31 janeiro, 2018

A Autoeuropa irá acabar, tudo na vida acaba... até os carros. Que venham então os drones.

Trabalhadores da Autoeuropa resolvendo problemas da fábrica... (foto daqui)

Há gente, muita e diversa gente, aqui em Portugal e d´aquém e d´além-mar, que diz que os portugueses são os maiores... desde que não sejam sindicalizados. Porque isto de se inscreverem em sindicatos os torna, irresponsáveis, calões, suicidas, parvos. E exemplificam com a Autoeuropa. 

Dizem, nos mais diferentes estilos, desde os mais primários aos que se julgam evoluídos, que quando a Autoeuropa, pata-tá, pata-ti, sair daqui é que vai ser... e depois, uns citam o DN, outros o Público ou o Expresso, outros a imprensa especializada em economia, aquela toda que a propósito de outra notícia é denunciada como manipuladora, por terem colunistas que fazem o frete para assegurarem a avença, e que a precariedade nas redações grassa,  etc, etc. como se essa realidade não fosse transversal a todas as notícias...

Como sabem, há muito que leio a imprensa com pinças, não que receie contágio mas porque não se mexe em matéria em elevado estado de degradação, à mão. 

E sobre a Autoeuropa decidi ir fazer outras leituras: os boletins internos da empresa. Li uns quantos, de 2007, de 2010 e um ou outro mais recente  de 2017 e cheguei a uma conclusão: com trabalhadores daqueles (destes) os alemães não vão embora, e não é o elevado investimento nos processos de fabrico que os inibe... é outra coisa. Outra coisa que a VW não consegue na Índia ou na África do Sul... nem certamente em Marrocos.

Querem se dar ao trabalho de seguir o mesmo caminho que eu segui? Então cliquem na chave de entrada: KVP Cascata. Força, não custa nada.

Daniel de Oliveira, os pasquins e o Expresso que os cita e lhes dá relevo...


Neste destaque, do Expresso, só lendo a (pequena) notícia se percebe que o enorme jornalismo do Expresso se serve (e reconhece) a investigação do "Correio da Manhã". Dá-lhe destaque. Amplia-a. Dá-lhe credibilidade...

Daniel de Oliveira, comentador-colunista-do-Expresso-diário, escreve distraidamente:
«Sobra assim tanto tempo e meios para serem as manchetes do “Correio da Manhã” a decidirem a agenda dos procuradores?»
Resposta minha:
«O CM só, não! Mas o Expresso (onde o Daniel escreve) dá uma ajudinha»

29 janeiro, 2018

Os Correios e de como as freguesias se empenham em que a entidade privada atinga os objectivos...

«Ponha aqui o seu pezinho
devagar devagarinho
se vai à Ribeira Grande
eu tenho uma carta escrita
para ti cara bonita
não tenho por quem a mande
»
O "Prós e Contras" foi para o ar sem que eu tenha chegado a tempo de lhe ouvir o enquadramento.
Imagino-me eu a fazê-lo. Se substituísse a Fátima, não deixaria de referir que os Correios são uma função que assegura a cidadania, para além da coesão territorial. Não deixaria de referir que os custos dos serviços públicos ninguém, que queira elevados dividendos, estará disposto a suportar. Não deixaria de dizer que a qualidade de serviço é uma chatice que já vem dos tempos do Cancioneiro Popular e dos da D. Maria I, e que foi por isso é que a Rainha sacou os serviços postais da alçada da atividade privada. Não deixaria de dizer que a ANAFRE, no seu congresso (que ontem terminou) bateu palmas à Rainha ao aprovar uma moção que ia no mesmo sentido...

Se fosse eu a abrir o debate, teria dito tudo isso.

E como nem sequer fui convidado nem tive a oportunidade de levar ali, o que já disse aqui e que agora sintetizo assim:
Os fregueses da minha freguesia suportam os custos de exploração do balcão, contribuem assim para os lucro dos privados, e, ainda por cima, permitirão à ANACOM confirmar que estão atingidos os objectivos da entidade privada, por não há quem se queixe de nada.
NOTA1: O Secretário de Estado, foi um dos votou não à reversão.
NOTA2: Não faço link ao Programa, pois vos tenho em elevada estima

28 janeiro, 2018

Tenho uma centena de coisas a apontar a Centeno... Mas isto?


Tenho centenas de coisas a apontar a Centeno, a ponto de, de vez em quando, não reprimir um "ora este gajo!..." ou "porra lá p´ra ele"... para já não referir outros impropérios, que agora não virão ao caso.

As centenas de coisas que aponto a Centeno estão quase todas sintetizadas num escrito, que nem é extenso. Mas daí a ver Centeno vender-se por dois bilhetes p´ra bola, não sou tão tosco nem meu asco pelo que pensa o tipo me leva a engolir aquilo.

E porque evito trabalho em me deitar à escrita, quando alguém se me adiantou no mesmo ponto de vista, uso o que tal alguém escreveu. E diz assim:
«...não haverá certamente um único cidadão que no seu perfeito juízo possa acreditar que o Ministro das Finanças da República Portuguesa se venda por dois bilhetes de futebol! Agora, o que todos os portugueses sabem é que o Ministro das Finanças desempenha um papel fundamental e, porventura insubstituível, na actual solução política governativa. O Ministro das Finanças é para todos os que dela discordam um alvo, o principal alvo, atingir. Como todos se recordarão, já houve noutro contexto, ou seja, no contexto apropriado, uma primeira tentativa de o descredibilizar. Sem êxito, como sem êxito continuariam a ser as que se desencadeassem no contexto apropriado. Portanto, nada melhor do que uma suspeita sobre a sua honorabilidade pessoal para o tentar atingir na sua idoneidade e competência política.
 
Os portugueses não podem deixar igualmente de interrogar-se como podem as autoridades judiciais e policiais competentes perder tempo e gastar dinheiro com casos destes, quando noutros de magna importância nada fizeram ou o que fizeram ou do modo como fizeram nada resultou. E não falámos de suspeitas, falámos de factos judicial ou administrativamente comprovados, como são os casos dos “submarinos”, dos “helicópteros”, dos “pandur”, da Tecnoforma, para já não falar das personalidades de relevo envolvidas no caso BPN que passaram incólumes perante a justiça. E se tivéssemos de falar de suspeitas, de suspeitas com substância e conteúdo, por que não se investigaram as privatizações do Governo Passos Coelho nem se fizeram buscas no gabinete de Maria Luís para efectivamente se apurar o que se passou com as privatizações, nomeadamente da TAP, dos CTT, das concessões na área dos transportes?»
JM Correia Pinto, foi quem escreveu isto

27 janeiro, 2018

AUCHSWITZ-BIRKENAU: Eu lembro um filme, que ainda não sei se acaba bem...

(reeditado)
A memória é selectiva, até mesmo a dos povos. Registo, apreensivo, que nunca como este ano foi tão elevado o número dos que recordam o holocausto. Temo que seja por medo. Medo que a história se repita. Eu comungo dos receios e, pelo sim pelo não, recordo cenas da libertação. Lembro um filme, que ainda hoje não sei se vai acabar bem...

Crianças, Auschwitz-Birkenau, Polónia, 27 de janeiro de 1945 (imagem da net)
Mais de 230 militares soviéticos morreram para libertar o campo de concentração...

DAVOS, onde os avisos soam como ameaças...


Entre o ar alucinado de um e outro escolho o dela, mais pela ameaça velada colocada do que por qualquer outro motivo. Lagarde avisa, mas seus avisos soam como ameaças e faz apetecer-me voltar a usar aquele vernáculo em tempos usado. 

Diz o FMI, pelos seus lábios, que “Esta retoma económica é cíclica. Não se sintam satisfeitos”e acrescenta, programática, que “a complacência é um erro” e que “na ausência de reformas contínuas" virá aí aquilo que um outro dia já veio. 

Hesito, entre voltar a citar Saramago (Davos, 2009) e repetir o poema de Gonçalo M. Tavares. 
Sem esquecer o outro, opto por este:
A Grande Inteligência é Sobreviver

A grande Inteligência é sobreviver.
As tartarugas portanto não são teimosas nem lentas, dominam;
SIM, a ciência.
Toda a tecnologia é quase inútil e estúpida,
porque a artesanal tartaruga,
a espontânea TARTARUGA,
permanece sobre a terra mais anos que o homem.
Portanto,
como a grande inteligência é sobreviver,
a tartaruga é Filósofa e Laboratório,
e o Homem que já foi Rei da criação
não passa, afinal, de um crustáceo FALSO,
um lavagante pedante;
um animal de cabeça dura. Ponto.

Gonçalo M. Tavares
 

25 janeiro, 2018

O BALCÃO DE NOVA OEIRAS GEROU 15 MIL EUROS DE PREJUÍZO, EM 2017 (porra, é muito!, para quem não tem nada a ver com o assunto)


«O balcão dos Correios de Nova Oeiras, sob a gestão da Junta da União das Freguesias de Oeiras e S. Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias, irá previsivelmente registar cerca de 15 mil euros de prejuízo, enquanto os CTT encaixarão um lucro de «apenas» 19 milhões de euros.» 
Assim começo um texto editado agora mesmo na página da CDU Oeiras. Mas se não quiser ter a maçada de lá dar uma saltada por ler sobre o mesmo assunto algo de recomendável

24 janeiro, 2018

Lula? Foi hoje! (actualizado às 22h30)

Ás 17h00

Num contexto em que política tende a canibalizar a justiça
tudo pode acontecer. "Vamos ver..."
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Ás 22h30

Foi uma grande farsa, diz ex-ministro de FHC sobre condenação de Lula

“O Judiciário (do Brasil) assume o papel de assessor do golpe. Uma decisão extremamente politizada. Apesar de os juízes tentarem mostrar que respeitam a democracia, foi uma grande farsa, a segunda parte da farsa desde o impeachment”, definiu Paulo Sérgio Pinheiro, ex-ministro de Direitos Humanos de Fernando Henrique Cardoso, em entrevista para a Rádio Brasil Atual, pouco após o término do julgamento no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) que manteve a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Realmente foram sentenças inacreditáveis. Eles não conseguiram achar nenhum defeito na sentença do Moro, que já era um escândalo”, afirmou. Para Pinheiro, a impressão é que os três juízes combinaram os votos, além de terem se “arvorado” como defensores da democracia, algo que, na opinião dele, é totalmente fora de contexto.

“Não é só uma decisão inaceitável, mas certamente gravíssima na perspectiva de um Judiciário independente. Essa decisão confirma que no atual Judiciário do Brasil não há condições de Lula ser examinado por uma Justiça equânime. Nos Estados Unidos se chama isso de 'tribunal canguru', quando já se sabe que o réu está condenado”, afirmou Paulo Sérgio Pinheiro, que desde 1995 tem desempenhado diversas funções na Organização das Nações Unidas (ONU), entre elas, a de presidente da Comissão Internacional de Investigação para a Síria.

Repercussão

Pinheiro disse acreditar que a sentença dada nesta quarta-feira (24) pelo TRF4, ajudará no pedido da defesa do ex-presidente Lula feito ao Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). “Com todas as irregularidades, vai chamar a atenção dos membros do Comitê para essa decisão eminentemente política.”

O ex-coordenador da Comissão Nacional da Verdade (CNV) ainda ponderou que a sentença de Lula não repercute apenas na Europa ou outros países, mas é um péssimo precedente para o sistema de justiça de todo o continente latino-americano. “Não há a menor dúvida que essa sentença combinada visa tirar Lula das eleições.”

Para o ex-ministro de FHC, é preciso haver uma grande mobilização para impedir que o se fortaleça cada vez mais. “Se a sociedade ficar imóvel, os grupos que avançam em direção a um governo totalitário só irão se fortalecer.”


 Fonte: RBA

A AUTOEUROPA e a forma como a RTP deturpa a luta


O Jornal da Tarde de ontem, dia 23, faz um curto resumo do que, segundo a redação, se terá passado no debate do programa da Fátima. Quem assistiu a uma coisa (o debate) e a outra (o jornal) não pode deixar de se espantar com a habilidade cirúrgica com que se opera a manipulação. Quem só viu o Jornal da Tarde, fica (corre o risco de ficar) com  três impressões: a primeira é que o focus da luta da Comissão de Trabalhadores teria sido colocado em correr com o antigo dirigente e que lá dentro, aquela malta anda toda à porrada e que as questões de trabalho são aspeto secundário; a segunda, é que os mais de 5000 trabalhadores da empresa, são instrumentos estúpidos de uma força política em desespero de perda de influência eleitoral, lhes determina as decisões e os passos ; terceira, e esta com a força da convicção de um ilustre causídico, é que a administração da Autoeuropa, porque tem a Lei do Trabalho do seu lado, acabará por chegar ao "entendimento"...  

A peça é de merda, mas lá que funciona, funciona.

Relembrando como eu comentei o Prós e Contras e aquilo que o Jornal da Tarde deu a ver (após o 26º minuto) pergunto: estamos a falar da mesma coisa?

22 janeiro, 2018

AUTOEUROPA: Unidos como os dedos da mão!


O programa "Prós e Contras" foi desequilibrado, pois colocou, de um lado, como "Prós" uns cromos e do lado dos "Contra" gente que sabia ao que ia.

Não que os cromos não tivessem feito o trabalho de casa e não levassem a lição bem estudada... só que a lição bem estudada tropeçou na realidade... e esta, como sabemos, se sai à luz do dia (ou da noite) esfrangalha qualquer teoria, espanta medos e espantalhos.

Dei destaque ao gajo do Sindicato da Inter por razões imputáveis a cumplicidades onomásticas. Dou equilíbrio à coisa e causa da Comissão de Trabalhadores. É que, na sua tão diversa diversidade, estarem unidos como os dedos da mão é coisa digna que deverá ter de ser levada em conta. E será, estou certo.

Clique neste link, para ver o resto

21 janeiro, 2018

Pablo Neruda dizia que o riso era a linguagem da alma...


Pablo Neruda terá dito que o riso é a linguagem da alma, talvez se referindo ao sorriso. Pois, quanto a mim, o riso apenas serve para desopilar o fígado.
Vá, dê lá uma gargalhada. Faça um pouco de risoterapia.
(se tem maus figados, não cura mas alivia)

20 janeiro, 2018

Lá, tal como cá.

Nas últimas semanas escrevi umas coisas sobre a imprensa, sobre o seu poder, passei em revista as conclusões esquecidas de um Congresso de que já ninguém fala, fiz link para um vídeo onde o meu patrono Paulo Henrique denunciava "O Quarto Poder"  de lá e deu para eu concluir não ser muito diferente do de cá.


A propósito do que se passa lá:
«A cobertura jornalística tradicional que se delineia nas vésperas do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem confirmado a tendência conservadora de empresas de comunicação no sentido de criminalizar a figura do petista.
(...)
Um levantamento feito na época pelo Intervozes mostrou que, no Jornal Nacional, da Rede Globo, que é o noticiário televisivo de maior audiência no país, em 1h20min dedicados ao tema, a defesa de Lula teve apenas 13 minutos para se manifestar. Tal prática é rotineira, segundo Bia Barbosa. "É quase natural a gente ver esse comportamento agora nas vésperas desse julgamento porque isso, na verdade, só ratifica uma linha editorial que foi adotada há muito tempo"»
Texto do Intervozes, citado pelo "Portal Vermelho"
Para saber detalhes do que se passa recorro à minha fonte privilegiada (a TeleSUR, claro)

19 janeiro, 2018

Depois de nunca ter pensado que a televisão pública pudesse chegar tão baixo, depois de 18 de Janeiro acho que entendo...



A imagem da esquerda foi retirada do vídeo abaixo e refere-se a acontecimentos recentes no Irão. Passaram imagens semelhantes na nossa televisão, e dizia-se que nas ruas o "povo" rebelava-se contra o poder, contra o governo iraniano.

A outra imagem, a da direita refere-se ao vídeo do programa "Linha da Frente" que a nossa televisão passou ontem. Segundo esse programa, e uma sucessão de outros emitidos nas últimas semanas, nas ruas da Venezuela o povo rebela-se contra o poder, contra o governo venezuelano. 

Mas as imagens e os contextos têm muito outras coisas em comum. Uma delas, é que ambos os países dispõem de reservas de petróleo como o caraças. Outra, é que mandaram o dólar à merda e adoptaram outra moeda, que por acaso até é chinesa.
Putin, se estivesse de fora não racharia lenha... e é por "ignorar" tudo isso que o Linha da Frente foi um asco e o 18 de Janeiro é um marco.

Não acredita? O vídeo explica
 

18 janeiro, 2018

VENEZUELA (Nunca pensei que a RTP1 pudesse chegar a tanto...)


Nunca pensei que a televisão pública pudesse chegar tão baixo
Para a mentira ser segura
E atingir profundidade
Tem que trazer à mistura
Qualquer coisa de verdade
António Aleixo
A Venezuela vive em grande dificuldade? Vive!, e essa é a "qualquer coisa de verdade" que o programa "Linha da Frente"  hoje passou em horário nobre. Tudo o resto é uma bem urdida distorção da realidade.
Sigam a minha recomendação: quando os média nacionais voltarem ao assunto, sobre a Venezuela ou sobre qualquer país da América Latina, sintonizem a TeleSUR ou leiam o Le Monde Diplomatique, em espanhol

E a propósito da Venezuela, não perca o número deste mês, do qual transcrevo o editorial assinado por Ignacio Ramonet

Las doce victorias del Presidente Maduro en 2017

17 janeiro, 2018

A imprensa, variações sobre o mesmo tema


Em 2017, RTP1, SIC e TVI emitiram cerca de 2530 horas de informação regular, uma média diária de 2 horas e 19 minutos por canal.

Na última semana, de 8 a 14 de Janeiro, foram dados os seguintes destaques
  • Eleição de Rui Rio - A Telenews registou um total de 104 notícias e 5 horas e meia de emissão sobre o tema. A RTP 1 dedicou-lhe 27 notícias e mais de 1 hora de emissão;
  • Tragédia de Vila Nova da Rainha -  O serviço Telenews contou um total de 35 notícias e 2 horas de emissão sobre o tema. A cobertura dada pela RTP1 quase 1 hora de emissão e 15 notícias emitidas.
  • Futebol português -  O serviço Telenews assinalou um total de 171 notícias e 4 horas de emissão sobre o tema. De salientar a cobertura dada pela RTP1 com 1 hora e meia de emissão e 72 notícias emitidas. 
Fonte: Marktest
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Tem o quarto poder muito por onde se benzer e ser bem-querido. Não que seja nova esta religião, pois é sabido que data de tempos imemoriais, a forma e a maneira de estar entre os mortais. Sentada à direita da Falsidade, no topo deste triângulo poderoso, podemos ver a Mentira com ar simpático e neutro, sem ternura nem ira. Do outro lado, praticamente com o mesmo rosto e posição, senta-se a Omissão. As três, no feminino mas não mulheres, trocam dizeres de catecismo. São as senhoras do universo e crescem, crescendo com elas, todos os dias, a multidão de crentes, tomando-as, todas as três, por verdades omnipresentes... A Mentira campeia, sem receio de ser desmascarada ou desnudada. Quem o tentar, a Omissão entra eficientemente com a sua eficaz missão.
 Texto reeditado

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O meu patrono, Paulo Henrique Amorim, 
fala de lá muito do que se aplicaria aqui

16 janeiro, 2018

Trump e a queda do império americano


Trump é tudo o que dele se diz e mais aquilo que é ocultado, ou pelo menos não se fala.
Não se fala no desespero de Trump. O mais certo, quando se lhe dá a imagem de louco, é que ele de facto estará desorientado, terá percebido que os EUA não terão saída. Ele e não só.

Quem me lê sabe que não sou dado a outros devaneios que não seja brincar com as palavras, sem beliscar a verdade, a qual me limito a avinagrar. Também sou avesso a fantasmas ou a teorias da conspiração. A noticia que vos trago não é devaneio, não é algo do outro mundo e nem é teoria.
Eis a noticia:
A partir de 18 de janeiro, a Bolsa de Xangai negociará petróleo em iuan atrelado (com paridade) ao ouro. Trata-se de um passo geopolítico importante, pois ameaça o petrodólar, um dos fatores do poderio norte-americano.
A seu favor, a China conta com o fato de ser o maior importador de petróleo bruto do mundo, com o apoio da Rússia e com a possibilidade de o comprador converter o petro-iuan em ouro – chineses e russos estão entre os dez maiores produtores do metal.
Rússia, Irão, Angola, Brasil e Venezuela já aceitaram que a China pague o petróleo importado em iuanes...(...)
Ler em "China acelera fim do petrodólar"
E o que é que significa tal notícia?  O vídeo explica


Agradeço ao Cid Simões 
a cedência deste vídeo

15 janeiro, 2018

"Também não está mal"

Fernando Campos secunda-me a ironia, mas a dele é melhor que a minha! A minha era baseada na lei da eletrostática, isto é, de tanta repulsão entre eles demonstrada na disputa e na refrega, eles tinham era carga de sinal...igual

14 janeiro, 2018

É estúpido insistir num assunto a que ninguém liga "puto", que não dá partilhas, nem linkes, nem likes...


É o terceiro dia consecutivo e não saio disto. Reconheço parecer ser estúpido insistir num assunto a que ninguém liga "puto", que não dá partilhas, nem linkes, nem likes... Só que aquilo que parece, nem sempre é. Este é o caso. Na verdade, andando eu em cura de toxicodependência com a droga impressa, tive uma recaída e voltei a devorar jornais, apesar dos avisos.

E quantos mais títulos lia, mais títulos procurava. Começou com a leitura compulsiva das noticias sobre o financiamento dos partidos. Na ressaca, consultei Minha Alma, que me recomendou, além de calma, que relesse coisas do tal congresso. E por isso o faço.
Como estou quase a voltar ao equilíbrio, vou só dar uma olhadela às recomendações aprovadas por unanimidade, e talvez a crise me passe...

13 janeiro, 2018

4º Congresso dos Jornalistas - Faz hoje um ano, ocorria o 2º dia...



No palco do congresso nenhum diretor de órgãos de informação reconheceu a existência de precários nas suas redações. Fomos à procura deles e descobrimos vários… No próprio Congresso!

12 janeiro, 2018

Jornalismo? O qu´é qu´é isso?


Em 12 de Janeiro do ano passado deu-se a abertura do 4º Congresso dos Jornalistas Portugueses. Segui-o dia-a-dia e foi como se lá estivesse estado. Passado um ano, qual é o saldo? Depois das conclusões, como terá sido o seguimento às recomendações? Vejamos o balanço possível:


Sobre o impacto dos vídeos que então selecionei escrevia eu há um ano atrás:
«Não sei ao certo quantos jornalistas haverá, nem quantos foram os que passaram por lá, os que intervieram e o que disseram.
O que me inquieta nem é tanto o que por lá foi dito, mas o pouco interesse que o público leitor lhe dedicou. O que me inquieta é a pouca solidariedade de classe...
Vejam só, para uma amostragem desses quatro vídeos editados no youtube, o que elejo, tinha (às 2h30 do dia 17 de Janeiro) apenas 83 visualizações (e os outros vídeos não estavam melhor, antes pelo contrário).»
A imagem acima confirma a lástima já então lastimada. Eu explico:
  • O vídeo que fora visto 83 vezes, tem hoje um acumulado de 196 visualizações
  • O que fora mais visto tem hoje menos de um milhar de visualizações
  • E aos "jornalistas de referência", ninguém lhes ligou uma peva
Não sei quantos alunos frequentam cada um dos semestre da licenciatura de jornalismo, mas bastava que este vídeo tivesse passado numa aula e teríamos, não só rebentado com tão magra escala, como teríamos certamente mais condições para continuar a falar de JORNALISTAS (em "caixa alta")... 

11 janeiro, 2018

A minha-mais-velha é agora muito mais do que aquilo que era...

Hoje ela já não usa chucha, ainda vai lendo umas coisas, e tem, nada mais nada menos, que duas lindas bonecas e um boneco.
Parabéns, miúda.

10 janeiro, 2018

O financiamento dos partidos, a transparência transparente e a transparência opaca...


O Prós e Contras, desta vez, quase era dum lado o "prós" e do outro os "contras".
Quase era, mas não chegou a ser.
Primeiro, porque a Fátima (mais uma vez) não deixou, e depois porque os "prós" algumas vezes foram "contra"...

Colocada de lado a charada, olhemos a imagem. Assim de esguelha a não é clara e, à luz da reclamada transparência, ela coloca a questão de fundo, nada opaca:

NOTA: O link acima remete-nos para oito perguntas (que a Fátima não fez) e para oito respostas (que não chegaram a ser dadas)



08 janeiro, 2018

Assinei. Assine também!


Não sei exatamente quando foi o dia em que eu e ela nos tornamos amigos, nem quantos comentários trocámos. Sei quantas as vezes a trouxe a este espaço. Liga-nos o gostar de boas quadras, os muitos valores que partilhamos, a coragem colocada na sua defesa e a persistência colocada nas lutas que travamos. 

Lá no seu "Sustentabilidade é Acção" pode encontrar um manifesto para assinar. Já assinei. Assine também!

07 janeiro, 2018

Depois dos Reis, o lixo natalício e outros lixos


Hoje, desmontado o presépio e a árvore e devidamente guardadas as luzes, figuras, estrelas, bolas e rosas, restou tudo aquilo que só poderá ter por destino o lixo. Ao lixo natalício juntámos o outro de onde avultavam embalagens e jornais. Num deles, caiu-me o olhar sobre a última página, numa coluna encimada por um redator/comentador de olhar pisco, dei por um artigo que ainda não tinha lido... Dizia o escrito:
«O ano que vem será do primeiro aniversário depois do centenário da Revolução Russa: 2018, quando ela faz exatos 101 anos. O importante não será evocar, de 1917, Lenine e os sovietes a tomarem o Palácio de Inverno. Isso, contas feitas, foram só maus exemplos. Aliás, como repararam, o 1917 russo ficou marcado por um quase esquecimento. A revolução tradicionalmente evocada é a de outono (outubro ou novembro, por causa da ambiguidade do calendário russo) e essa já ganhou na nossa memória o estatuto de fiasco. Já sabemos que Lenine e os seus foram meros - mas muito eficazes - golpistas que se aproveitaram de um profundo movimento social para fugir para a frente e tomarem o Estado. Tão para a frente que não tinham soluções e geraram uma sociedade árida que, demasiadas décadas depois, morreria de si própria e com crimes gigantescos. A falta de entusiasmo no centenário de 2017 deveria ser aproveitada para, em 2018, descobrirmos o que foi importante há 101 anos: a Revolução Russa. Não a de Lenine mas a de fevereiro de 1917, quando a história e as suas leis inesperadas acabaram com o feudalismo na Rússia e a autocracia dos czares.»
E Ferreira Fernandes (esse mesmo), ufano do elevado cargo de mercenário do novo poder* progride na prosa fazendo o balanço sobre o silenciamento da História e faz o que sabe fazer melhor: apaga-a e distorce-a.
Ocorreu-me então e a propósito um outro texto que lhe dá resposta, repondo os factos:
«A 25 de outubro de 1917, se seguirmos o calendário juliano então em vigor na Rússia, a 7 de novembro de 1917, se seguirmos o calendário gregoriano, em vigor a ocidente e que foi adotado pela Rússia Soviética em 1918, o chamado Partido Bolchevique, posteriormente Partido Comunista, lidera a tomada do poder em Petrogrado (nome de São Petersburgo desde 1914), capital de um vasto país farto da barbárie imperialista da Primeira Guerra Mundial. O governo provisório, desde o derrube do Czarismo, em fevereiro/março de 1917, insistia em prosseguir a guerra. O início da experiência comunista é incompreensível sem a dupla rejeição da guerra imperialista entre as grandes potências e do socialmente injusto e predador capitalismo, que, segundo Lenine, era a sua base material. Um dos primeiros decretos do novo poder dos sovietes, o da paz, apela, em simultâneo, ao fim das hostilidades, à autodeterminação dos povos e à revolução social.

O historiador Eric Hobsbawm argumentou certeiramente que o século XX é incompreensível sem os efeitos internacionais desta experiência revolucionária: “Até porque ela se revelou a salvadora do capitalismo liberal, tanto ao possibilitar ao Ocidente ganhar a Segunda Guerra Mundial contra a Alemanha de Hitler como ao fornecer o incentivo para o capitalismo se reformar”. O medo do comunismo foi de facto um “incentivo” para que as elites se conformassem temporariamente com o mal menor da reforma social-democrata do capitalismo, em particular na Europa Ocidental, sobretudo quando o expediente autoritário do nazi-fascismo, que muitas apoiaram, foi derrotado. Num certo sentido, o keynesianismo é filho do medo do colapso, tanto económico quanto político, do capitalismo.

Mas para lá disto, é preciso sublinhar que muito do anti-imperialismo, em geral, e do anticolonialismo e antirracismo, em particular, mais consequentes no século XX, a sul e a oriente, são incompreensíveis sem o apoio do movimento comunista e da URSS, bem como de outros Estados socialistas. Não esqueçamos que as potências ditas liberais, da França à Grã-Bretanha, eram abertamente imperialistas e colonialistas antes e depois das duas Guerras. E que os EUA do incensado, mas segregacionista e racista, Presidente Woodrow Wilson aceitaram que o princípio da autodeterminação dos povos ficasse logo a seguir à Primeira Guerra Mundial basicamente circunscrito aos novos Estados europeus. Nesse, como noutros aspetos, o vilipendiado Lenine, por exemplo, era bem mais progressista.

Do Encontro dos Povos do Oriente, em 1920, promovido pela Internacional Comunista em Baku, e de onde sai um apelo à rebelião anticolonial, dirigido em particular contra a Grã-Bretanha, à Primeira Declaração de Havana, em 1960, onde a jovem revolução cubana, liderada por Fidel Castro, lança um apelo anti-imperialista aos “povos da nossa América”, vitimas da ingerência dos EUA, passando pela Conferência de Bandung, em 1955, onde participa já a China comunista, a revolução social no Terceiro Mundo foi também uma luta pela soberania e independência nacionais.

Apesar da violência muitas vezes criminosa, a experiência soviética de industrialização acelerada constituiu durante muito tempo um exemplo de como, através da planificação, era possível industrializar rapidamente sociedades agrárias e dependentes. Não por acaso, o comunismo foi sobretudo popular, para o bem e para o mal, em sociedades semiperiféricas e periféricas.

Inspirados pelo célebre episódio de A Vida de Brian dos Monty Python, é caso de perguntar já não o que é que os romanos fizeram por nós, mas agora: o que é que a Revolução de Outubro e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, criada em 1922 e extinta em 1991, fizeram por nós? Para lá de terem metido medo aos ricos, obrigando-os a integrar os de baixo nas sociedades capitalistas ocidentais, assim menos limitadamente democráticas, para lá de terem dado o contributo decisivo para a derrota do nazi-fascismo ou para lá de terem ajudado a inscrever o anti-imperialismo e o anticolonialismo nas dinâmicas de um sistema internacional eventualmente menos hierarquizado?

E os seus fracassos, crimes e derrotas, não impedem outra pergunta: será que o mundo ficou melhor depois de 1991?»
Este texto não foi tirado nem do Avante
nem do "O Militante" mas sim daqui
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* O novo poder a que me refiro emerge de um outro, em declínio. A imprensa escrita e os media em geral eram rotulados como 4º poder e a este correspondia o exercício de criar uma opinião pública esclarecida e interventiva. Isso foi chão que deu uvas. O que hoje se passa nas redações pode passar a ser rotulado como um novo poder. Voltarei ao tema, acho que valerá a pena. 

06 janeiro, 2018

Uma estória de reis





os três mantos do rei

Veio o vento forte, quebrou as portas e as janelas, roubou dos armários as roupas e as tigelas e a chuva a zunir, alagou os tapetes, arrastou as cadeiras, os espelhos estalaram e os peixes vermelhos nadaram nas banheiras e o rei gritou, ai quem me acode num dia assim.

O rei era muito pequenino, mas tinha um coração grande e, tantas eram as vezes, não lhe cabia no peito. Não sei porque sou assim, gritava o reizinho, ai quem me acode e me faz um manto que me esconda do vento, da chuva e do desalento e me deixe o coração de fora para espreitar os pássaros e os peixes vermelhos que nadam nas banheiras.

Faço eu! respondeu o alfaiate. E costurou-lhe um manto de veludo bordado e tal era o peso do veludo e do bordado, que o rei encolheu cinco centímetros e chorou duas lágrimas de sal.

Não, não, sou eu que o farei, disse o joalheiro. E coseu-lhe um manto de jóias brilhantes e tal era o brilho, que o rei deixou de ver durante cinco dias e cinco noites e chorou quatro lágrimas de sal.
A cozinheira também tentou e fez-lhe um manto de claras em castelo, leve como o ar e o reizinho voou e só o agarraram dois dias depois. O rei soluçou de tanto se rir.

Então decidiu fazer ele próprio os seus mantos. Quando a chuva parou e o vento se aquietou, foi ao jardim e escolheu três flores aveludadas, luminosas, leves, singulares e com elas se vestia quando se sentia ensolarado, rodado ou esperançado. O coração grande acompanhava-o sempre, porque agora cabia em qualquer lugar.
A minha foto
 Manuela Baptista

Os CTT, o fecho dos balcões e... ah, pois!... as privatizações

O que aqui trago é texto antigo mas não antiquado. Data de 2011, em Maio.
A imagem mostra Passos Coelho a contrariar Jerónimo...
Por essa altura, escrevia eu assim:


«Os que me leem - e os que agora chegarem para o fazer - sabem (ou ficam a saber) o meu gosto em brincar com as palavras, não para lhes alterar o sentido, mas para esmiuçar o seu sabor e peso.
Sim, porque as palavras, independentemente do ar e da entoação com que são ditas podem ser doces ou amargas, leves ou pesarem chumbo. Pois foi brincando com as palavras que, num comentário a um blogue de pessoa amiga, escrevi que o discurso político carece de ser analisado tendo em conta a necessidade de discernimento entre "A substância da coisa e a coisa da substância" e de quando se falar de uma ser quase criminoso (porque manipulador) não falar da outra.
Contrariamente ao que possam pensar, o post de hoje é sobre isso. A alusão ao debate de ontem vai ser meramente ilustrativo da minha figura de estilo... (ver vídeo)

A SUBSTÂNCIA DA COISA (coisa política, claro)

Todos os conteúdos são definidos por uma substância, se não física e tangível, pelo menos demonstrável (frequentemente com recurso à frieza dos números). Por coisa deve entender-se o domínio a que o conteúdo diz respeito. Uma coisa é falar de galhos outra é de bugalhos. O valor atribuído não é exterior à substância da coisa. Depende dos interesses que se reúnem em torno e que frequentemente disputam a substância. Nada melhor do que um exemplo: AS PRIVATIZAÇÕES enquanto substância. Privatizar qualquer coisa: OS TRANSPORTES, A ENERGIA, O GÁS, OS CORREIOS, A ÁGUA, etc. Discutir a substancia da coisa implica, naturalmente, compreender as funções do Estado em confronto com os interesses privados que tomarão conta da coisa. Como a discussão se passou e quais as ideias em jogo, podem ver no vídeo junto. Compreenderão como os sujeitos em confronto discorrem e, até, formularem uma opinião (logo no inicio, mas mais detalhadamente a partir do 27º minuto) »
E depois continuava, em densa prosa, que agora não vindo ao caso substituo pelo vídeo que é, sublinho e noto, um verdadeiro documento histórico!

04 janeiro, 2018

O De_Bate e as quatro opções de voto dos militantes do PSD.


Convertidos todos nós, telespectadores, em militantes do PSD, uns terão assistido ao de_bate, outros (mesmo tendo pago a taxa dos áudio-visuais) terão mudado de canal. 

Eu assisti e confirmei o que já tinha percebido. O Rui tem muito do que é o Lopes e o Santana tem outro tanto do que o Rio é. Donde, aqueles que irão votar estarão, por assim dizer, perante quatro opções de escolha. Isto é um verdadeiro passo em frente pois Passos era igual ao Coelho e Cavaco só se parecia com ele próprio.

Confirmo, entretanto, as minhas previsões: um deles será o escolhido, pois, como sabemos, Pacheco Pereira* não é candidato.

*Espero, impaciente, o comentário do citado

03 janeiro, 2018

A dona Esmeralda e a vizinha do 4º andar, a conversar - (33) ["Moodys "]

Vizinha do 4º andar - Ó dona Esmeralda!, estou pior que estragada!
Dona Esmeralda - Mas... que se passa?
Vizinha do 4º andar - Então a Moodys, um grupo tão bonito, quer-nos no lixo? 
Dona Esmeralda - Moodys? Grupo? Bonito? Explique lá isso!
Vizinha do 4º andar - Contou-me o meu Zé, que a Moodys vai manter Portugal no lixo... a não ser que seja um novo disco...
Dona Esmeralda - Já percebi, essa Moodys não é um grupo, é uma agência... estão a vizinha nem lê o "Conversa"?
Vizinha do 4º andar -  Lá ler, às vezes leio, só que não entendo... 
Rogérito (interrompendo naquele momento) - Vizinha,  com a tal Agência, a música é outra e não esta (e escancarou a janela para que o som passasse por ela)

02 janeiro, 2018

Marcelo vetou hoje a lei, mas já sabia.No sábado passado o Expresso já dava a noticia

Depois de assistir aos "10 segundos para o futuro" está explicado tudo.
A redação de jornal tem acesso direto aos neurónios de Marcelo ainda mesmo antes de ele os pôr a funcionar...
Donde, a imprensa passou a ter um problema: esconder a previsibilidade do pensamento do Presidente...

01 janeiro, 2018

A minha mensagem de Ano Novo


Caros vizinhos, camaradas e amigos
Queridos familiares meus
e de todos os outros
dos mais próximos aos desconhecidos

Hoje é dia de mensagem

Hoje é dia de mensagem de Ano Novo
É dia de lembrar que Mudar o Mundo
Não Custa Muito
A questão é o tempo que isso leva

Então a questão também é
leve o tempo que levar
mais leva
se você não começar já a mudar

Mude você um pouco
e verá que o Mundo será outro

Assim, desejo-lhes um Bom Ano
Bom Ano e não Um Ano Feliz
Pois já dizia alguém*
não gostar de falar de felicidade,
mas sim de harmonia:
viver em harmonia com a nossa própria consciência,
com o nosso meio envolvente,
com a pessoa de quem se gosta,
com os amigos.
A harmonia é compatível com a indignação e a luta;
a felicidade não, a felicidade é egoísta
Ah! e não esqueça
Hoje é o primeiro dia do resto das nossas vidas
(uma das frases batidas minhas preferidas)
Rogério Pereira

* Alguém, vejam quem
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