23 outubro, 2016

Parábola de Outono

Foto minha/Rio Vouga-São Pedro do Sul
«O rio que tudo arrasta, diz-se que é violento. 
Mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem. 
"Bertolt Brecht"
 Parábola de Outono
Não se peça ao rio que esteja revolto
se seu caminho segue o curso certo
e se as margens se aquietaram
e se os tons verdes
se reflectem
em milhares de folhas
que não amarelecem
como se fossem esperança
Apesar de incerto Outono
não se peça ao rio que esteja revolto
Rogério Pereira
 

6 comentários:

  1. Gosto imenso de Bertolt Brecht. E embora não goste do Outono, espero que o seu poema se torne realidade e que deixem que rio continue sereno.
    Abraço

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  2. Incertas todas as estações e os rios, os rios... pobres rios!


    Lídia

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  3. Gostei desta tua parábola de Outono, Rogério.

    Abraço!


    Maria João

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  4. Felizmente nenhum rio ouve os pedidos dos homens, por isso ele segue o curso certo, mesmo quando transborda.

    Um foto como eu gosto, de coisas belas.

    Um beijinho outonal






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  5. Gostei do teu poema, Rogério.
    Bj ~~~~~~~~~~~

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  6. Bela parábola. Cheia de significado. Gostei.

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