La Maza*
Se eu não acreditasse na loucura
Na garganta do rouxinol
Se eu não acreditasse que no monte
Se esconde o trigo e o medo
Se eu não acreditasse na balança
Na razão do equilíbrio
Se eu não acreditasse no delírio
Se eu não acreditasse na esperança
Se eu não acreditasse no que controlo
Se eu não acreditasse no meu caminho
Se eu não acreditasse no meu som
Se eu não acreditasse no meu silêncio
O que seria, o que seria do cinzel sem a cantaria?
Uma massa feita de cordas e tendões
Uma confusão de carne com madeira
Um instrumento sem melhores pretensões
De pequenas luzes montadas para uma encenação
O que seria, coração, o que seria?
O que seria o que seria do cinzel sem a cantaria?
Um testa-de-ferro do traidor dos aplausos
Um servidor de passado em uma taça nova
Um eternizador de deuses do pôr-do-sol
Júbilo fervido com trapo e lantejoula
O que seria, coração, o que seria?
O que seria o que seria do cinzel sem a cantaria?
O que seria, coração, o que seria?
O que seria o que seria do cinzel sem a cantaria?
Se eu não acreditasse no mais duro
Se eu não acreditasse no desejo
Se eu não acreditasse no que acredito
Se eu não acreditasse em algo puro
Se não acreditasse em cada ferida
Se não acreditasse no que rondei
Se não acreditasse no que esconde
Tornar-se irmão da vida
Se eu não acreditasse em quem me escuta
Se eu não acreditasse no que dói
Se eu não acreditasse no que fica
Se eu não acreditasse no que luta
O que seria, o que seria o que seria do cinzel sem a cantaria?
Uma massa feita de cordas e tendões
Uma confusão de carne com madeira
Um instrumento sem melhores pretensões
De pequenas luzes montadas para uma encenação
O que seria, coração, o que seria?
O que seria o que seria do cinzel sem a cantaria?
Sílvio Rodriguez
*traduzi por cinzel, não sei se bem se mal
Bom dia: "" Se eu não acreditasse que este blogue é fabuloso, não vinha visitar ""
ResponderEliminarGostei muito de ler
Um dia feliz
Eu não acredito absolutamente em nada... e sinto-me muito feliz assim‼‼
ResponderEliminarMuito belo!
ResponderEliminarTeresa,
ResponderEliminarjá sabia dessa felicidade
de estar, e só te digo
que teu umbigo
é o teu melhor amigo
Tapadinhas, meu caro
ResponderEliminarpor onde tem andado?
Seja bem aparecido...
Acreditamos, pois!
ResponderEliminarBeijo meu.
Ana
ResponderEliminarEu sabia
que acreditaria
Há lá coisa mais bonita
Que tornar-mo-nos irmãos da vida?
Há que acreditar…
ResponderEliminarFaz parte do que somos
Abraço