Na praia, à hora das gaivotas
Meu poeta
(Um deles)
Me dizia um dia
Que não há nada mais triste
Que um Não, dito
Numa sala vazia
De dentro
Sinto
Outro dito
Nada há de mais triste
Que um nome sozinho
Num percurso de um caminho
Hoje estive na praia
À hora das gaivotas...
Como me canta o Tim
E olhei as pegadas da gente, tanta gente
Pegadas correndo atrás de mim
As pessoas?
As pessoas voam
Oiço-lhes as asas...
Rogério Pereira
Muito bonito, Rogério! Beijos.
ResponderEliminarVoam sardinhas nos botes
ResponderEliminarcansadas de gaivotas
que lhe bicam espinhas e cabeças.
Um momento
ResponderEliminarcaptado nesse
preciso instante
como se o tempo tivesse
instantaneamente
parado...
Estou a ouvi-las,
as gaivotas
e a vê-las em terra
ontem, vi-as...
Hola amigo!
ResponderEliminarQue belo passeio
à hora das gaivotas,
além de um belo espetáculo,
pode-se deixar plasmar em asas tão alvas.
O não, o nome sozinho, o percurso, as pegadas e pegadas que correm, pessoas que voam, são detalhes percebidos.
Ouvir as asas, isto sim, é mágico!
Bjs.
as pessoas voam, com os pés fincados na terra - assim se deseja.
ResponderEliminarforça, amigo!
abraço
...Talvez as pessoas voem por incapacidade de tocar o solo com os pés - a textura da terra pode incomodar
ResponderEliminarMas talvez as pessoas voem um vôo solitário e imaginário, rente a penugem de gaivotas - mas as gaivotas, são belas quando voam mas de perto, o que há de bom nelas é o som - é o silêncio de gente saindo de bocas das gaivotas
Mas tudo é talvez, Rogério.
Barbara
As pessoas voam mas ainda lhes falta o coração de mar e as asas de vento.
ResponderEliminar"As pessoas?
ResponderEliminarAs pessoas voam
Oiço-lhes as asas..."
Sim as pesssoas voam nos sonhos desfeitos (ou a desfazerem-se)
Lindo, caro poeta (acho que lhe vou oferecer o Tim porque me fez apetecer ouvi-lo.
Abraço
rodrigo
Que as pesso0as voem e vejam a luz!
ResponderEliminarAbraços.
A última estrofe está um espanto! O pior é que nem todas as pessoas voam!...
ResponderEliminar(Qual é a hora das gaivotas, para eu ir também?...)
Beijinho.
Quando o Rogério está inspirado nada detém esse dom de poeta.
ResponderEliminarLindo este poema!
Eu também fico com as gaivotas, nessa hora em que apenas elas nos fazem companhia num encontro com o poente.
Beijos
Branca
Este é um poema cheio de um íntimo dizer. Como quem voa, diria eu, que sempre o soube muito mais da terra que do ar.
ResponderEliminar"As pessoas voam, ouço-lhes as asas..."
É desânimo o que vejo a transbordar da crítica?
Até o guerreiro pode, por vezes, duvidar, o que não significa desistir, evidentemente.
Aqui está uma prova de que a utilização da primeira pessoa num texto não significa, propriamente, falar de si. Ou melhor, falando de si, torna mais visível o que nos rodeia, a todos, enquanto colectivo. Neste caso, a falta de mobilização das pessoas em torno dos sérios problemas que todos enfrentamos no dia a dia.
Lídia
Deixar o pensamento voar...
ResponderEliminarMuito bonito...
ResponderEliminarTodos e todas temos momentos de voo só que nem sempre como gaivotas, às vezes voamos mesmo muito baixinho!
ResponderEliminarAbraço
Rosa dos Ventos
Parei e escutei o sussurro trazido nas asas das tuas palavras...
ResponderEliminarLindo poema Rogério.
bjs
cvb
GOSTO MUITO. Do poema, da foto, tudo!
ResponderEliminarMG