O Altice Arena estava como aqui se vê. Eles, milhares, estavam concentrados.
Viam o que lhes era dado ver. Jogavam o que lhes era dado jogar.
A base de recrutamento estava ali, pronta a matar. Quem? Que importa quem? A guerra passou a ser um inocente e divertido e jogo anímico.
O jogo que se mostra, ronda mais de 7 milhões de visualizações e dá a dimensão da base de recrutamento. A guerra não se faz com velhos.
«A cultura de guerra desenvolve-se sem que "ninguém" se dê conta...»
Quem disse?
A cultura da guerra continua a desenvolver-se, ponto. Digo-o eu que há muito dou por isso e que nunca gostei, nem um bocadinho, destes sofisticados jogos.
ResponderEliminarAbraço, Rogério.
Só agora é que compreendo o teu comentário, Rogério.
ResponderEliminarNunca tinha ouvido falar nesta espécie de espectáculos.
Eu não crítico, só fico a pensar, porque razão a juventude portuguesa gosta destes espectáculos.
De qualquer maneira, a juventude é o FUTURO. Os velhinhos pacíficos vão abandonando este mundo maravilhoso 😱 divertido, lentamente...
ResponderEliminarParece estranho, mas a guerra alimenta muitos "vícios", muitas cobiças, muitos desejos.
Lutar contra a guerra é também um ato de guerra! Os "maus" e os "bons" estão cada vez mais parecidos. E há alguns que não sabem o que fazer senão resistir senão pela tristeza.
OS HOMENS AMAM A GUERRA Poema de Affonso Romano de Sant’Ana, (excerto)
Os homens amam a guerra. Por isso
se armam festivos em coro e cores
para o dúbio desporto da morte.
Amam e não disfarçam.
Alardeiam esse amor nas praças,
criam manuais e escolas,
alçando bandeiras e recolhendo caixões,
entoando slogans e sepultando canções.
[…]
Os homens amam a guerra
E mal suportam a paz.
Os homens amam a guerra,
portanto,
não há perigo de paz.
Os homens amam a guerra, profana
ou santa, tanto faz.
Os homens têm a guerra como amante,
embora desposem a paz.
[…]
Durante séculos pensei
que a guerra fosse o desvio
e a paz a rota. Enganei-me. São paralelas
margens de um mesmo rio, a mão e a luva,
o pé e a bota. …
Terrível é o teu discurso, poeta!
Escuto alguém falar. Terrível o foi elaborar.
Agora me sinto livre.
A morte e a guerra
já não podem me alarmar.
Como Édipo perplexo
decifrei-a em minhas vísceras
antes que a dúbia esfinge
me pudesse devorar.
Nem cínico nem triste. Animal
humano, vou em marcha, danças, preces
para o grande carnaval.
Soldado, penitente, poeta
a paz e a guerra, a vida e a morte
me aguardam
num atómico funeral.
Acabará a espécie humana sobre a Terra?
Não. Hão de sobrar um novo Adão e Eva
a refazer o amor, e dois irmão:
Caim e Abel
a reinventar a guerra.
Affonso Romano de Sant’ Ana
É aterrador.
ResponderEliminarAbraço
Em jovem, na minha utopia, eu acreditava que a Humanidade iria sempre melhorar e que as guerras cessariam....
ResponderEliminarTempos de retrocessos, os nossos...
Beijinho