18 junho, 2019

Guerra? O Mundo anda numa "trumpalhada"... no Altice Arena ocorre o recrutamento...

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O Altice Arena estava como aqui se vê. Eles, milhares, estavam concentrados. Viam o que lhes era dado ver. Jogavam o que lhes era dado jogar.
A base de recrutamento estava ali, pronta a matar. Quem? Que importa quem? A guerra passou a ser um inocente e divertido e jogo anímico. 
O jogo que se mostra, ronda mais de  7 milhões de visualizações e dá a dimensão da base de recrutamento. A guerra não se faz com velhos.

«A cultura de guerra desenvolve-se sem que "ninguém" se dê conta...» 

Quem disse? 

5 comentários:

  1. A cultura da guerra continua a desenvolver-se, ponto. Digo-o eu que há muito dou por isso e que nunca gostei, nem um bocadinho, destes sofisticados jogos.

    Abraço, Rogério.

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  2. Só agora é que compreendo o teu comentário, Rogério.
    Nunca tinha ouvido falar nesta espécie de espectáculos.
    Eu não crítico, só fico a pensar, porque razão a juventude portuguesa gosta destes espectáculos.
    De qualquer maneira, a juventude é o FUTURO. Os velhinhos pacíficos vão abandonando este mundo maravilhoso 😱 divertido, lentamente...

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  3. Parece estranho, mas a guerra alimenta muitos "vícios", muitas cobiças, muitos desejos.

    Lutar contra a guerra é também um ato de guerra! Os "maus" e os "bons" estão cada vez mais parecidos. E há alguns que não sabem o que fazer senão resistir senão pela tristeza.

    OS HOMENS AMAM A GUERRA Poema de Affonso Romano de Sant’Ana, (excerto)

    Os homens amam a guerra. Por isso
    se armam festivos em coro e cores
    para o dúbio desporto da morte.

    Amam e não disfarçam.
    Alardeiam esse amor nas praças,
    criam manuais e escolas,
    alçando bandeiras e recolhendo caixões,
    entoando slogans e sepultando canções.
    […]
    Os homens amam a guerra
    E mal suportam a paz.
    Os homens amam a guerra,
    portanto,
    não há perigo de paz.

    Os homens amam a guerra, profana
    ou santa, tanto faz.
    Os homens têm a guerra como amante,
    embora desposem a paz.

    […]
    Durante séculos pensei
    que a guerra fosse o desvio
    e a paz a rota. Enganei-me. São paralelas
    margens de um mesmo rio, a mão e a luva,
    o pé e a bota. …

    Terrível é o teu discurso, poeta!
    Escuto alguém falar. Terrível o foi elaborar.
    Agora me sinto livre.
    A morte e a guerra
    já não podem me alarmar.
    Como Édipo perplexo
    decifrei-a em minhas vísceras
    antes que a dúbia esfinge
    me pudesse devorar.

    Nem cínico nem triste. Animal
    humano, vou em marcha, danças, preces
    para o grande carnaval.
    Soldado, penitente, poeta
    a paz e a guerra, a vida e a morte
    me aguardam
    num atómico funeral.

    Acabará a espécie humana sobre a Terra?
    Não. Hão de sobrar um novo Adão e Eva
    a refazer o amor, e dois irmão:
    Caim e Abel
    a reinventar a guerra.

    Affonso Romano de Sant’ Ana

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  4. Em jovem, na minha utopia, eu acreditava que a Humanidade iria sempre melhorar e que as guerras cessariam....
    Tempos de retrocessos, os nossos...
    Beijinho

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