Trabalhadores da Autoeuropa resolvendo problemas da fábrica... (foto daqui) |
Há gente, muita e diversa gente, aqui em Portugal e d´aquém e d´além-mar, que diz que os portugueses são os maiores... desde que não sejam sindicalizados. Porque isto de se inscreverem em sindicatos os torna, irresponsáveis, calões, suicidas, parvos. E exemplificam com a Autoeuropa.
Dizem, nos mais diferentes estilos, desde os mais primários aos que se julgam evoluídos, que quando a Autoeuropa, pata-tá, pata-ti, sair daqui é que vai ser... e depois, uns citam o DN, outros o Público ou o Expresso, outros a imprensa especializada em economia, aquela toda que a propósito de outra notícia é denunciada como manipuladora, por terem colunistas que fazem o frete para assegurarem a avença, e que a precariedade nas redações grassa, etc, etc. como se essa realidade não fosse transversal a todas as notícias...
Como sabem, há muito que leio a imprensa com pinças, não que receie contágio mas porque não se mexe em matéria em elevado estado de degradação, à mão.
E sobre a Autoeuropa decidi ir fazer outras leituras: os boletins internos da empresa. Li uns quantos, de 2007, de 2010 e um ou outro mais recente de 2017 e cheguei a uma conclusão: com trabalhadores daqueles (destes) os alemães não vão embora, e não é o elevado investimento nos processos de fabrico que os inibe... é outra coisa. Outra coisa que a VW não consegue na Índia ou na África do Sul... nem certamente em Marrocos.
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