As Bandeiras Vermelhas", óleo sobre tela de M. H. Vieira da Silva (1939)
O Elogio da Dialéctica (*)
A injustiça avança hoje a passo firme
Os tiranos fazem planos para dez mil anos
O poder apregoa: as coisas continuarão a ser como são
Nenhuma voz além da dos que mandam
E em todos os mercados proclama a exploração;
isto é apenas o meu começo
Mas entre os oprimidos muitos há que agora dizem
Aquilo que nòs queremos nunca mais o alcançaremos
Quem ainda está vivo não diga: nunca
O que é seguro não é seguro
As coisas não continuarão a ser como são
Depois de falarem os dominantes
Falarão os dominados
Quem pois ousa dizer: nunca
De quem depende que a opressão prossiga? De nòs
De quem depende que ela acabe? Também de nòs
O que é esmagado que se levante!
O que está perdido, lute!
O que sabe ao que se chegou, que há aì que o retenha
E nunca será: ainda hoje
Porque os vencidos de hoje são os vencedores de amanhã
Bertolt Brecht
Magníficos, a tela de Vieira da Silva e o poema de Brecht.
ResponderEliminarQue nós, os vencidos e explorados, sejamos, então, os vencedores de amanhã!
Forte abraço!
Não havendo determinismo
EliminarFaremos por isso
Abraço expectante
Afinal, nem tudo é mau do que vem da Alemanha 🇩🇪
ResponderEliminarFaz tempo
Eliminare eu também lembro
Marx, Engels e mais uns tantos
Hoje
É tão somente
o Roger Smith