estou "por dentro" do conteúdo das obras dos outros nobelizáveis, sei bem quão parcial pode ter sido esta minha pequenina alegria...
      Mas as minhas canções desse tempo - e de sempre... - eram também as tuas, estou segura, Rogério!

      Outro abraço!

      Mª João

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  3. Estranho. Sendo o último prémio a ser atribuído, não teria sido tão fácil como a secretária afirmou.

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  4. Continuo sem saber quem é o Quim Barreiros.

    O nosso amigo Carlos lembrou-se do Ary dos Santos.

    Actualmente reina o "poucochinho".

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    1. O Carlos não foi o único a o dizer
      lembro-me de antes de se saber
      já te tinha eu dito a ti
      que merecido, merecido
      seria ter sido
      entregue ao nosso Ary

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  5. É pá começo a ficar com medo! Pelo andar das "change" qualquer dia ainda me calha a mim! Até ia mas não tenho roupa!
    Isto dos nóbeis é como os globos da SIC com a diferença que não é só a Sic que os noticia.

    Um abraço e viva um certo Bob Dylan que já morreu há umas décadas

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    1. E viva!

      E meu amigo
      se for chegado esse momento
      eu tenho na naftalina
      um fatinho catita
      que usei num casamento

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  6. Polémico, muito polémico. Basta ler Adonis, "O Arco-Íris do Instante", por exemplo, (existe uma tradução de Nuno Júdice, da Dom Quixote, um dos candidatos deste ano, para se ficar com dificuldade em "engolir" isto. Se bem que, cf. Richard Zimler, o critério da qualidade é o que menos conta.

    Bob Dylan é bom! Naquilo que o define como artista. Não é a Literatura!


    Bj.

    Lídia

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    1. Parcialmente de acordo
      Pois quanto ao género literário
      Não sou tão rigoroso

      Poetas que fizeram canções
      lembro-me duns quantos
      E que me dizes do Ary dos Santos?

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