14 outubro, 2019

O outono da vida, o outro Outono... ou as bacoradas minhas em resposta a boas patadas...


Num post bem ao seu estilo, escreve ele, numa boa patada, a começar por um irrepreensível título:

PRINCÍPIO DO UTILIZADOR-PAGADOR
«Num banco artificial do jardim artificial, em frente ao lago artificial, está um velho natural sentado naturalmente à espera do Outono.
É um reformado. Vive às minhas custas, portanto!...
E, no entanto, o velho não paga nada por ali estar. Mas devia pagar! Não pensem que se trata de um daqueles bancos antigos de tábuas horizontais, pintadas de vermelho e com perfil de ésse invertido!
Não! É um banco de design moderno e sem encosto, tipo banca de matança de porco, todo fundo europeu!... Para estes bancos, deviam existir banquímetros para dar cobro ao inquestionável pensamento do utilizador-pagador.
Não pensem que o velho está ali a fazer alguma coisa. Está só a pensar.
Eu penso que nunca me irei sentar naquele banco. Porque obra de fundo com participação nacional o hei-de estar a pagar?!
Eu penso nas folhas a cair. Devia de me ser descontado o tempo em que da janela do meu emprego eu vejo as folhas cair.
E era só, vou perguntar ao velho se tem nome e se sabe quando vem o Outono.»
Não me faço rogado, e lhe respondo (como sempre faço)

O nome do velho?
É Rogério

O Outono?
Já cá está,
só que o Verão
não o larga da mão

2 comentários:


  1. É um princípio sem princípios nenhuns.



    Lídia!

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  2. Obrigado Velho Amigo! Dentro do princípio do utilizador-pagador devíamos fazer uma transação fiananceira: tu pagar-me-ias tanto pela utilização do texto e eu pagar-te-ia outro tanto pela sua divulgação.
    Abraço

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