Os martelinhos não substituirão tão antiga tradição
Uma explicação de_vida, dada por uma amiga (pós-edição, já em pleno dia de São João)Tiram-nos tudo, ó São João
Que fazer desta má sina?
Festejos são ilusão
Com martelinhos vindos da China
Com martelinho vindos da China
Vem meu santo em meu socorro
Inverte esta má sina
Devolve meu alho-porro
Rogérito
"O S. João continua a ser uma corrente de extraordinário civismo e convívio, ainda não vi até hoje que houvessem diferenças nesse aspecto, porventura alguns casos pontuais que outros possam ter observado e eu não. E os martelinhos não vêm da China não, embora possam haver imitações, os martelinhos foram inventados em 1963 por um português que tinha uma indústria de plásticos no Porto, o Sr. Manuel António Boaventura e não apareceram com o objectivo de serem usados no S.João, foi o povo que os adoptou (pesquisar no google a história dos martelinhos) que chegou a trazer dissabores ao seu criador. Cresci a ser despenteada pelo alho porro na noite de S. João e a cheirar a erva cidreira, bem como umas plumas bem cheirosas que passavem pelo pescoço e pelo nariz das senhoras e que nem sempre os maridos gostavam. Os martelos só me fizeram impressão no primeiro ano, de resto hoje já nem acho tanta graça ao alho porro. A delicadeza com que a maioria das pessoas brinca com o martelo mantém o espírito saudavel das festas Sanjoaninas."
Beijos
Branca
Mas que jeitão
ResponderEliminarpara quadras do S. João
com o alho porro na mão! :-)
Abraço
ai ai ai
ResponderEliminarSeu Rogerio não vem com essa
de que não és poeta
pra mim ó
és bom à beça!!!
Parabéns por teus recados, poesias e alertas! bj!
Devolve o meu alho-porro
ResponderEliminarDevolve a minha alegria
Ai S. João, nem teu socorro
Me faz sentir vontade de folia!
Bom S. João, Rogérito.
Tenho pena que estejas longe, senão vinhas andar de baloiço com o João e o Júnior.
Janita,
ResponderEliminarE levava o Diogo e a Maria...
Com alho-porro ou não
ResponderEliminaro Rogério não deixa de
me dar na cabeça mesmo com
umas chinesices de importação.
Mas dar na cabeça ao amigos
faz parte da tradição.
tal como comer sardinhas,
pena é custarem um dinheirão.
Ainda não comi sardinhas
ResponderEliminarnem posso ir ao S.João
o dinheiro só dá para as espinhas
e para um bocadinho de pão
Beijinhos e bom S.João :)
Devolver o alho-porro,
ResponderEliminarPara quê, meu S. João?
Se não podemos zurzir
O Coelho com ele não?
Nem Coelho, Cavaco,
Nem Relvas, nem Gaspariço
Se safavam, pudesse eu dar
Com força no seu toutiço!
Boa noite de S. João!
Rogério,
ResponderEliminarAchei o máximo. Mas tive que ir saber o que era o alho-porro, pois não conhecia.
Não tenho grande jeito para quadras por isso deixo só um beijinho
Permita-me, caro Rogério, que manifeste uma posição diferente sobre esta questão que opõe o alho-porro ao martelinho de plástico.
ResponderEliminarO alho-porro faz parte da tradição do São João no Porto. Ninguém duvida. Mas o significado do seu uso já se perdeu para quase toda a gente, embora eu ainda seja do tempo em que as pessoas guardavam os alhos-porros em casa durante o resto do ano. Para ser mais preciso, punham dois alhos-porros cruzados atrás da porta, para que o mau-olhado não entrasse em casa.
O problema é que as novas gerações já não sabem utilizar o alho-porro no São João. De acordo com a tradição, o alho-porro deve ser usado tal como se documenta na imagem que encima as suas quadras: dando uma pancadinha com ele na cabeça das outras pessoas. Mansamente. Com toda a gentileza. Porque o São João do Porto é uma festa toda feita de sorrisos e de amabilidade, é uma festa em que as pessoas "com-fraternizam".
O que se está a verificar cada vez com mais frequência entre os mais novos, no São João do Porto, é que eles esfregam alho-porro na cara dos outros. Agressivamente. Eu quase diria maldosamente. Isto é o total desvirtuamento do espírito do São João! E é precisamente o contrário do que manda uma outra tradição. O que esta tradição manda que se dê a cheirar no São João é a perfumada erva-cidreira, não é o malcheiroso alho-porro!
Se é para ser usado esfregando-o na cara dos outros, então eu sou contra o alho-porro. É mil vezes preferível dar marteladas na cabeça das outras pessoas com o martelinho, mesmo que seja chinês, a agredir-lhes o olfato com o alho-porro. Pelo menos o plástico não cheira mal.
Sempre muito aguerrida
ResponderEliminarA interação que promove
Um martelo e um balão
E um "alegre" quem me acode?
Bom S. João!
Lídia
Caro Fernando Ribeiro
ResponderEliminarNo meu primeiro São João, do alho-porro nem recordo o cheiro. Recordo que se havia martelinhos nem dei por eles (1979). Lembro-me que passavam por mim milhares de desconhecidos tocando-me com aquele simpático arbusto e recordo seus sorrisos. Nunca me ocorreu me interrogar se de facto, aquele pequeno toque me libertava de algum mau olhado...
Quando reclamo o regresso dessa tradição o que na realidade peço é o regresso ao civismo...
O S. João continua a ser uma corrente de extraordinário civismo e convívio, ainda não vi até hoje que houvessem diferenças nesse aspecto, porventura alguns casos pontuais que outros possam ter observado e eu não.
ResponderEliminarE os martelinhos não vêm da China não, embora possam haver imitações, os martelinhos foram inventados em 1963 por um português que tinha uma indústria de plásticos no Porto, o Sr. Manuel António Boaventura e não apareceram com o objectivo de serem usados no S.João, foi o povo que os adoptou (pesquisar no google a história dos martelinhos) que chegou a trazer dissabores ao seu criador. Cresci a ser despenteada pelo alho porro na noite de S. João e a cheirar a erva cidreira, bem como umas plumas bem cheirosas que passavem pelo pescoço e pelo nariz das senhoras e que nem sempre os maridos gostavam. Os martelos só me fizeram impressão no primeiro ano, de resto hoje já nem acho tanta graça ao alho porro. A delicadeza com que a maioria das pessoas brinca com o martelo mantém o espírito saudavel das festas Sanjoaninas.
Beijos
Branca
Já agora concorro também. Porque não? Com as mesmas palavras e uma pequeníssima alteração na métrica:
ResponderEliminarTiram-nos tudo, má sina
Que fazer? Ó São João.
Festejos vindos da China,
São martelinhos: ilusão.
São martelinhos ilusão,
Vem meu santo d’alho porro,
Devolve-me o São João!
Inverte esta em meu socorro.
"Os martelos só me fizeram impressão no primeiro ano, de resto hoje já nem acho tanta graça ao alho porro. A delicadeza com que a maioria das pessoas brinca com o martelo mantém o espírito saudavel das festas Sanjoaninas."
ResponderEliminarJá todos sabíamos que o martelo só lhe custou no primeiro ano... depois foi um ver se te a vens, como se costuma dizer. :-)
interesante... apesar de vir à ideia que alguns mereciam levar com uma marreta bem pesada naquelas monas...
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarSem martelo e sem manjerico
ResponderEliminarSão João já foi celebrado
Por estas terras onde fico
Com o bolso mais esvaziado.
Beijinho
* Não tenho jeito nenhum :)))