Não, a foto não é de Sophia. A foto é da Lídia Borges. Ela tem ocupado este meu espaço com a poesia que escreve e hoje prometi-lhe que a traria aqui. Transcrevo um comentário que ela me deixou no domingo passado, a propósito dessa liturgia onde se ouviam vozes de Sophia e Jorge de Sena.
«Poesia maravilhosa, densa, profunda, verdadeira, a dizer um tempo em que tudo estava ainda por fazer e tudo era possível, porque possível ainda a autenticidade da determinação em mudar. Havia um país inteiro a sonhar o mesmo sonho. Isso mudou e a Poesia ressentiu-se. Anda agora dispersa, à procura de si própria, num mundo onde os sistemas políticos, jurídicos e afins deixaram de responder às necessidades do homem comum e passaram a servir um deus maior que é o dinheiro. Gostava de escrever poemas dizendo que o dinheiro é nada confrontado com a honestidade, a verticalidade e a palavra de um homem, mas... quem acreditaria em mim?»
Vai poeta, vai por aí, não faltará quem acredite em ti!
O dinheiro é efectivamente um nada que o nosso mundo capitalista foi adubando até o transformar num quase tudo.
ResponderEliminarAbraço
ResponderEliminarObrigada, Rogério, pelo cuidado e por me trazer uma memória boa do "Se-mentes Daqui" (sem hífen).
Obrigada Maria João. Há sementes que não merecem uma gota de adubo.
Bj.
Lídia