13 outubro, 2019

Ora vamos lá, então, falar da... abstenção - (2)

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Falei disto não há muito. Para a Igreja vir a falar do assunto é porque o caso é mesmo sério.
Eu, desde há tempos, ainda nem tinha acontecido a percentagem que à Igreja fez saltar a tampa, já eu fervia.

E escrevi tanto, mas com tão pouco acolhimento que estive prestes a considerar, no limite, que nada havia a fazer.
Mas fiz, foi coisa pouca, mas o facto de ter tido  a unanimidade da Assembleia deu-me alento.  
E o que foi? Foi em 19 de Junho e está tudo na acta! Leia aqui, na página 23 , por aí... vá lá!
Dá muito trabalho? Então não vá, eu transcrevo:

«---- Interveio o Senhor Presidente da Mesa para dizer o seguinte: ------------------------
Muito Obrigado. Vamos passar a outra Recomendação que a Mesa recebeu e que todos receberam seguramente, que vem da CDU. ----------------------------------------------------------
“PROPOSTA DE RECOMENDAÇÃO – ANEXO TRÊS
1. Na proximidade do acto eleitoral para a eleição dos deputados da Assembleia da República, está ainda presente o peso da abstenção nos resultados das eleições ao Parlamento Europeu, que, relembramos atingiu os 54,8% na nossa União de Freguesia, situando-se um pouco abaixo do registado ao nível do concelho.
2. O facto de as eleições para o Parlamento Europeu constituírem as que se observam maior abstenção, não invalida que anotemos que as eleições presidenciais não se afastam muito daqueles valores, e registamos que o actual Presidente foi eleito por pouco mais da metade dos eleitores a acorrerem ao ato, exatamente 52,9 % do eleitorado.
3. Das análises que desde então têm vido a ser produzidas para explicar as razões para o afastamento dos eleitores de tão importante acto de cidadania, ressalta a observação comum: o afastamento dos temas associados ao exercício da cidadania por parte da Escola e dos conteúdos escolares.
4. A escola passa ao lado da literacia do Sistema Democrático. Poucos serão os alunos do secundário que conhecem a repartição dos poderes do Estado, poucos saberão as funções dos órgãos de soberania, a maioria ignorará o papel dos partidos políticos.
5. As poucas iniciativas de que demos conta, como seja a presença de duas turmas de jovens do ensino secundário a acompanharem os trabalhos desta mesma Assembleia Municipal, (em Janeiro de 2017) para que os nossos jovens tomem conhecimento de como funciona o Poder Local e de como ele se insere no funcionamento do Sistema Democrático, são iniciativas isoladas e não traduzem o papel que deveria competir à escola.
6. Assim, e no quadro das preocupações aqui manifestadas, a Assembleia da UFOPAC, na sua sessão ordinária de 19 de Junho de 2019, delibera recomendar:
a) Que a Câmara Municipal de Oeiras realize um estudo sobre o estado da Literacia Sobre o Funcionamento do Sistema Democrático, junto da Comunidade Educativa e, em particular, junto da população escolar (jovens do Ensino Secundário);
b) Que em conformidade com os resultados se estruture um programa a propor às Escolas do Município de forma integrada com as áreas temáticas já hoje contempladas na Educação Para a Cidadania.
CDU – Coligação Democrática Unitária
Rogério Vidal Pereira“
---- Interveio o Senhor Rogério Pereira da CDU para dizer o seguinte: ------------------
Senhor Presidente desculpe, não é por ser a nossa recomendação, julgo que o público não tomou conta dos conteúdos, daquilo que está a ser discutido, faria todo o sentido ler integralmente. ------------------------------------------------------------------------»

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