NOUTRAS “GRUTAS”, MUNDO AFORA...
Nem todos os medos moram numa gruta...
Companheiro escuta; por quantos degredos,
Sem tecto ou brinquedos, sem sopa nem fruta
E tratado à bruta, não passa o que em credos
Esconde os seus segredos no seio da luta?
E esse que labuta e que fere os dedos
Nos rijos penedos duma terra enxuta,
Sem colher folguedos, como se em recruta
Sem alternativa, vivesse hora a hora
Para quem o explora, sem cuidar que viva?
Esse, o que se priva, esse, o que se ignora
O que nada implora e na dor que o criva
Espelha a mãe nativa que o beija e que adora,
Pondo nesse “agora” vida e perspectiva...
Maria João Brito de Sousa, aqui
10 julho, 2018
Grutas da Tailândia, a salvo. Outros, aguardam
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